Becky Armstrong.
A noite havia finalmente chegado em Bangkok, porém o sono novamente havia desaparecido de mim. Meus pensamentos me levaram a péssima vida que Freen havia levado em toda a sua adolescência e finalmente vida adulta. Para a maioria das pessoas que ouvissem a história de Freen, poderia facilmente dizer que era uma fantasiosa mentira, ao qual ela estava apenas tentando tirar o corpo fora, contudo, mesmo que ninguém aceitasse a história, eu acreditava nela.
Andei por todo o quarto tentando amenizar meus pensamentos, porém, tudo me levava para a história de Freen. Tudo que ela estava fazendo, tudo ao qual estava se submetendo era por amor a sua família, mas explicitamente a sua mãe. Claro, a mãe de Freen não era a culpada daqueles crimes hediondos, contudo a mãe dela tinha realizado um péssimo acordo, ao apostar em um empréstimo com a máfia chinesa que atuava na Tailândia.
Naquela noite, assim como em todas desde que havia aceitado o caso de Sarocha, o sono não veio, ele fugiu de mim, me deixando apenas com a cabeça cheia de pensamentos inquietantes. Sabendo de toda a verdade, eu não poderia deixar Freen ali, porém precisava encontrar as provas que convencessem o júri, pois eles facilmente não seriam convertidos a pensar diferente apenas pelas reações de Freen, assim como havia acontecido comigo.
O sol clareou meu quarto algum tempo depois, me mostrando que o sono de fato não tinha me visitado. Tomei um longo banho quente, mesmo estando um calor razoável. Abri meu guarda-roupa e após escolher meu terno totalmente branco, segui para o presídio, a fim de visitar minha cliente. Aquele ja estava sendo um hábito ao qual rapidamente me acostumei. Meu sorriso apenas aumentou quando me deparei com Freen, ao qual pela primeira vez me devolveu um amável sorriso pelo visto estávamos virando amigas.
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Freen Sarocha.
Um mês e meio haviam se passado rapidamente. Era engraçado como o tempo costumava voar quando passávamos a ter uma boa amizade com alguém. Naquela manhã as luzes do sol clareavam a cela, um costume tão comum que antes eu não me importava ou sequer prestava atenção, contudo, agora eu me mantinha em total foco. A sexta feira estava ali, antes eu não notava o tempo, mas agora eu contava os dias principalmente os finais de semana, pois eram os dias em que ela não me visitava.
Rebecca Armstrong não era a mulher que eu planejava em ter. Não tínhamos nada em comum, uma era totalmente diferente da outra, porém, mesmo ela sendo diferente acabou ganhando meu respeito e talvez o meu carinho. Me ajeitei no pequeno espelho que havia ganhado em troca de alguns cigarros roubados, afinal tinha aprendido que na cadeia tudo podia ser trocado. Me senti preparada para ela, fiquei no aguardo por quase uma hora até que a carcereira bateu na cela em que eu estava e logo sua voz grossa indicou que Becky havia chegado.
Becky Armstrong.
Eu estava ansiosa para vê-la. No último um mês e meio, havia visitado Freen constantemente, de segunda a sexta. Se me dissessem que a um mês e meio atrás estaríamos tão próximas, eu não acreditaria, estávamos completamente diferentes em relação ao início. Me olhei uma última vez pela câmera do celular, torcendo para que minha leve maquiagem não estivesse estranha o suficiente.
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Don't Go - Freenbecky
RomanceApós se formar na faculdade de direito, Becky consegue com muito esforço uma oportunidade para trabalhar no escritório de advocacia Brhma lawyers, onde o dono principal daquele lugar era Brhma, um famoso e ranzinza advogado ao qual passa a ser o men...