Criminal

3

POV LAUREN JAUREGUI

Cada minuto que passo deitada aqui é um risco, preciso arrumar um jeito de me recuperar mais rápido. Me levanto e tomo mais alguns analgésicos, junto algumas roupas numa mochila, coloco meu revólver e minha faca dentro da mesma e pego meu celular. Mando uma mensagem para Chris informando que preciso de ajuda e logo ele vem ao meu quarto.

- Para onde você vai? - ele pergunta curioso.

- Preciso me recuperar logo e ficar num lugar seguro. Me leve para a casa da Doutora. - ele me olha apreensivo e antes de me questionar levanto o dedo para ele se calar - Não faça perguntas, apenas me obedeça.

Entramos no meu carro e ele me levou até o endereço, o local nem era tão longe. O condomínio estava movimentado e era bem seguro, deixo minhas muletas no carro e seguro apenas minha mochila. Entro no elevador e vou até o andar da Camila, assim que chego na porta e aperto a campainha, ouço seus passos se aproximarem.

 - O que faz aqui? - ela estava linda, usando um vestido vermelho decotado e que cobria até metade das suas coxas, saltos pretos, seu cabelo todo ondulado dava um aspecto selvagem, seu lindo rosto está coberto por uma maquiagem penetrante... Me pergunto por quanto tempo fiquei olhando sua beleza.

- Vim fazer o que eu disse que faria. - apenas passo pela porta e ela me encara perplexa. - Onde deixo minhas coisas? - ela coloca a mão na cintura e nega veementemente.

- Não, Jauregui. Você não pode ficar aqui. - me aproximo dela e sinto seu cheiro maravilhoso me inebriar. Seus olhos vacilam e descem até os meus lábios, mas rapidamente retornam aos meus olhos.

- Posso sim e vou. - me sento em seu sofá e ela se aproxima ficando de pé na minha frente. Não consigo conter meu olhar para suas belas pernas torneadas. - Para onde vai? - ela franze as sobrancelhas e ri sem humor.

- Não te interessa. - ela suspira e pega seu celular - Olha aqui, eu vou sair e assim que voltar quero você fora da minha casa. - ela se vira e pega sua bolsa caminhando até a porta, não posso deixar de notar o quão linda sua bunda ficou nesse vestido, mordo meu lábio imaginando demais, e ela se vira pegando no flagra o meu olhar. Ouço seu suspiro irritado e ela sai batendo a porta, sorrio da situação e me permito observar a casa dela. Tudo é bem organizado e detalhado, a cara dela mesmo.

   Depois de algumas horas de tédio, peguei um de seus livros e fui para a varanda, me permiti aproveitar esses momentos de férias do crime e me recuperar dessa ferida. O livro é bem interessante e o enredo é sobre um romance detetive, por isso nem percebi as horas se passando... Ouço um barulho de chaves e risadas.

  - Zayn... Não. - a voz dela estava falhando e a respiração ofegante, nitidamente está bêbada.

- Você quer...- a voz masculina continua a insistir e eu apenas observo.

- Não... Assim não. - está nítido que ela não quer e o cara continua insistindo, reviro meus olhos entediada com tudo isso. Eu não deveria me meter mas o cara está ultrapassando os limites de uma mulher bêbada.... - Não, Zayn... - me levanto e ligo as luzes, ambos colocam as mãos nos olhos por causa da claridade. - O que... Você ainda está aqui...- ela se afasta do homem e caminha até a porta. - É melhor você ir, Zayn. - o homem todo tatuado me encarava sem desviar o olhar, ele da um passo na minha direção e eu retribuo. - Zayn!

- Ok. - ele passa por ela e tenta deixar um beijo mas ela desvia e fecha a porta com um pouco de força. Sua atenção volta para mim e consigo ver sua irritação presente. Como fica atraente com esse semblante.

- Por que ainda está aqui? - ela se aproxima e consigo sentir o cheiro de vinho misturado com seu hálito adocicado. - Eu mandei você ir...- ela cambaleia um pouco e me apresso em segurar seu corpo em meus braços. - Me solta, pervertida. - sorrio da situação e suspendo seu corpo do chão, carrego ela até o seu quarto, que presumo ser no andar de cima. - Hmmm... Me solta. - suas mãos deixam alguns pequenos tapas nos meus braços.