O mistério do Hotel

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Quando chegaram ao topo do hospital, os garotos ergueram uma barreira na porta pela qual haviam entrado, bloqueando com eficácia qualquer acesso.

"Conseguimos. Acredito que estamos seguros aqui", disse Bruno, examinando o terraço vazio e escuro ao redor.

"Devemos encontrar uma maneira de sair desta cidade", afirmou Alex, sentando-se no chão e tirando o mapa do hospital do bolso.

"Olhem só!", exclamou Deivite, apontando na direção norte da cidade. Ao longe, vislumbraram uma luz tremeluzente na escuridão, algo estava em chamas, embora não conseguissem identificar com precisão o que era. "Parece ser um edifício em chamas", disse Alex, aproximando-se da borda do telhado do hospital.

A noite estava gélida e aterrorizante, com ruas desertas e vazias. Uma enorme placa de ferro e LED agora pendia do telhado de um prédio desconhecido. A placa era grande e várias letras estavam faltando devido à falta de manutenção ao longo do tempo. Levou um tempo para os garotos perceberem do que se tratava. "Hotel Central", disseram.

"Vamos por aqui", apontou Alex enquanto atravessava uma porta velha e azul, descendo as escadas. Eles o seguiram, e desceram até chegarem em um corredor longo, estreito e escuro. Bruno tinha uma lanterna e vinha à frente, seguido por Deivite e Alex em sequência. Eles atravessaram o corredor até chegarem a um quarto cuja porta estava entreaberta, e uma luz fraca vinha do quarto 303. Ao se aproximarem, viram uma sombra na parede de alguém sentado. Eles se entreolharam e fizeram o maior silêncio possível. Bruno abriu a porta lentamente, sem fazer barulho. Ao olharem ao redor, não encontraram ninguém, e finalmente relaxaram.

"Eu poderia jurar que havia alguém aqui", comentou Bruno, passando pela porta da cozinha e voltando para a sala. No entanto, agora não havia mais ninguém presente.

Quando Bruno voltou para a sala, notou que Alex e Deivite não estavam mais lá. O cômodo estava vazio, como se nunca tivessem estado ali. Uma sensação de temor se apoderou de Bruno, e ele chamou por eles, mas não obteve resposta. Uma dúvida preocupante tentou tomar conta de seu subconsciente, mas ele sabia que precisava se mover e encontrar seus amigos. "Espero que estejam bem", murmurou, dando um leve suspiro, enquanto vasculhava as gavetas daquele quarto.

Encontrou muita poeira e algumas pilhas velhas, um saco de dormir rasgado e umas revistas queimadas. Na escrivaninha à direita da cômoda, havia uma carta, extremamente desgastada, e a tinta da caneta estava falha. Ele se esforçou ao máximo para entender o que estava escrito na carta.

A mensagem na carta era intrigante, e dizia:
" Naquele dia fomos até ..... Pra deixar aquele homem. Ele era conhecido como .... E sua esposa havia falecido. Decidimos então investigar, e nos sepa..... , a algo de mali.... aqui, há muitos corpos, meus colegas já estão mortos, o que será de mim "

Bruno sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ler as palavras perturbadoras na carta. Algo o perturbou profundamente ao olhar para a mesa, onde descansava uma pedra roxa com um brilho misterioso e escuro. Num tom súbito, ouviu um grito horrendo ecoar pelo corredor que conectava seu quarto ao elevador.

Instintivamente, avançou em direção à porta e, ao olhar para longe, avistou uma figura bizarra: um ser com a barriga deformada, cortada ao meio, expelindo uma substância repugnante para todos os lados. O susto o impulsionou a seguir pelo corredor à direita, mantendo distância da criatura.

Descendo as escadas, seu coração batia como se quisesse escapar do peito. Pálido de medo, Bruno continuou descendo até chegar ao hall. Uma porta se abriu lentamente, e algo se arrastou pelas sombras, movendo-se lentamente na escuridão do saguão. A tensão no ar era palpável, enquanto ele enfrentava o desconhecido com a respiração entrecortada.

No hall do hotel, tudo estava envolto em escuridão quando Bruno avistou um vulto movendo-se nas sombras da sala. Ao se virar, deparou-se com um homem negro e alto sentado atrás do relógio, segurando um livro - o guia que encontrara após acordar no hospital.

"Ora, meu rapaz, vejo que conseguiu sair do hospital. Devo te dar os parabéns? Acredito que não está a salvo. Ninguém está. Precisa se apressar. No local de diversão e lazer, um sacrifício acontecerá, e tudo então acabará. Espero que ainda lembre de mim, pois já nos encontramos outra vez."

Confuso com as palavras do homem, Bruno aproximou-se lentamente. Um barulho o fez virar-se, e ele percebeu o som de espadas batendo e rangendo atrás de sua nuca. Na escuridão, a sombra de um ser alto e medonho estava logo atrás dele.

Bruno ágilmente pulou sobre a mesa onde o homem estava, mas este já não estava mais lá. Ao virar-se, conseguiu desviar da espada que quebrou a mesa ao meio. Com um movimento rápido, lançou-se para o lado, esquivando-se do ataque do monstro. Em resposta, o monstro virou-se, chutou, e Bruno caiu em direção à janela, ele então decidiu pular a janela e sumiu na escuridão novamente.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2023 ⏰

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Whitechapel: Sombras do CultoOnde histórias criam vida. Descubra agora