POV LAUREN JAUREGUI
- Ela está entregue. - meu irmão que ficou de levar a doutora em casa passa no meu quarto para me informar.
- Beleza. - respondo e ele fecha a porta, não consigo conter o sorriso ao lembrar dela ficando desconcertada quando a puxei para perto. - Aí, aí, você está desafiando a pessoa errada... - sinto uma fisgada de dor no corte da faca - Caralho. PORRA. - que dor infernal, impossível não gritar. Pego o frasco de analgésico que está ao lado na cômoda e tomo dois de uma vez.
Fecho meus olhos e me deito na cama, tento descansar e seguir as recomendações dela, pelo menos por hoje. Afinal, eu preciso resolver umas coisas e não sou burra, sei que meu físico não aguentaria se envolver numa briga agora, eu sairia perdendo. Suspiro irritada, eu não quero que pensem que estou fraca e fugindo, ainda preciso acertar umas coisas com aquele filho da puta que me feriu e fugiu. Sequer consegui ver seu rosto, mas irei caçar cada rastro seu, eles sempre deixam rastros...
...
Sinto um cheiro de queimado e abro meus olhos devagar, acabei pegando no sono, pelo menos não sentia mais dor nos ferimentos, o medicamento ajudou bastante. Me sento na cama sem dificuldade e pego as muletas para caminhar até a escada e verificar de onde vem esse cheiro.
- Que porra é essa, Chris?? - encontro meu irmão na cozinha tentando apagar um pequeno fogo. Ele estava desesperado e batendo o pano no fogão, suspiro irritada e ligo o interruptor de fumaça. A água começa a cair e ele respira aliviado. - Que caralho você estava tentando fazer???
- Eu tentei fazer comida pra gente mas só você tem dons culinários. - ele passa a mão no cabelo molhado e encaro ele, estou descrente da situação.
- Puta que pariu, sai daí e pede comida. Não quero morrer queimada ou asfixiada. - caminho até a sala e me sento no sofá. Pego meu celular para verificar às câmeras e a luz apaga completamente do nada.
Automaticamente fico alerta e me praguejo mentalmente por estar sem nenhuma arma por perto, porra... Me levanto e preciso deixar as muletas, senão fará barulho e ainda não sei quem está tentando invadir minha casa. Óbvio que isso aconteceria, estou fraca e provavelmente todos sabem disso.
- Vadiazinhaaa, cadê você?- ouço a voz familiar e respiro fundo, não tem o que fazer...Vou ter que lutar, espero que o analgésico me ajude. - Cadê você, sua branquela do caralho. - espero a voz se aproximar mais um pouco e assim que a mulher fica próximo eu a seguro por trás e derrubo no chão. - Filha da puta. - viro ficando por cima e desfiro socos no seu rosto.
- Achou...que...eu...estaria...tão vulnerável? - a cada frase desfiro um soco na sua cara. Sinto uma dor intensa na minha cintura e a vadia tinha enfiado seus dedos na ferida, aproveitando a deixa ela consegue desferir um soco na minha boca - PORRAAAA. - caio ao seu lado e quando ela ia começar a me bater mais, meus capangas entram e a prendem. - POR QUE DEMORARAM SEUS INÚTEIS. - me levanto com dificuldade e as luzes voltam, o sangue escorria na minha blusa, ela rompeu os pontos do ferimento.
- Pelo menos consegui causar mais estrago em você. - Lana estava presa e sorrindo perversamente. Me aproximo sentindo meu corpo latejar, mas a raiva me ajudava a ficar de pé. Seguro seu cabelo e ela geme de dor.
- Da próxima vez que tentar fazer isso de novo, eu te mato. - ela arregala os olhos com a minha ameaça, sempre que deixo isso avisado, de fato eu faço. - Levem ela daqui agora. - volto para o meu quarto e retiro a regata e a calcinha e entro no chuveiro para limpar o sangue do meu corpo. Volto para frente do espelho e vejo que tinham uns cortes no meu lábio e no meu rosto. Visto um shorts de algodão branco e um top da mesma cor, amarro meu cabelo em um coque e coloco meu óculos de grau.
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Criminal
FanfictionDuas mulheres com personalidades, objetivos e hobbys totalmente diferentes, tão opostas que chega a ser clichê. Camila Cabello - uma mulher de 27 anos, busca construir sua carreira de médica renomada. Destemida, ela não leva desaforo para casa e es...