ゅִ | XIV - Guardada a sete chaves.

351 23 47
                                    

Dia 14.
[ 23-06-2015 ]

Quarta. Acordo meio estranha, vamos dizer assim. Dormi tarde ontem à noite, então meus olhos acordaram pesados e doendo. É isso que as redes sociais fazem. Abri os olhos e encarei o nada por uns 7 minutos. Me aliviei ainda mais quando lembrei que não preciso ir trabalhar hoje. Espreguicei e tirei um tempinho pra olhar a rua e admirar o céu. — fazia um considerável tempo que eu não fazia isso. — E dessa vez, resolvi ignorar o celular. Me levantei e decidi dar um tempo das telas. Eu sabia muito bem que se eu tocasse no celular, eu iria procrastinar pra tomar banho.

Minha irmã já estava no andar de cima, se arrumando ou passando gloss, eu acho. Não reparei muito bem. Ela me disse um "oi" mas eu não percebi, fui direto pro banheiro. Tranquei a porta, fiz tudo que tinha pra fazer, e saí de toalha, agora um pouco mais consciente. Avistei minha irmã lá embaixo, comendo alguma coisa.

Não tive pressa dessa vez, fiz tudo com calma. Demorei um tanto pra escolher a roupa e minha porta bateu.

— Quem é? — Era obviamente minha irmã, mas, sei lá, do jeito que as coisas são na minha vida, se falassem que é o John Wick, eu não iria duvidar.

— O Brad Pitt. Claro que sou eu, tori! — Ela disse com um tom sarcástico.

— E se for o Brad Pitt disfarçado? — Perguntei, obviamente brincando.

— E você não abriria a porta pro Brad Pitt disfarçado? — Ela rebate, fazendo essa enrolação mais longa ainda.

— Se for disfarçado da minha irmã, não! — Ela resmunga um "ugh" e eu gargalho.

— A comida vai esfriar! Melhor se apressar. — Ela diz sem paciência enquanto vai se afastando da porta.

— Não vou demorar. — Digo, mesmo sabendo que ela não ouviu.

Suspiro enquanto encaro minhas roupas. Pego uma roupa preta qualquer e visto. Olho pra minha cama e lá está ele, implorando por atenção, suplicando pra ser tocado e levado. Sim, é do meu celular que eu estou falando. Sem muito drama, o pego e saio do quarto.

O segurei até descer as escadas, prestando atenção que minha irmã não estava mais ali. Presumi que ela foi ao trabalho e dei de ombros, seguindo em direção a mesa da cozinha, onde havia umas duas panquecas — Sem nenhuma cobertura — e alguns biscoitos. Nem sequer reclamei, afinal, pelo menos ela não havia devorado tudo e me deixado sem comer.

Me sentei e não segurei nem mais um minuto a curiosidade. Liguei o celular, esperando mensagens de você sabe quem, mas não havia nenhuma. Estranhei, porém, nada de mais, fechei o aplicativo de mensagens e entrei nas redes sociais enquanto comia um dos biscoitos.

Um tempo depois, recebi uma mensagem da Cat. Isso quando eu estava acabando meu café.

C | Torii, bom dia, primeiramente!

| Tava pensando e, como sempre, não
tenho planos pra hoje. Posso passar na sua casa? Já que eu nunca faço isso. 
[ 10h9 AM ]

Fiquei empolgada, até porque, a Cat nunca vem aqui em casa, tipo, nunca!

Oi, Cat, bom dia! | T

Claro que você pode passar aqui, também não tenho planos pra hoje, além do ensaio com o André, é claro. |

C | Certo! Passo aí assim que eu almoçar.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 05 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

ゅִ  - Se você me permitir. | Jori - AUOnde histórias criam vida. Descubra agora