Todos a aconselharam a ir embora. Ele disse que nunca teria uma mudança de coração e que ele nunca a aceitaria como sua esposa.
Eles estavam certos. Arya pode nunca
ocupar um lugar significativo nela
coração do marido, mas ela ficou por
dois anos e...
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Todas as noites, Arya ficava sob a luz fluorescente da lua, ansiando por sentir os braços dele à sua volta.
Nas noites geladas, ela desejava que ele a puxasse para mais perto dos lençóis e a mantivesse aquecida.
Em um dia ruim, ela ansiava que os dedos dele roçassem sua bochecha enquanto os olhos dele olhavam para ela com segurança, sussurrando 'Tudo vai ficar bem.'
Todos os seus desejos eram demasiado para se tornarem realidade, e Arya sabia desde o início que esperar um pingo de amor do marido era absurdo. Então, ela imaginou isso.
Parado junto à janela do seu quarto, Arya imaginou-o a segurar-lhe a mão enquanto olhava para a linda lua.
Ela o imaginou contando a ela sobre seu dia. Ela imaginou isso um milhão de vezes e nunca se sentiu mais patética em sua existência, mas o conforto disso a acalmou para dormir à noite. Isso a empurrou durante os dias em que ela perdeu a esperança.
Todos a aconselharam a ir embora. Eles disseram que ele nunca mudaria de idéia e que nunca a aceitaria como esposa.
Eles estavam bem. Arya pode nunca ocupar um lugar significativo no coração de seu marido, mas ela permaneceu por dois anos e mais dois não deveriam doer.
O toque da campainha quebrou o silêncio da noite. Arya estava de pé, desceu as escadas e correu em direção à porta da frente. Ela a destrancou, esperando encarar Taehyung e seus habituais olhos apáticos.
Em vez disso, havia Jungkook com um Taehyung subconsciente pendurado em seu ombro. Seus lábios murmuraram palavras incoerentes, mas certamente não eram bobagens. Se Arya prestasse atenção ao que ele murmurava, isso a deixaria tão magoada como sempre.
"O que aconteceu?" Ela perguntou enquanto seu batimento cardíaco acelerava. A relutância de Jungkook em responder revelou isso.
"Ele foi lá de novo, não foi?" Sua voz vacilou.
Jungkook assentiu com pesar quando uma onda de agonia atingiu seu peito. Ela olhou para os pés, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair.
O homem que ela amava ainda estava apaixonado pela ex-namorada. Ele ia aos lugares onde mais sentia falta dela, mas Arya perguntava todas as vezes, na esperança de ouvir uma resposta diferente. Isso ainda estava para acontecer e possivelmente nunca aconteceria.
"Esse idiota nunca percebe." Jungkook falou, agitado. "Por que você fica?"
Arya desejou ter uma resposta genuína. Uma resposta que não faria as pessoas pensarem que ela estava mantendo um relacionamento prejudicado. Não havia relacionamento para começar. Todo o amor entre eles vinha dela. Todo o cuidado veio dela. Ela deu e deu, esperando que ele devolvesse algum dia.
"Obrigado por cuidar dele, Jungkook." Arya expressou gratidão, mas deixou a pergunta sem resposta.
Ela puxou o braço de Taehyung por cima do ombro enquanto a maior parte do peso do corpo dele se apoiava nela. Seu hálito intoxicado atingiu seu rosto e o cheiro de álcool fez seu nariz torcer de desgosto.
Arya cambaleou até o quarto de Taehyung e o colocou na cama. Tirando os sapatos e afrouxando a gola, ela puxou os lençóis até o queixo.
Ele parecia tão tranquilo, e era uma visão rara porque tudo o que ele fez foi olhar para ela. Ela gentilmente passou os dedos por seus cabelos castanhos e macios e traçou seus belos traços com os nós dos dedos.
O sóbrio Taehyung iria criar um inferno antes de deixar sua esposa três metros perto dele. Sua antipatia por ela era tão profunda que, às vezes, a maneira como ele olhava para ela a fazia sentir que não valia um centavo.
Arya permaneceu ao lado dele por mais alguns minutos, gravando cada detalhe de seu rosto em sua mente, pois poderia ser o mais próximo que ela poderia chegar da realidade com ele.
Ela se levantou da cama, prestes a sair, quando a mão dele agarrou seu pulso, interrompendo seus passos. Ela olhou para trás e encontrou os olhos dele ainda fechados. Seus lábios se separaram e sussurraram.
"Fica." Havia uma ponta de desespero em seu tom. “Não me deixe, Mia."
Era como se alguém enfiasse uma faca quente em seu coração repetidamente e a cada vez a dor se intensificasse.
Respirando fundo, Arya mais uma vez lutou contra as lágrimas para mantê-las sob controle, mas uma delas traiu e caiu em seu rosto. Ela rapidamente enxugou antes de se libertar do aperto de Taehyung.
Quantas vezes ela se machucou? Cem? Mil? Ela perdeu a conta há muito tempo. O desgosto tornou-se uma rotina.
Você pensaria que melhoraria com o tempo e que ficaria imune à dor. Em vez disso, a ferida reabriu e doeu dez vezes mais.
Fechando a porta do quarto de Taehyung, Arya se virou para sair, mas congelou. O pai de Taehyung estava no corredor.
“A campainha te acordou? É só o Taehyung.” Ela o tranquilizou, esperando que ele não notasse seus olhos marejados.
"Ele está bêbado de novo, não está?" O pai de Taehyung perguntou com os lábios franzidos e Arya forçou um sorriso.
“Ele deveria estar na festa de um amigo. Fico feliz que ele esteja se divertindo e não se sobrecarregando de trabalho o tempo todo.” A mentira voou por seus lábios tão suavemente.
"Até quando você vai dar desculpas para ele?" Ele atacou em um tom angustiado.
"Pai, temos que entender. Não é fácil para ele superar alguém que ama há tanto tempo."
"Dois anos." Ele afirmou. "Taehyung teve dois anos para recomeçar sua vida. Ele tem uma mulher que o ama tanto quanto sua mãe. Acho que você já entendeu e aguentou o suficiente. Você não acha que agora é a vez dele?"
Somente Taehyung poderia responder a essa pergunta.
"Cada pessoa tem seu próprio ritmo de cura, pai. Forçá-lo a acelerar o processo causará mais ferimentos."
Arya passou pelo pai de Taehyung, desejando-lhe boa noite, e entrou em seu quarto. Ela olhou para sua cama.
