Beco escuro - capítulo 6

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TOM'S POV

Eu apoiava meu peso naquela parede de tijolos, enquanto em meus dedos eu possuía um baseado

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Eu apoiava meu peso naquela parede de tijolos, enquanto em meus dedos eu possuía um baseado. Traguei a erva, puxando a fumaça e logo soltando a mesma pelas minhas narinas.

Distingui um barulho de passos leves se aproximar naquele ambiente. Deixei que o bagulho queimasse por si só.

Me permiti vislumbrar a garota de cabelos dourados. A mesma possuía em sua face uma expressão minuciosa.
Embora tenha sido cautelosa, a garota não percebeu minha presença.

Ouvi um suspiro escapar dos lábios da moça, seus olhos ainda exibiam curiosidade. Logo em seguida, ela murmurou algo de forma audível, como se estivesse pensando em voz alta.

Eu a conhecia. A francesa que estava ao meu lado naquela corrida. Jocelyn. Seu nome tão delicado como uma leve pluma de algodão doce.

Ela realmente era fascinante, não posso negar que me peguei pensando e perguntando a Georg sobre ela.

Uma jovem tão encantadora, com uma natureza tão ingênua. Eu podia sentir sua inocência e vulnerabilidade, mas ao mesmo tempo percebia sua coragem. Havia algo em seus olhos caídos e arredondados.

- Falando sozinha, princesa? - eu disse quando a doce garota de madeixas claras virou seu corpo, pronta para ir embora.

Ela pausou brevemente antes de virar-se mais uma vez e, enfim, perceber a minha presença. Garota tola.

- Caramba. Eu realmente não tinha visto você. - mencionou. - Você é habilidoso em se camuflar. - falou desviando seu olhar, transmitindo a sensação de apreensão.

Eu dei uma risada suave com o seu comentário.

Ela dirigiu seu olhar para meus dedos, observando aquele cigarro de maconha queimar. Ela estava completamente focada naquilo, como se estivesse desejando intensamente. Seus magníficos olhos marrons resplandeciam.

Ter passado recentemente por reabilitação não implica que tenha deixado para trás a dependência, e eu notei isso na noite passada.

- Vem aqui. - eu falei enquanto batia as mãos no chão, mostrando que ela deveria acomodar-se ali.

- Ah, eu realmente preciso voltar para casa. - ela mencionou.

Georg nos contou que Jocelyn não tinha conhecimento de que éramos um bando perigoso e influente. Ele simplesmente mencionou que estava em uma "parada" e a maneira que encontrou para começar a abordar esse tópico foi levando-a à racha naquela noite.
Eles têm uma ligação verdadeiramente próxima. Isso esclarece por que ela ainda não sentia medo de mim.

Quando ela agiu com bravura e se posicionou ao meu lado na corrida, não tinha consciência de que estava sendo visto como uma nova "vadia amuleto".

Pobrezinha, agora que a observei, não permitirei que ela se afaste.

Tirei do meu casaco um novo baseado enrolado, de forma convidativa.
Seus olhos se abriram amplamente.

- Foi mal. Eu realmente tenho que ir. - sorriu fraco se virando novamente.

Me levantei e segurei o seu membro superior com força.

- Para onde você pensa que vai? - sorri perverso.

- Como? - ela balbuciou. - Cara, vou ter muitos problemas se eu me atrasar.

Empurrei a loira contra a parede, afim de mobilizar a mesma. Ela me fitava com medo e uma tremenda confusão.

- Eu sinto muito. Mas agora não há escapatória. - sussurrei contra seu pescoço, dando um sorriso lateral.

- O que você 'tá fazendo? - ela se debatia. - Me larga! - gritou contra meu rosto.

- Vamos, vai ser melhor do que estar com a sua titia abusiva! - eu disse com meu ar de sarcasmo, de forma mesquinha.

Jocelyn tem conversado com Georg recentemente e falou sobre sua tia ser agressiva e uma maluca religiosa. Eu ouvi sua conversa com desinteresse, mas hoje cedo ela disse algo que me instigou: "Georg, essa mulher me bateu e me impediu de comer, eu estou quase desmaiando de fome!"

A loira realmente parecia desgastada e fraca. Embora sua tia seja má, ela não é nada comparada a mim.

- Por favor! - ela disse. Demonstrando o quanto era ridícula e suas condições físicas impediam a mesma de lutar.
- Não faça nada comigo. - jovem estúpida. Seu descaimento estava começando a me irritar.
- Meu gatinho Pep. - A loira finalizou, pronunciando as palavras de forma baixa, e eu pudia ver seus olhos se marejarem.

Eu era assustador, e quando eu queria algo eu conseguia.

Soltei o corpo da mesma com brutalidade, fazendo a mesma despencar de meus braços e cair no chão frio.

- Eu posso te ajudar, pequena. - eu disse mudando minha feição e meu tom de voz. Eu estava calmo agora, afim de passar a ideia de carinho. Me aproximei de seu rosto fino e senti a mesma ficar trêmula.

- Se vier comigo, te darei uma casa e uma vida melhor. Você poderá morar junto à Georg e não vai precisar trabalhar em uma padaria. - acariciei sua bochecha.

- O que você quer comigo? Georg pediu para que me buscasse? - sua voz se iluminou.

- Minha pequena, eu quero você para mim. Você me deu uma sorte do caramba. - beijei o canto de seus lábios, pegando a mesma de surpresa.

- Eu prometi a minha amiga que a buscaria na reabilitação. - ela disse.

- Meu amor, aonde vocês iriam ficar? - interpelei.

Jocelyn contava tudo para Georg, e o plano de buscar e fugir com sua amiga Liza não ficou de fora.

- Me deixa ir embora, seu maluco. - ela usava suas últimas forças para contrariar. - Que caralhos, você é um maníaco! Porra de "eu quero você para mim!" Eu não sou nenhuma vagabunda!! - berrou.

Deferi um soco em seu rosto. A mesma caiu de vez no chão, inconsciente.

Jocelyn seria minha vadia amuleto, por bem, ou por mal.

Jocelyn seria minha vadia amuleto, por bem, ou por mal

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Keep in line - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora