inconsequente.

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Reparei no teu olhar
E não me aprofundei
Pra não me afogar
No mar do seu olhar
No fundo me encontrei
Me hipnotizei só de te ver chegar...

Lua 🌊

- Tá bom? - Virei pro Matheus.

- E quando você foi feia?

- Quando a gente se conheceu.

- É... Aquela época realmente. - Gargalhei. - Mas agora tá linda e coxudona, passa seu treino aí filha, as minhas tão uns cambitos.

- Já te passei mil vezes e tu não faz. Mas sério, tá bom mesmo?

- Tá lindona, confia cara. - Fiz um biquinho, me observando no espelho. - Ele vai se amarrar.

- Iih se manca, não me visto pra homem.

- E eu finjo que acredito. - Revirei os olhos.

- Vai fazer o que enquanto a gente tá fora?

- Vou num churrasco também. - Tossiu, colocando a mão atrás da cabeça.

- De quem?

- Da Mariana. Da família dela, no caso. - Gargalhei.

- Eita que vai conhecer a família da sua preta. - Ele riu, colocando o travesseiro no rosto.

- Só pra não ficar sozinho né? Minha familia vai me abandonar.

- E eu finjo que acredito. - O imitei e ele riu, tirando o travesseiro do rosto.

- Eu tô apaixonado, dona Lua. Tô apaixonado, tô gostando, tô... Entendeu? - Gargalhei. - Tá foda. Não sabia que era intenso assim não. Volto pra Búzios fico me sentindo num vazio do caralho.

- É gato, bem vindo ao mundo das pessoas que tem coração. Eu acho ela um amor e vocês dois são lindos juntos, tá?

- Ela é muito maneira mesmo.

- E digo mais, tua versão apaixonada é bem mais legal do que a putão.

- Tô acostumando, tô acostumando. Mas mesmo que não vire namoro, tá sendo bonzão.

- Mamãe, tô pronto. - Entrou no quarto, com uma camisa florida, bermuda preta  chinelinho e mochila nas costas. - Ó, na mochilinha eu coloquei roupa, toalha e meu tubarão.

- Cueca? - Ficou me encarando.

- Esqueci. - Voltou pro quarto correndo, enquanto eu colocava protetor solar, creme de cabelo e elástico na parte da frente da bolsa.

- O que? - Ri, vendo que Matheus me observava.

- Acho foda a mãe que tu se tornou. Você sempre foi a madura de nós dois, mas ultrapassou minhas certezas do quão foda seria. Tenho muito orgulho de você, nega. Tá criando um homenzinho foda.

- Ih, do nada? Sem pinga na cabeça? Tá com o coração mole mesmo. - Ele riu.

- Pra você ver como virou festa. - Fui até ele e o abracei.

- Obrigada, maninho. Sabe que muito da criação dele veio de você também.

- E a beleza também, apesar de vocês teimarem que não. - Gargalhei, beijando sua testa e sentindo meu celular vibrar, vendo a mensagem do Gabriel.

- Vai lá, vou deixar o momento família. Mas manda meu oi pro safado Flamenguista. - Ri.

- Pode deixar. Volta hoje? - Ele deu um sorrisinho. - Bom demais, meu casado. Amanhã a gente fofoca então. - Fizemos nosso toque.

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