0.9

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Estávamos na quadra. Todos estavam jogando basquete, exceto eu por estar nos meus mais lindos dias. Estava acabando, mais ainda assim parecia que poderia vazar a qualquer momento. Ser mulher é um porre!

Liya me chamava atenção jogando. Quero dizer... suas mega unhas impediam qualquer lance...ou pelo menos ela insinuava isso, já que Charli também tinha as unhas compridas e jogava facilmente.

— Eu não consigo, professor. — Liya resmungou manhosa. Revirei os olhos vendo seu drama. — Pode me ajudar?

— Claro. — Jordan se acomodou atrás dela, segurou seus braços que seguravam a bola de basquete e cochichou as técnicas de lançamento em seu ouvido (pelo menos eu acho que foi isso).

Liya empinou sua bunda para trás, se esfregando e logo atirou a bola como uma criança de cinco anos. A bola caiu dois palmos a sua frente e olhe lá.

— Você chega lá. — Jordan riu olhando para a morena que enrolava uma mexa de cabelo entre seus dedos do meio e indicador. Revirei os olhos vendo aquela cena patética e saí de mansinho. Eu não queria ficar vendo toda aquela baboseira. Não era ciúme, mas era irritante.

Caminhei para fora do ginásio e comecei a percorrer os corredores vazios - por conta das aulas - e estranhos. Passei por corredores que eu nem sabia que existiam ali. Ah, o almoço seria aquela gororoba que sempre servem aqui, então provavelmente eu e charli compraríamos um Subway e comeríamos de baixo da arquibancada do campo de futebol.

— O que está fazendo aqui? — Jordan me puxou pelo braço.

— O que pensa que está fazendo? — O olhei séria.

— Não pode ficar perambulando por aí no meio das aulas! — Ele repreendeu soltando meu braço.

— Também não pode ficar se esfregando com alunas por aí. — Arqueei as sobrancelhas o sacaneando. Ele fechou a cara sem entender se eu falava dele e de Liya ou dele e de mim. — Com qualquer uma delas.

— É mesmo? — Ele me puxou mais para o fim do corredor e abriu a porta do vestiário feminino. Estava vazio. — Por quê não reclama quando está desfrutando do meu toque então? — Ele me prensou contra a parede.

— Ego forte hein. — Eu ri. — Sou eu mesmo que não resisto? — Me aproximei de seu rosto. — Quem está dominando esse jogo, Powell? — Distribuí pequenos beijinhos em volta de sua boca, mas sem tocar nossos lábios. — Você parece gostar disso.

— Você está me provocando e eu não gosto de ser provocado.

— Isso é feio, sabia? — Saí do meio de seus braços. — Você tem vinte e seis anos e eu dezessete. Devo te chamar de Daddy? — Brinquei.

— Prefiro te ver gemendo o meu nome mesmo. — Ele molhou seus lábios me puxando de volta. — Você não pode simplesmente me provocar e sair sem mais nem menos.

— Quer que eu faça o que? Ainda estou nos meus melhores dias. — Dei de ombros como se fosse a pior coisa do mundo.

— Sua boca parece intacta pra mim. — Ele mordiscou seus lábios se aproximando. E mais uma vez ele chegou perto o suficiente para que nossos lábios fossem selados violentamente. Dividimos o tempo entre beijo, ofegancia e belos toques.
Seus lábios pareciam doce, e melhor do que ontem a noite, talvez pela bebida.

𝐒𝐄𝐗𝐘 𝐓𝐄𝐀𝐂𝐇𝐄𝐑❦︎ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora