JOCELYN'S POV
Na noite passada, eu deixei a euforia me dominar por inteiro. Alguns flashes se passam pela minha mente, mas são tão incompletos a partir de um momento, que mal consigo assimilar e ter alguma certeza de algo que fiz ou falei.
Após a corrida, me recordo de ter sentado em uma cadeira, com os amigos de Georg em uma mesa de madeira rústica no meio da pista. Consigo lembrar perfeitamente do Barman bem vestido, que nos levava bebidas em uma bandeja prateada.
Lembro dos olhares que recebi desde o momento que saí daquele carro e os cochichos perceptíveis. Eu não entendia. Tom não teria feito nada ruim comigo, ele si quer ligou para a minha presença.
Eu bebia sem parar, virando inúmeros shots e sentindo o líquido queimar minha garganta. Era incrível provar daquela sensação após um tempo, como se fosse a primeira vez.
[...]
Acordei com aquele barulho estúpido do despertador, indicando que seria hora de levantar e ir trabalhar.
Minha cabeça doía, latejava. Revirei meus olhos pela dor e caminhei até o banheiro.
Encarei meu rosto no espelho, percebendo o quanto os meus olhos estavam inchados.
[...]
- Você é uma vagabunda Jocelyn! - minha tia esbravejava, cuspindo aquelas palavras em mim enquanto segurava meu braço com firmeza.
Fui pega em "flagrante". É ridículo falar dessa forma, mas eu realmente me sinto em uma prisão domiciliar. Minha tia não havia adormecido como eu tinha imaginado, o que eu realmente não esperava era que ela iria conferir a minha presença em meu quarto. Ela sabe com o que está lidando.
- Onde você estava? - ela disse firme aproximando seu rosto do meu pescoço e em seguida fungando, sentindo o meu aroma forte de álcool. - Desgraçada! Imunda, você está completamente bêbada.
- Eu? Eu 'tô sóbria. - eu disse dando um sorriso amarelo, desfazendo o meu semblante amedrontado. Minha voz era arrastada.
Senti um impacto forte em meu rosto, me fazendo tremer as pernas; todavia, me manti em pé. Ela estava furiosa.
- Você é uma maluca, depressiva, prostituta, viciada. - ela dizia usando de uma certa gradação. - Deus não deveria permitir que você si quer botasse os pés para dentro dessa casa, mas ele permitiu. Eu não posso me desfazer de você, por mais que eu queira. - seu tom de voz abaixava aos poucos.
- Eu não gosto daqui, desse país. Eu não gosto do meu pai, meu pai, eu te odeio. - eu gritei de forma confusa, totalmente fora de mim.
Recebi um outro tapa forte como resposta, agora eu me sentia despedaçada no chão. As lágrimas começaram a cair, foram tão inesperadas e fortes que eu não consegui fazer elas pararem.
- Você tem que superar. - ela disse ríspida. - Vamos, suba para o seu quarto!
[...]
Meus olhos inchados e borrados de rimel. Minha bochecha sensível e avermelhada. Eu estava um desastre.
O efeito daquela sensação incrível e preenchedora havia acabado, me deixando totalmente bagunçada e dolorida. Eu poderia vomitar a qualquer momento.
Lavei meu rosto e desci as escadas, caminhando até a cozinha. Minha tia e meu primo estavam sentados, ambos com suas xícaras de café.
Como citei antes, eu não me lembrava de muita coisa. Mas me recordava do álcool e dos tapas deferidos em minha face. Eu realmente fui a loucura.
- 'Ta tudo bem, Joss? - a voz do meu primo era calma e suave, ele demonstrava a real preocupação.
- Uhum. - murmurei pegando uma xícara de café. Logo, senti um puxão forte em minhas mãos, fazendo eu derrubar todo o líquido quente e escuro em minhas roupas e no chão. Eu gemi de dor e encarei minha tia nervosa.
- Qual o teu problema? - clamei sem pensar nas consequências.
- Você não vai comer ou beber nada por uns dias. Esse é o seu castigo. O jejum vai te limpar, em nome de Deus. - ela cuspiu novamente as palavras.
- O que? - interpelei perplexa.
- Você sabe o que fez. - ela disse vagamente. - Limpe isso e vá trabalhar.
Notas:
Eu adoro escrever no ponto de vista de uma mulher. Tenho que desenvolver mais a relação deles, para que assim, eu possa escrever um ponto de vista do Tom. Mas é isso, perdão pela demora🤒
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Keep in line - Tom Kaulitz
Fiksi Penggemar𝐀 𝐓𝐑𝐀𝐌𝐀 de uma jovem francesa alemã com genes suíços que sempre esteve fora da linha. Após sua tentativa de suicídio e seu problema com drogas, Jocelyn é internada em um centro de reabilitação na Alemanha, país que a mesma repugna. Recém reabi...