Capítulo 02
Eu não sou uma boa mãe°
Nova York
Petra HillsEstou andando de um lado para o outro com meu filho no colo, estou inquieta, estou com medo e estou exausta. Ser mãe solo não é nada fácil, ainda mais quando você acaba de dar a luz — uma semana atrás. Hoje meu filho completa uma semana de vida, e não está sendo nada bom, ele está chorando desde dás cinco horas e agora já são dez da manhã. Eu não consegui dormir, não consegui fazer com que o meu peito saísse leite para o mesmo tomar.
Eu quero ir ao hospital para ver o que está acontecendo comigo e com o meu filho, mas eu já tenho a resposta para isso.
Solidão.
A minha solidão está contagiando ele, a minha depressão está entrando dentro do meu filho, a dor que eu sinto ele está passando a sentir como uma pessoa adulta. Mas eu não quero que ele sinta mesma dor que eu, ele é apenas uma criança, apenas um bebê indefeso.
— Petra Hills — meu nome é chamado pela voz robótica — Sala sete.
Pego a minha bolsa que estava na cadeira azul e caminho até a sala sete, onde meu filho irá passar na consulta. Sim, eu estou no hospital, eu não queria vim, mas o choro e o meu lado mãe falou mais alto. O meu filho para mim é tudo, mesmo eu não querendo ser mãe, ele foi uma luz no fundo do meu túnel.
A nove meses atrás eu era uma completa prostituta, como todos me chamam, eu não estava nem ai para quem eu iria dar, eu não estava ligando se eu iria me ver transando em público ou sei lá o que. Tudo o que importava para mim era o sexo, o meu prazer e o meu orgasmo, eu caçava homens na rua para me satisfazer, eu me tocava dentro do trem por baixo da bolsa olhando homens do meu tipo.
Eu era louca, eu sou louca, e agora com um filho, tudo está mudado, mas a minha vontade de dar para o primeiro cara que aparece na minha frente, está grande, a minha fome por homem aumenta a cada dia.— Sra.Hills? — a voz do doutor entra na minha mente, com calma e cautela — Está me ouvindo?
Olho para o mesmo que estava de branco e com sua gravata preta destacando ali no meio, sua pele era branca queimada pelo sol, seus olhos eram verdes ciano, seu rosto era bem contornado juntamente com sua barba estava pré feita. O calor sobre o meu corpo começa a subir, a dilatação lá embaixo já começa a dar reação por todo meu corpo, provavelmente deve estar nítido para ele que eu estou com tesão, meus bicos estão como uma seta apontados para ele. Tudo o que e quero agora é dar para esse homem aqui em cima dessa mesa, quero que ele me vire do avesso e me coma com raiva, força e vontade. Eu quero ser chupada por ele e também quero chupar ele, a minha boca saliva só de sentir seu pau nela, minha boceta lateja só de pensar sua barba fazendo cócegas pela área.
Eu preciso transar.
— Senhora, está tudo bem? — mais uma vez sua voz cautelosa entra em meus ouvidos, me tirando do transe.
— Ah. Sim, claro — cosso a garganta voltando a realidade arrumando meu filho no colo.
°
Estou andando pelas ruas de Nova York com meu filho em meus braços, finalmente eu não escuto mais seu choro de dor e desespero, e eu finalmente irei conseguir dar de mamar para ele. As mãos do doutor em meu corpo, me ensinando a como amamentar ainda está em mim, seu toque está em mim, seu hálito está em mim. Tudo dele está em mim, mas é errado eu fantasiar com o médico do meu filho, é errado fazer isso por que ele é casado, e eu não tenho coragem de partir para cima dele como uma onça faz com sua presa. Mas a minha vontade foi essa, a minha vontade foi de partir para cima dele como uma onça faminta a dias.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Semana
RomanceEu só vou perguntar uma vez. Tem certeza de que vai ler esse livro?