POV CAMILA CABELLO
Acabei fazendo uma sopa de legumes e carnes, é o mais saudável para ela e por mais que eu não queira ter essa responsabilidade, preciso me livrar dessa situação logo. Ela ainda estava sentada e tomando toda a tigela de sopa, pelo menos ela gostou.
- Não queria dizer isso, mas ficou muito boa. - levanto minhas sobrancelhas com desdém e ela dá de ombros - Eu sou chefe de cozinha e gosto de julgar os temperos dos outros. - arregalo os olhos chocada - Que foi? Acha que só porque mato pessoas não faço outras coisas?! - o guardanapo desliza nos cantos dos seus lábios, com delicadeza.
- Sim! - reviro os olhos e me levanto, recolhendo os pratos e indo lavar - Você vai dormir no quarto de hóspedes, sorte sua que está limpo porque eu não iria limpar para você. - ouço uma risadinha sem humor.
- Queria saber de onde vem todo esse ódio por mim. - enxugo minhas mãos no pano de prato e pego uma garrafa de água.
- Você é uma escrota, isso já basta, ah, e mata pessoas. - bebo o líquido gelado e fixo meu olhar ao seu.
- Pessoas ruins e que fazem atrocidades, mas não vou debater sobre isso com você. Agora, me ajuda a ir para o quarto. - coloco as mãos na cintura e fico parada - O que?
- Fala a palavrinha mágica, não vai te matar não. - ela fecha os olhos em busca de equilíbrio, e respira fundo...me seguro para não rir da situação - Vamos lá.
- Ande, me ajude. - me aproximo e seguro seu maxilar, forçando ela a encarar meu rosto - O que acha que está fazendo?
- Aqui é a minha casa, tenho regras e você vai respeitar todas, incluindo o básico: ser educada. - meu toque parece deixá-la inquieta. - Essa boquinha não consegue proferir um: por favor ? - minha voz sai baixinha e ela volta a encarar meus olhos, que agora brilhavam de um jeito diferente. A mais velha segura minha mão e afasta do seu rosto, sorrio vitoriosa.
- Por favor, Cabello. - fala um pouco irritada e cogito se levo em consideração.
- Não foi convincente. - mordo a parte interna da minha bochecha tentando me conter, mas solto um gritinho quando ela me puxa pela cintura e me deixa a centímetros do seu rosto. - Me larga. - suas mãos apertam a carne da minha cintura e é impossível não arfar.
- Por favor, pode me ajudar a subir? - seus dedos apertam meus fios de cabelo e sinto meu corpo esquentar, estranho a sensação e a empurro pelos ombros - Você não está sendo tão educada agora.
- Idiota, você é uma babaca. - seguro sua mão e a ajudo subir às escadas, porém, não falo mais nada. No momento estou tentando entender porquê sinto essas coisas perto dela. A cada degrau ela resmungava de dor e começo a me preocupar, talvez ela precise de mais analgésicos. Chegamos ao quarto e abro a porta, deixo sua mochila na cama e ajudo ela a se sentar. - Vou pegar mais remédios, você vai tomar um anti-inflamatório também.
- Ok, Doutora. - vou até o meu quarto e só então percebo que estava prendendo minha respiração até o momento, meu corpo está quente e.... NÃO, eu não posso estar sentindo essas coisas por uma mulher como ela. Díos!!
Volto ao quarto e encontro ela deitada e com o antebraço sobre os olhos, diminuo a claridade e deixo apenas o abajur ligado. Deixo a água e os remédios na cômoda ao lado, ela me olha e solta um sorrisinho.
- Pensei que você não sabia sorri. - ela nega com a cabeça e fica séria, mas logo volta a sorri. - O banheiro fica na segunda porta ao lado da sua, e... - coço minha nuca um pouco desconfortável com toda essa situação - Enfim, caso precise de algo, o meu quarto é o da frente. - ela continua me encarando com sua expressão impassível - Boa noite, e eu irei dormir armada. - saio batendo a porta e ouço sua risada, sorrio também.
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Criminal
FanfictionDuas mulheres com personalidades, objetivos e hobbys totalmente diferentes, tão opostas que chega a ser clichê. Camila Cabello - uma mulher de 27 anos, busca construir sua carreira de médica renomada. Destemida, ela não leva desaforo para casa e es...