El Classico - Pedri González

Ballon D'or 2019

Capitulo 7
Maia
(iremos fingir que em 2019 o Papai Cris ainda era do Real para a felicidade da escritora, ta bom?!)

Desde que cheguei na Catalunha, o meu maior dilema era ele. Sempre havia aquela esperança do momento em que nos cruzariamos novamente.
Nos vimos pela primeira vez na premiação da Ballon D’or de 2019, um pouco depois do verão europeu. Ele acompanhava o Barça e o Ansu Fati… quanto a mim, que estava encarregada de acompanhar o Vini e o Rodrygo.
Minha admiração cresceu mais ainda quando ele fez questão de vir até a mesa dos Merengues cumprimentar eu e os meninos.
Papai Cris ainda brincou com ele, dizendo que se ele fosse bom demais pro Barça, ele o levaria para o Real como se fosse um filho.
  Teve um momento do jantar pós-premiação que eu poderia facilmente sonhar todas as noite.

Ballon d’or 2019
dezembro

Fazem exatos 20 minutos que eu e Vinicius estamos nesse bar tentando chamar algum garçom para pedir uma mísera vodka.

- Na boa? Vou ir no mercado ou pedir um ifood, esse cara vai esperar a Argentina ganhar uma copa pra depois vir nos atender… filho da puta - ele sussurra no meu ouvido e começa a rir.
- Me espera por favor, vou só pegar os meus saltos e a minha bolsa com o Marco - saio correndo de pés descalços sem olhar para os lados.

Até o momento em que um choque extremo contra o meu corpo me joga no chão e logo sinto uma dor enorme na cabeça. Busco entender o que aconteceu, já que ninguém magicamente caí no chão com um empurrão invisível.
A risada alta do brasileiro ecoa pelo salão e no momento seguinte vejo aqueles olhos castanhos juntos com as sobrancelhas grossas e arqueadas perfeitamente simétricas. O sorriso extremamente branco direcionado a minha vergonhosa cena me causa uma imensa vergonha.
Eu poderia facilmente me matar agora mesmo e ninguém perceberia.

- Sabia que uma hora ou outra iríamos nos encontrar novamente… só não sabia que você estaria deitada aos meus pés kkkkkk - ele toma um gole do seu suco de laranja e me entrega sua mão esquerda.

Aperto a mesma como se estivéssemos nos cumprimentando.
- Segura a minha mão, guria kkk - vejo Vinicius rir ainda mais da cena e logo as minhas bochechas ficam vermelhas de tanta vergonha.

Me apoio em sua mão e aos poucos consigo me levantar. Pedri ainda mantém aquele sorriso besta nos lábios.

- Me desculpa Gonzalez! não foi proposital, e se fosse, eu teria te puxado junto! - Sua gargalhada saí alta e ele logo me abraça.

ih rapaz, tu não te passa.
Tinha que ser mucilon mesmo, tadinho, emocionado e carente.

- Prefiro Pedri, gosto de ouvir as mulheres mais lindas falando ele enquanto me olham… - Ele me olha com um sorriso malicioso? Isso foi uma indireta?

- Calma aí espanholzinho, o que colocaram nesse seu todynho?

- Nada que eu já não possa beber - ele pisca com um olho para mim e vejo Vinicius se aproximar.

- Mia, tu vai comigo comprar aquele negócio ou vai ficar aí flertando com o neném dos Culés…

- Vai se fuder vinicius! Me espera na saída que eu saiu em menos de cinco minutos! - Vejo ele saindo e ao mesmo tempo Pedri me seguir até a mesa do Real Madrid. - Gente, eu já vou indo! Eu e o Vini combinamos de comer um churrasquinho naquele barzinho brasileiro que tem aqui perto.

Marco me encara com um semblante sério e entendo que o problema não está em mim e sim no homem atrás de mim que obviamente já é odiado pelo outro espanhol.

- Vocês vão sozinhos ou vai levar um desses sangue ruim com vocês? - Marco faz cara de nojo quando se refere ao Pedri.

Se eu fizesse essa cara pro meu pai, ele automaticamente me matava.
Em segundos voaria chinelos para todos os lados e eu nem iria ver de onde que veio.