Os Mistérios Do Novo Mundo

Capítulo 4 - Uma família antiga

Vestindo roupas! Por algum motivo estou animado para sair, minha mente ficou contente com a recepção da cidade! Agora estou mais curioso com aquelas histórias que li na biblioteca.

Eu me vesti e sai de casa com meu sanduíche que Alex, o senhor guarda, fez para mim!

Desci as escadas e cheguei na calçada, vi a estrada e as casas, mas nada de incomum ou desconhecido que eu não tenha notado antes. Naquele momento percebi que estava inspirado para consumir mais conhecimento na biblioteca, eu parecia gostar de ler livros de criaturas e seres desse mundo, parecia algo muito chamativo para mim.

Enquanto caminhava pela calçada, pude perceber que aquele pintor não estava em casa, pensei que talvez ele estivesse procurando uma nova paisagem para registrar em um quadro branco, ou sendo mais específico, "lona".

No momento, não me importei, tinha chegado lá faz uns dois dias, não tinha do porque eu me incomodava com alguma diferença tão pequena em minha caminhada matinal, seria assim?

Não me importo muito, continuei andando sem me preocupar muita já que eu estava muito ansioso em ler mais daqueles livro! Porém, quando cheguei à biblioteca...

"Estamos fechados" era a mensagem que estava logo a frente dos portões da biblioteca. Eu fiquei extremamente desapontado com aquela mensagem, mas não tinha que fazer, né?

Enquanto estava caminhando de volta pra casa, fiquei pensando no motivo que fez a biblioteca ter fechado. Aparentemente, alguém entrou na biblioteca a noite e acabou derrubando uma prateleira, assim fazendo várias outras colidirem umas com as outras e dessa forma, fazer uma reação em cadeia.

Chegando de volta em casa, procurei melhor em volta para ver se tinha algo interessante onde poderia tirar o meu tédio.

Procurando por alguma coisa não específica, encontrei um jornal aonde havia informações chamativas. Olhei para o jornal que tinha um data, claro, mas não sabia exatamente em que ano, dia ou mês estávamos então aquilo foi irrelevante para mim. Como será que eles organizam as datas?

De qualquer forma, eu li um pouco do jornal. Na notícia dizia que em 1900 uma tragédia aconteceu na mansão de uma família chamada Freegh. Basicamente, um dos mordomos da família foi contaminado com uma doença fabricada pelos seres "Winals", assim, fazendo ele ficar completamente descontrolado e agressivo.

A mansão foi completamente cremada e engolida pelas chamas, fazendo todos os moradores presentes dentro da mansão virarem pó. Ela ainda pode ser encontrada perto da floresta Mors e está localizada ao norte da cidade.

É uma notícia muito chamativa, eu diria, mas vamos tirar este assunto da cabeça por um momento.

- Parece que ele gosta de colecionar jornais. - disse olhando algumas caixas com jornais.

Não sei dizer ao certo, mas tenho certeza de que essa situação é difícil de engolir. De qualquer forma, amanhã irei para o orfanato como dito o senhor guarda, Alex.

Espero ser bem recebido lá.

Tento guardar os jornais e os papéis de notícias para descansar um pouco.

- Já que não há nada para fazer, então eu deveria dormir cedo!

Assim fui dormir bem cedo, estava muito ansioso em saber como poderia ser a estrutura do orfanato e se vou fazer muitos amigos lá. Por favor! Amigos!! Pensando bem, acho que não fiz nenhum amigo nesses últimos 3 dias além do Alex.

Minha cabeça estava a mil, criando cenários fictícios sobre o orfanato e preocupado em como iriam cuidar de mim. Alex disse que as regras são bem rígidas, então estou meio preocupado.

Quando acordei de meu sono estava tão animado para me arrumar e ir ao orfanato que meu coração estava a milhão. Me pergunto o porquê, eu nunca tive amigos nessa nova vida... Apenas apareci misteriosamente nesse mundo sem mais nem menos com algumas memórias...

Deixando isso de lado, vamos nos focar mais no dia e não em pensamentos!

Quando terminei de me trocar, saí de casa rapidamente para verificar a biblioteca, saí correndo de casa para chegar lá às pressas. Tranquei a porta, claro, saí do prédio e corri.

Chegando lá, aparentemente, ela já estava adequada para entrar e ler o que era bem impressionante para apenas um dia e uma noite.

Entrei na biblioteca e fui em direção à que, provavelmente, estaria o livro que tinha lido no outro dia, aquele de criaturas, sabe? Quando cheguei lá, ele estava lindo e maravilhoso na mesa apenas esperando minha chegada.

O que? Por que logo ele está na mesa? Não poderia ser qualquer outro tipo de livro lá em cima? Fiquei meio confuso, mas apenas aceitei esse destino.

Olhei para o livro, me sentei e abri ele para ler seu lado fechado.

Já tinha lido um pouco dele, mas não sei se gostaria de adquirir mais conhecimento sobre esses seres. Mesmo assim, li um pouco mais.

Aparentemente, já havia relatos de que nessa cidade guardavam dezenas de histórias estranhas, de que já haviam espécies não muito convidativas aqui na cidade, celebridades e varias outras histórias.

É um pouco estranho ter uma cidade onde é o centro de acontecimentos estranhos, na verdade, nem procurei saber se é nessa cidade ou não, mas enfim.

Olhei pela janela e vi que o tempo estava muito bom, o céu azul e uma brisa gostosa que batia contra as paredes da biblioteca, incluindo eu mesmo com a janela aberta!

Parando para pensar, eu devo muito ao senhor Alex, ele me deu um abrigo, roupas, comida, conforto e muita coisa! Isso é uma coisa respeitosa que muitas outras pessoas provavelmente não fariam, eu realmente tenho que pensar em algo mais tarde.

Depois de ler mais aquele livro, guardei em seu devido lugar e voltei para as ruas da cidade.

Outra vez vi aquela senhorinha mas não o pintor, acho que é algum tipo de costume que desenvolvi, ficar olhando é percebendo as coisas.

Voltei para casa e vi que o senhor Alex já estava de saida. Espera, de saída?! Ele já chegou em casa?!

- Ah. Pequeno! Já estava saindo de casa para ir à sua procura. - ele disse enquanto se aproximava.

- Aonde esteve? - perguntou ele.

- Eu estava na biblioteca lendo algo.

- Então você gosta de ler, é isso mesmo? Pois bem, vejo que já está pronto para sair e ir até o seu novo lar, não é mesmo? -

- Claro... -

- Perfeito! Então vamos! -

Ele segurou minha mão e fomos andando, ele parecia bem animado, mas eu estava meio nervoso, ansioso, exitante preocupado.

Me pergunto o que provavelmente poderia dar muito errado? Algo cairia na minha cabeça? Tirariam sarro de mim? Eu não iria conseguir fazer amigos?! Que horror!! Eu tenho que parar de pensar nessas coisas.

Estávamos andando bastante pela cidade, vi um mercado, casas, um músico, lojas, local de adoção entre outras coisas.

Mas o que me chamou mais atenção foi uma casa bem grande depois de um quintal aparentemente queimado que também era enorme. Era uma mação e não era qualquer uma não, era a mansão da família Freegh. Soube disso através de uma placa que estava pendurada em correntes que impediam dos portões daquela mansão serem abertos.

Chegando ao orfanato, percebi que ele não ficava muito longe da mansão cremada, mas também é meio preocupante.

- Está pronto? - perguntou Alex na frente dos portões do orfanato.

- Sim. - Respondi exitante e nervoso.

Logo depois entramos, dando o primeiro passo dentro do meu novo lar,

o orfanato.