"Turbências" Adolescentes

Que Loucura!

O quanto as más conversações podem corromper os bons caminhos? Talvez, os bons caminhos possam vencer as más conversações.

Isso nunca acontece, Miguel...

Pietro me levou numa boate. Como eu deixei isso acontecer? Ele havia me dito que íamos numa festa adolescente. Não num bordel. Eu não podia correr dalí. Eu não podia brigar com ele. Ele estava com um sorriso maléfico no rosto.

Ele tirou dois crachás VIPS da bolsa, e entramos sem nem os seguranças pisacarem. É uma boate muito disputada, muitas pessoas ficavam ao lado de fora, e entramos facilmente. A festa estava lotada. Muitos adolescentes estavam ali. O que está acontecendo? Mulheres semi-nuas estavam por toda a parte, e adolescentes se encontravam alí, se divertindo.

Isso aqui é a festa adolescente?

Pietro parece saber de todos os lugares daquela boate, e me dei o luxo dele conduzir o rolê. Ele me levou pra área VIP. Tinha poucas pessoas ali, umas 4 contando com a gente. Porém, nossos olhos grudaram na mesma pessoa. Um vestido vermelho decotado, cabelos loiros penteados, piercing no nariz e uma idade semelhante a nossa.

Puta merda, por que só menina linda cruza meu caminho?

Ficamos parados por um tempo observando a menina.

— Você viu o que eu vi? - disse Pietro.

— A Deusa Grega que está na nossa frente? - disse quase babando - Sim, eu vi.

— Ela é minha, viu? - disse ele confiante.

— Vai sonhando...

Eu tomei o partido de andar primeiro. Sentei ao lado da menina, e peguei um Red Bull frigobar e comecei a beber. Tinha bebidas alcoólicas no frigobar, mas não queria beber. Pelo menos não naquela hora. Pietro se sentou na cadeira aonde tinha um PlayStation 5 e começou a jogar algum jogo de guerra. Ele amava esses assuntos, e sua família vem de descendentes alemães. A menina estava inquieta, parecia ansiosa. Então, eu puxei a conversa.

— Oi, tudo bem? - disse olhando pra frente.

— Oi... Tudo sim. - disse ela, receosa.

— Sou Miguel! - disse já virando o torso, e olhando para ela.

— Sou Daniela. Mas me chamam de Dani. - disse ela, mais confortável.

— É um prazer em conhecê-la, Dani. - disse esboçando um sorriso meigo.

— O Prazer é Meu, Miguel. - ela retribuiu o Sorriso.

— Está Sozinha? - perguntei.

— Sim. Vim para curtir um pouco, mas não está sendo o que eu esperava...

— Ah, mas não tem problema. Dá pra curtir do mesmo jeito! - disse otimista.

— Você parece muito legal... Quando for a hora, a gente faz alguma coisa... - disse ela esboçando um sorriso acolhedor.

Pietro ouve a conversa, ele se retorce. Comecei a falar com a menina primeiro que ele. Foi um avanço que eu não sabia que podia fazer. Não fiz isso com Raquel. Dani está sendo muitíssimo legal comigo.

1 a 0, seu merda.

Me levantei e desci para a pista de dança, indo ao quiosque. Era um caos. Adolescentes se beijando a rodo. Sexo explícito nos sofás espalhados, e uma apresentação de Strip-Tease no meio do palco. Meu Deus, me ajuda. Fui ao quiosque.

— Me vê duas caipirinhas sem álcool, por favor. - disse ao garçom.

— Pode deixar! - ele disse já indo pegar as caipirinhas.