PRÓLOGO

25 2 0
                                    


Elliot Montaleone

Estou voltando do bar com nossas cervejas na mão e sinto meu celular vibrar no bolso, é a segunda vez que toca, pego para ver quem é e vejo um número restrito na tela reviro os olhos já imaginando quem deve ser, recuso a ligação e coloco no bolso novamente, não quero estragar esse momento de felicidade, pois enfim conclui minha faculdade, seja oque for ele pode esperar dou de ombros e sigo em direção a mesa.

No intuito de tentar fugir do meu destino na máfia, vim para Nova York. Estudar medicina, desde que sai de Veneza não tive contato com minha "família", não foi fácil no começo, mais acabou tudo dando certo no final, estou em minha festa de formatura e não quero que nada atrapalhe, balanço a cabeça tentando afastar os pensamentos enquanto tento me movimentar no meio da multidão e me aproximar da minha mesa.

-- Hei Pedro oque vai fazer quando sair daqui. - Pergunto me aproximando e passando meu braço por cima do seu ombro me sentando ao seu lado, ele é o único amigo que fiz todo esse tempo aqui, talvez por sermos do mesmo meio e porque ele me ajudou muito quando cheguei.

-- A. ..voltar para casa , assumir meu posto  rever minha família  e quem sabe descolar um gatinho pra mim. -  Ele diz dando os ombros como se isso já não fosse óbvio. Pedro é gay e eu me aproveitei disso durante todo o período da faculdade, ele sempre me apresentava as mais gatas do campus.

-- E você Elliot vai para casa? Ou pretende continuar fugindo de tudo. - Ele pergunta tirando meu braço de seu ombro e dando um gole em sua cerveja.

-- Ainda não tenho planos  mas vou dá uma passada em casa  vê como anda as coisas e depois disso saio por aí para conhecer o mundo - falo fazendo cara de tédio enquanto olho fixamente a garrafa que estou girando em minha mão.

-- A para com esse drama todo. - ele diz me dando um pequeno tapa nos ombros , -- Vou dizer como vai ser seu futuro se não me ouvir, - Ele diz se apoiando em mim e percebo que já está bêbado o cheiro do álcool vem forte em meu nariz , -- Você vai voltar para casa, continuar sofrendo pela morte dos seus pais, depois será forçado a se casar com qualquer moça influente da máfia, aí vai sentar um dia em seu escritório e perceber que fudeu com toda sua vida porque não deu uma chance para você mesmo.  - Ele diz cambaleando e eu o seguro para não cair. Resolvo ignorar qualquer palavra que ele falou porque sei que uma discussão com Pedro nunca tem vencedor além dele , então vou curtir a festa junto dele.

No dia seguinte estou dentro do avião de olhos fechados com fone nos ouvidos e a cabeça recostada no acento, como tinha previsto estou explodindo de dor de cabeça, eu sabia que não devia ter ido na ideia do Pedro e ter bebido tanto  meu estômago está revirando mais tento me controlar porque daqui a pouco estarei aterrissando em Veneza.

Alguns minutos depois, Abro os olhos com o piloto falando que já chegamos, saio do avião e corro para o banheiro mais próximo vomitar, mau entrei e já estava colocando até as tripas pra fora. Termino e em seguida saio da cabine do banheiro vou até a pia escovo os dentes e lavo as mãos, seco e saio do banheiro  andando pelo saguão do aeroporto até ver três soldados com uma placa com meu nome a minha espera.

Me aproximo deles que por sua vez pegam minhas bagagens sem falar nada, andamos até o carro e entro ainda em silêncio, depois seguimos para minha casa.

Alguns minutos depois o carro para em frente a mansão branca, com detalhes em azul, a frente tem um lindo jardim repleto de rosas, orquídeas de todos os tipos, entre outras flores que deixam ainda mais linda a faxada, eu desço do carro olho tudo e lembro do dia em que vim morar aqui.

Flashback on

-- Nois iremos cuidar de você Elliot.  - dizia meu tio enquanto me abraçava . -- Você será meu filho de agora em diante, e um dia irá se vingar de quem fez isso ao seus pais. - ele continuava falando ou meu ouvido enquanto acariciava minha cabeça, depois ele me solta do abraço e estende sua mão para mim  olho para ele e não recuso, a pego e seguimos em frente indo em direção ao carro mais antes de entrar na limosine olho para traz para ver mais uma vez as lápides de meu pai, minha mãe e minha irmã, então seco uma lágrima que incistir em cair e naquele momento eu juro me vingar do culpado pela suas mortes.

Princesa da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora