maybe

136 14 0
                                    

Pov S/N

Avisto Buiar no estacionamento olhando seu carro, seu semblante parecia frustado, resolvo me aproximar para entender melhor a situação.

Quando o mecânico chega para levar o carro, dirijo rumo ao endereço que a mais velha me passou. Graças ao trânsito levo pouco mais de uma hora até chegar no hotel.

— Entregue! - Falo enquanto esboçava um sorriso de canto.

— Obrigada, de verdade mesmo! - Buiar tinha um jeitinho fofo e meigo - eu não sei o que seria de mim se você não tivesse aparecido - seu sorriso era tímido.

— cavalheiro de armadura se apresentando! - falo com um tom engraçado e vejo a morena sorrir.

— prazer, donzela em perigo! - ambas rimos com aquilo.

Ficamos alguns segundos em silêncio, contemplando uma a outra, nossos olhares criaram uma química quase impossível de ser quebrada, o silêncio que pairava entre nós não era estranho, era bom, de uma forma em que não nos trazia constrangimento.

— é... Bom, é melhor eu te deixar ir - ela sorri tímida quebrada a bolha em que estávamos - mais uma vez, muitíssimo obrigada!

Eu apenas sorri e assenti com a cabeça.

— Amanhã te busco as 8h! - falo ainda sem desviar nossos olhares.

— Não se preocupa, eu peço um Uber!

— não senhora, eu passo!

— tá bem! - ela sorri e deposita um beijo casto em minha bochecha - até amanhã S/N.

Vejo a mais velha sair do carro e adentrar o saguão do enorme prédio na movimentada paulista. Dou novamente partida no carro e cerca de 30 minutos depois consigo chegar em casa, estaciono o carro na garagem e desço do veículo.

Quando adentro minha casa vejo que meu pai e Thais estavam na sala, vou até eles e sento em uma das poltronas que havia ao lado do sofá.

— Oi casal lindo! - sorrio e vejo eles voltarem a atenção para mim.

— Demorou filha - meu pai tinha um tom um pouco preocupado.

— Desculpa não ter avisado pai, quando ia saindo vi que uma das minhas colegas de trabalho teve um imprevisto com o carro dela e fui ajudar - explico a situação para ele.

— Mas já tá tudo bem? - ele pergunta interessado.

— sim, chamamos o mecânico.

— Você já comeu S/N? - agora foi a vez de Thais perguntar. - eu preparei um Strogonoff de camarão.

— hum, eu nem lembrava que estava com fome - falo e nós três rimos. - vou comer e depois vou para o meu quarto, foi um dia cheio.

— Tá bem filha. - vou até meu pai e dou um abraço nele junto a um beijo em sua bochecha, em seguida faço o mesmo com Thais.

Sempre me dei bem com os namorados dos meus pais, meu pai e Thais já estão juntos a quase 5 anos e ela é uma pessoa incrível, nunca quis saber da fama ou do dinheiro, além de ser extremamente carinhosa e amorosa.

Vou até a cozinha e preparo meu prato, quando finalizo a refeição lavo toda a louça que havia sujando e subo para o meu quarto. Sigo direto para o banheiro e retiro toda aquela roupa, entro no box e ligo o chuveiro em uma temperatura morna.

Enquanto ensaboava meu corpo não parava de pensar naquele par de esmeraldas, de alguma forma Priscila Buiar havia mexido comigo, eu não entendia o porquê, mas era bom.

Amor das minhas vidas (Buiar/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora