Abuso

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Quando os olhos rosas se encontraram percorrendo o interior da enorme mansão, sentiu-se como nos cartazes dos filmes que aparecia por fora dos cinemas.
Um rosado de vergonha cobriu suas bochechas, notando que não sabia o motivo de que haviam aqueles tais papéis por fora do cinema, sequer tinha o conhecimento do que era um cinema.

Notou as paredes brancas e os móveis em tom de bege e marrom claro, não parecia pertencer ao homem que tudo o que vestia e usava era preto.
Foi quando um rapaz correu corredor a fora.
Ele vestia uma blusa de alça da cor vinho, além de uma calça jeans ligeiramente colada da coloração preta.

Os fios ruivos eram a cima das orelhas, sardas cobriam sua face e seu corpo aonde a roupa não cobria.
Os olhos eram verdes, belos e chamativos, além de uma cicatriz em sua clavícula que chamava demais a atenção para passar despercebida.

O rapaz mostrou um enorme sorriso no rosto quando viu o outro de olhos violetas.

– Esse é Felix, ele pertence ao meu marido, assim como Minho. – o homem sentiu a necessidade de apresentá-los, antes de afrouxar a gravata que mais um pouco iria enforca-lo – Estou no meu escritório, qualquer coisa manda me chamar.

E assim ele se retirou, deixando o novo morador com um olhar confuso.
Afinal, ele não sabia ainda quem era o homem que o comprou e nem quem era o seu marido.

Quando o homem sumiu de seu campo de vista, o sorriso presente na face do ruivo desapareceu com um olhar irritado e afiado, enquanto Minho o encarava capaz de matar com um olhar.
A mão direita do de fios castanhos foi direto para a cintura do ruivo, o puxando de modo possessivo.

– Escute aqui, garoto. Você não faz idéia de onde se meteu. Você pode achar que saiu das desgraças da fome e do desespero, mas não faz idéia do inferno que isso aqui se torna a noite. – por incrível que pareça, quem alertou foi justamente o ruivo, a voz grave contradizia ao rosto delicado, acreditava delirar, ele tinha uma voz bem potente.

Os olhos verdes estavam atentos em seus movimentos, mas Jisung nada disse, apenas abaixou a cabeça. Estava acostumado a ser julgado, a ser humilhado e para si, esse momento era apenas mais um entre diversos, apenas não tinha entendido a gravidade da situação.

O de fios castanhos ignorou sua presença naquele momento a diante, se retirando indo em direção a um corredor a direita, próximo a escada de onde o homem de fios negros havia se retirado anteriormente.

– Venha comigo. – Felix disse, chamando a atenção do loiro para si – Não sei de onde tiraram que seus cabelos são loiros... Eles são castanhos bem clarinhos...

Então concertando: Chamou a atenção do acastanhado.

O Han não entendia bem sobre o assunto, mas entendia que não era algo negativo, era uma informação para si, então sorriu, seguindo o ruivo na mesma direção que Minho havia ido.

– Nesse corredor ficam os dormitórios dos pets. Eu e Minho temos nosso quarto dividido, mas você provavelmente dorme no mesmo quarto com Seungmin. – comentou apontando para a porta marrom escura, contradizendo bastante com a cor clara do resto da mansão – Esse é nosso quarto, aquele pertence ao Seungmin. O homem que lhe comprou se chama Christopher Bang Chan, nosso superior. O meu dono é o marido dele, se chama Hwang Hyunjin.

Jisung franziu as sobrancelhas, eram muitas informações para guardar.

Comida? Tem? – a voz soou embolada e fraca, porém a voz era bonita de se ouvir, apenas não parecia muito bem usada.

Felix encolheu os ombros, Jisung pela segunda vez, notou um sorriso no rosto desse rapaz no mesmo dia.
Felix parecia preocupado, talvez com pena, de si.

Gucci Pet (Han Jisung Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora