Arrependimento!

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Tá, as vezes o homem consegue ser muito impulsivo. Consegue ver vingança aonde não tem, e por incrível que pareça, consegue acabar com coisas que ama. Mas na maioria das vezes, a impulsividade do homem consegue ser resumido em uma só palavra. Mulher.

Um homem é capaz de fazer qualquer bobice pra agradar ou ter a aceitação de uma mulher. De certo que a mulher saiu de Adão para não deixar que ele fique só pois Deus não quis isso, mas a partir daí, as mulheres começaram a ficar mais difíceis e as vezes duronas.

Não é fácil de explicar. Não sei se elas se fazem de difícil, ou apenas não sentem atração por caras que gostam verdadeiramente delas. É algo inexplicável. As vezes sentem atração por alguém que não dá a mínima pra existência dela. Eu não sei quem é a pessoa errada nesta história, mas sempre tem um culpado.

Naquela noite, eu agi na maior impulsividade que eu possa escrever neste livro. Beijei quem eu quis, e eu não tenho fama de pegador na escola. Pelo contrário, me chamam de machista, homofóbico, bolaonarista, taxista e etc.

Não que isso interfira na minha relação com mulheres. Mas as meninas da minha turma, particularmente devem me odiar. Não é possível. Enfim, aquela noite, pra mim, foi mil maravilhas. Eu havia amado tudo aquilo, e consegui o que todo homem quer. Alimentar o próprio ego.

Com meu ego inflado, fui dormir. Acordei como um anjo. Depois de tudo que aconteceu, quem não se sentisse bem, é louco. Foi uma noite e tanto. Mas agora, de manhã, tomei meu café, fiz tudo o que havia pra fazer. Me vesti com minha melhor roupa e fui pra escola. Consegui me sentir melhor do que eu já havia me sentido em todo aquele ano.

Fui pra escola e me dirigi em direção a minha sala de aula. Foram poucas pessoas, mas algumas delas eu nem me importei com a presença. Me sentei no meu lugar e percebi que Dani não estava presente. Abri um sorriso de orelha a orelha. Eu venci a guerra, garota!

***

A primeira aula acabou e comecei a mexer no celular. Escuto alguém batendo na porta e vejo um aluno abrir. Meus olhos caem, e minha expressão desmorona. Faço feição de desapontamento e decepção quando vejo Dani entrando pela porta. Meu sorriso anterior se desfaz e então ela se senta no lugar dela ao meu lado.

Ela tem um sorriso no rosto e me cumprimenta da forma de sempre, com um selinho. Nem parece que isso afetou ela. Nem parece que ela ficou desapontada ou com ciúmes. Fiz todo aquilo pra nada? É sério?

— Tudo bem docinho? - Pergunta Dani, com um sorriso de canto estampado na face.

— Estou bem sim, Dani. - Respondo desapontado.

— Não me parece. Enfim, a noite de ontem foi boa? Eu recebi algumas fotos. Parece que você se divertiu. - disse Dani.

— Foi sim. Você não gosta de me ver feliz? Me mandou todos os xingamentos possíveis ontem.

— Lógico que eu gosto, aliás gostava. Até por que eu quero terminar.

As palavras vieram como uma flecha. É sério isso? Ela que começa a batalha e quando perde pede pra terminar? Eu não sei se fico feliz pela vitória, ou triste por ter perdido a namorada.

— É sério? Não foi você quem começou com isso?

— Miguel, você não gosta de mim. O que o Victor disse estava certo, percebi quando você olhou para aquela garota, e quando recebi aquelas fotos. Não sou sua prioridade, sou seu brinquedo matinal.

"Turbências" AdolescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora