2.7

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— Você ama ele? — Minha mãe insistia caminhando atrás de mim.

— Não. Eu amava ele. — Sorri.

— Eu estou decepcionada por não ter me contado. Eu sempre estive do seu lado pra tudo. — Ela negou com a cabeça, como se estivesse se enrrolando em seus próprios pensamentos. — Poderíamos ter salvado isso. Se as pessoas soubessem, a tal Liya não daria em cima dele.

— A errada não foi só a Liya. Na verdade não teve ninguém errado. Eu e Noah nunca tivemos nada sério, então tudo bem ele ficar com quem quiser. — Por mais que eu dissesse aquilo, ainda doía. — E agora estou com a Nay mãe. Ela é uma ótima companheira.

— Vocês nem namoram.

— Mas ela tem sido mais séria e fiel do que o Jordan foi. E isso que é mais jovem. — Retruquei. Ela ficou boquiaberta. — Nailea já deve estar chegando pro jantar.

— Por que se engana? Você não gosta dela, meu amor. — Minha mãe insistia.

— Por que defende tanto o Jordan? Ele foi um idiota! Não era o seu coração em jogo e sim o meu. Eu já tenho dezoito anos, mãe. Acho que posso escolher quem amar. — Falei por fim e ela ficou quieta.

Por mais que aquelas palavras idiotas saíssem da minha boca, eu mesma não acreditava nelas. Eu ainda amava o Jordan, mas não podia ser idiota o suficiente pra voltar pra ele. Não é assim que funciona.
Fui tirada de meus pensamentos quando a campainha tocou. Deduzi ser a Nailea. Coloquei um belo sorriso no rosto e abri a porta. Mas que inferno! Não era a Naiela. Era o babaca do Jordan.

— Oi... — Ele coçou a nuca. O olhei de cara feia e fechei a porta, mas ele pôs a mão e não deixou. — Eu só quero conversar. Cinco minutos do seu tempo. Nada mais. — Suspirei e saí para fora de casa. Fechei a porta e me virei para ele, sem dizer nada. — Eu sinto muito pelo o que aconteceu. Não deveria ter sido assim. — Ele me encarou. — Eu amo você porra. — Seus olhos lacrimejaram. — Amo você pra caralho.

— Deveria ter pensado nisso antes de acreditar em qualquer um. — Falei simples.

— Eu entendo completamente você estar muito brava comigo. Mas eu não posso viver sem você, Ana. Você mudou a minha vida quando entrou nela. Eu sei que fui muito, mas muito idiota e você tem todo o direito de me odiar. Só que eu preciso que entenda o quanto eu te amo também. — Ele tentou se aproximar e eu recuei.

— Eu entendo completamente você estar muito brava comigo. Mas eu não posso viver sem você, Laura. Você mudou a minha vida quando entrou nela. Eu sei que fui muito, mas muito idiota e você tem todo o direito de me odiar. Só que eu preciso que entenda o quanto eu te amo também. — Ele tentou se aproximar e eu recuei.

— Se me amasse tanto seu pau não estaria socando outra na primeira oportunidade. — Cutuquei seu peitoral com meu dedo indicador. — Se me amasse tanto não teria acreditado em qualquer boato antes de vir falar comigo. Sabe, você não é nada maduro pra alguém de vinte e seis anos. Meus parabéns porque você chegou ao nível extremo de imaturidade. Agora se me der licença e fazer o favor de sair da minha porta, eu vou voltar lá pra dentro e esperar o minha namorada. Tenha um feliz nada, professor. — Finalizei entrando em casa e o deixando ali.

— Eu não vou desistir de você. — Ele gritou.

— Vai se ferrar. — Retruquei já com a porta fechada.

𝐒𝐄𝐗𝐘 𝐓𝐄𝐀𝐂𝐇𝐄𝐑❦︎ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora