De Volta Pra Casa

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Dezembro 1992

Enquanto o carro avançava pela estrada, a paisagem ao redor parecia se derreter sob os tons dourados do pôr do sol. As árvores balançavam suavemente ao ritmo da brisa quente, criando sombras dançantes que se estendiam pela estrada. O ambiente parecia estar envolto em um silêncio tranquilo, interrompido apenas pelo suave ronronar do motor do carro e pelo ocasional canto distante de um pássaro.

O veículo um Ford Escort XR3 vermelho avançava pela estrada sinuosa que serpenteava ao longo da costa, o reflexo do sol poente na água do mar criava um espetáculo de cores e brilhos. A brisa salgada soprava suavemente através das janelas abertas, trazendo consigo o aroma característico do oceano.

Lucas, o palhaço, estava sentado no banco do passageiro à direita, seus olhos castanhos brilhavam com entusiasmo enquanto ele navegava pelas estações de rádio, buscando a trilha sonora perfeita para complementar a jornada.

Sua aparência vestia uma jaqueta desgastada e a calça jeans, enquanto o all-star era surrado, seu cabelo curto e os olhos castanhos expressivos.

- Aí está, essa música e maneira o que vocês acham? - Lucas olhou pelo retrovisor do carro sorrindo.

- Hey idiota - Disse uma voz no banco de atrás do carro - abaixa esse som estou querendo dormir.

Enquanto William descansava com um boné cobrindo seu rosto no banco de traz do carro, sua imagem era a de um homem moreno, com cabelos pretos e olhos castanhos. Ele tinha a reputação de ser o mulherengo do grupo. Ele usava uma jaqueta de couro preta e sua camiseta exibia a icônica banda de rock Iron Maiden.

- Bruno, pede pra esse idiota abaixar a música, estou de ressaca e querendo paz nesse maldito carro - disse William olhando para o banco do motorista.

Bruno estava posicionado atrás do volante, caracterizando-o como um jovem adulto com um gosto peculiar. Seus cabelos castanhos, ligeiramente bagunçados, e a barba bem cuidada contribuíam para seu visual vestindo uma camisa de uma banda de rock, e o colete jeans sobre a camisa e calças jeans rasgada no joelho e os all-stars nos pés completavam o conjunto.

- arrgh, vocês dois parece duas crianças - com sorriso no rosto respondeu Bruno, olhando pelo retrovisor do carro - e olha como fala do meu carro seu Zé ruela.

Enquanto o carro avançava pela estrada asfaltada, a música "Round and Round" ecoava pelo interior do veículo. A melodia conhecida criava uma trilha sonora envolvente para a cena, como se a música fosse uma parte orgânica do próprio cenário

Depois de alguns quilômetros eles avistaram o posto de gasolina, a visão de um local para descanso trouxe um alívio para todos. Bruno, com sua voz animada e um tom de satisfação, sugeriu que fossem aproveitar um momento de pausa e aproveitar para abastecer o carro que estava sem gasolina. Guiando o carro até uma vaga próxima aos banheiros, ele estacionou cuidadosamente.

A ausência de frentistas e a falta de outros carros no posto de gasolina criou uma sensação de estranheza e silêncio. O ambiente, que antes parecia ser um ponto de parada comum, agora estava vazio.

William, ignorando a atmosfera inabitada, parecia focado em sua própria necessidade. Ele não hesitou em seguir em direção ao banheiro à esquerda. Seus passos ecoaram levemente no silêncio, destacando ainda mais a quietude ao redor.

Lucas e Bruno trocaram olhares inquietos quando suas vozes ecoaram pelo ambiente vazio, sem obter resposta alguma. Eles começaram a caminhar mais à frente, explorando os arredores em busca de qualquer sinal de presença humana. O clima, estava frio com alguma neblina estranha o céu estava cinzento meio chuvoso.

À medida que Lucas e Bruno avançavam, a sensação de que algo estava errado se intensificava. A ausência de qualquer forma de vida, combinada com a neblina densa e a falta pessoas no local, criava uma aura de mistério. Eles estavam envolvidos em um cenário que parecia retirado de um conto de suspense.  

Whitechapel: Sombras do CultoOnde histórias criam vida. Descubra agora