El Classico - Pedri González

Seu Zé

- Mia, são 17:30, você não se arrumar não? Praguinha! - Toni diz quando saí do banheiro apenas de toalha enrolada na cintura.

Depois de sábado, eles decidiram ficar uma semana comigo, apenas para se certificarem de que não me mataria na primeira semana sem meu pai e morando em Barcelona.

Eu me impressiono muito com a confiança deles em mim, admiro a capacidade deles acharem que eu realmente vou me matar em cinco dias eu de fato pensei em cometer suicidio, mas só aceito se alguém for comigo não sei como vai ser na passagem pro inferno.

Viver sozinha é maravilhoso, até porque eu não moro sozinha tem mais gente nessa casa do que no puteiro da esquina fico chocada que ainda não houve nenhuma surubona geral

- MIA! Falta 20 minutos pra ele chegar e tu não se maquiou ainda! Poh meu, reage vai! - Toni me puxa da cama e me deixa em frente ao espelho.

EU ESTOU UMA TREMENDA DE UMA GOSTOSA!

- Calma aí Paizão! Vou fazer uma make bem simples bem clean sabe?

- É pra fingir que tu toma banho né, até porque sinto o fedor de longe! - esse corno não tem casa não? Impressionante como todos eles ficaram magicamente solteiros e sem terem o que fazer nas férias vão se fuder

- Cadê o Ferran hein? Saudade dele pelo menos ele não me ofenda dentro da minha própria casa - Toni me mostra o dedo do meio e saí do cômodo.

Não vejo Ferran desde a noite em que os meninos chegaram e já faz mais ou menos uns quatro dias. Hoje, por ser quinta-feira de verão na Catalunha, o Sol irá se pôr mais tarde, e se nada der errado, nosso encontro será perfeito.

Termino a maquiagem e saio para mostrar meu look aos meninos. E se o sentimento de desgosto e nojo fossem pessoas, essas pessoas seriam perfeitamente Toni e Luka.

- Eu estou linda, não estou?! - dou uma volta e olho para eles com um sorriso besta.

- Nossa, sabia que para olhar para você eu preciso usar óculos escuros? É porque o seu sorriso brilha mais que um raio de sol. - Luka fala rindo e logo cai no sofá de tanto rir.

Fecho a minha cara tentando me fazer de durona. Junto a minha bolsa e meu celular e sigo para o portão de casa. Espero Pedri por alguns minutos talvez até mesmo meia hora depois de quase 40 minutos resolvo ligar para ele.

- Pedri, cadê você? - No fundo ouço alguém suspirar. Obviamente ele não estava sozinho. - Tudo bem se não quiser vir, mas pelo menos tivesse me avisado antes porque nem teria criado expectativas

- Mi, eu juro que não foi proposital, na verdade eu já estou pronto desde o meio-dia, então sim, ainda vamos sair, mas por favor, não fica braba comigo, eu simplesmente estou no meio da avenida tentando trocar a droga desse pneu e tem umas vinte ou trinta garotas gritando comigo eu me sinto frágil, Mi! - Sorrio com a sua fala e por um segundo ignoro o nosso atraso.

- Pedro, me manda a tua localização que eu vou caminhando! - falo da boca pra fora, até porque mais sedentária que eu, não existe.

- Não mia! Espera aí que em uma hora eu chego! Deixa só eu lembrar como que arruma essa merda de calota!

- Pedro, cala a boca! Eu já estou indo, só me manda a localização e para de discutir! - Ele começa a rir de nervosismo e logo me envia a sua localização. Pedri estava há exatamente uns 300 metros de mim, era literalmente só virar duas ruas.

Tiro meu salto e vou de pé descalço mesmo, sem muito mimimi. Em menos de 5 minutos chego até a naba que tirou a carteira mas não sabe trocar um pneu.