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Capitulo 03
Estou com medo ou não?

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Estou parada de frente a mesma porta que estava ontem, o corredor continua do mesmo jeito, meu corpo treme como alguém tomando choque. Minhas mãos estão suando muito, passo elas nas minhas pernas o que não ajuda muito, já que elas também estão molhadas.
Meu peito está apertado, meu coração está batendo forte e meu sangue corre pelas minhas veias.

Eu estou mais nervosa do que ontem.

Eu deixei meu filho com a mesma mulher que ficou com ele ontem, e hoje eu estou aqui no mesmo horário, mas não sei se vou sair no horário que eu sai daqui. Mas eu confio na mulher que está com o meu bebê, eu a conheço a muito tempo, então eu tenho confiança nela.

Fecho meus olhos respirando forte e prendendo a respiração por dez segundos, conto pela mente e sinto o meu corpo ficando leve, sinto minha mente esvaziando e meu peito desapertando. Sempre faço isso quando estou muito nervosa, e isso me ajuda muito, mas logo a boa sensação passa assim que a porta é aberta e eu sou empurrada para trás encostando minhas costas na parede humida.
Abro meus olhos e vejo as mesmas mulheres saindo de lá de dentro correndo, algumas estavam com lágrimas nos olhos, outras estavam muito marcadas de tanto apanhar. Meu rosto está com a marca de seus dedos, ontem eu tive que dormir com uma bolsa quente no meu rosto pra ver se a dor amenizava.
E agora eu estou aqui, de frente para o homem que se parece mais uma muralha, me encarando com sangue nos olhos.

— Por que não entrou? — sua voz grossa e baixa entra em meus ouvidos, me causando arrepios.

— Não achei que... eu poderia entrar sem que a porta estivesse aberta — digo com a voz fraca e com medo dele não me responder e já me bater — Mas eu ia entrar.

— Mentirosa — diz firme e vem até mim, pegando em meu cabelo levantando meu rosto para o seu.

— Sim... eu ia — digo sentindo a dor no meu couro.

Meu rosto vira para o lado assim que ele solta um tapa de mão cheia ali na área, não tive nem tempo de gritar ou questionar o por quê de estar apanhando. Mas eu aceitei tudo calada, não disse nada para não apanhar mais, mas parece que isso irritou ele mais ainda.
Ele ainda agarrado em meus fios me arrasta para dentro, fechando a porta atrás de mim e andando por aquele corredor horroroso, passamos pela recepção e adentramos numa sala fria, cinza e com uma corda pendurada no teto, olho ao redor e vejo que havia um armário com coisas de masoquismo, como, chicote, amordaça, coleira, pinça e etc. Meu corpo está todo arrepiado só de sentir a brisa que vem aqui de dentro. Olho para o homem a minha frente e vejo que ele vinha até mim com uma máscara vermelha e cobre meus olhos, abro a boca puxando o ar aos poucos.

Minha roupa é tirada violentamente, eu estava de vestido, então tudo o que sobrou no meu corpo foi apenas uma calcinha preta de renda, seus dedos grandes e grossos passeiam pela minha bunda e coxas, jogo minha cabeça para trás assim que o homem aperta minha boceta por cima da calcinha que já estava encharcada. eu já estava molhada por esse homem, eu não sei por que, mas o pânico de ontem e hoje me deixaram bastante excitada, e parece que hoje eu estou muito mais ao entrar nessa sala, ao não estar podendo enxergar nada, ao sentir a adrenalina de não saber o que ele vai fazer comigo aqui dentro. Eu estou louca, sempre fui louca, mas agora eu preciso sentir essa loucura dentro de mim, preciso sentir...

— Na próxima quero que venha sem calcinha — diz e o barulho da peça se rasgando ecoa pelo local.

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