Athos Mazza é o CEO das empresas Mazza de advocacia. Jovem, bonito e multimilionário, porém, ele tem um coração gelado e não se importa de machucar as pessoas quando se trata de falar a verdade. Com um passado conturbado e dolorido, ele evita a todo...
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Olívia
— Você está linda! — Ele resmunga sorrateiramente passando rapidamente do meu lado, me aquecendo apenas com o seu sussurro. Portanto, respiro fundo e olho ao meu redor, constatando cada funcionário focado no seu trabalho e tento fazer o mesmo, mas eu garanto. Não está fácil não.
— Olívia, pode fazer algumas xerox desses arquivos para mim? — Barbara pede se aproximando da minha mesa e me despertando desse meu estado alucinado. Portanto, forço um sorriso profissional para ela.
— Claro. Você tem pressa de recebê-los? É que eu preciso levar um café para o meu chefe... — Nossa, estou ficando descarada e mentirosa! Mas o que posso fazer se manter a distância é quase impossível? Contudo, o olhar que a minha colega me lança me deixa um tanto sem graça. Ela já sabe, é claro que sabe. A final Athos Mazza é um poço de águas transparentes agora.
— Só não demore muito, ok?
— Ok! — sibilo com um sorriso de boca fechada para ela e imediatamente corro para a copa. Preparo uma xícara de café e vou para o seu escritório, tentando manter uma aparência de secretária eficiente. — Seu café, chefe! — digo assim que entro. O observo erguer a sua cabeça e na sequência arquear as sobrancelhas.
— Quantos cafés vai me trazer hoje, Senhorita Martin? — Athos ralha com fingido desdém, colocando os seus olhos de volta na tela do seu computador. Mordo o meu lábio inferior e me aproximo da sua mesa, deixando a xícara sobre o tampo de vidro e no ato, me inclino um pouco sobre ela.
— Só estou fazendo o meu trabalho, chefe! — sibilo meio arrastado, atraindo o seu olhar para mim de novo. Então ele desce e se fixa no meu decote.
— Olívia! — Athos me repreende com um som rouco na voz e eu luto para manter-me séria.
— Sim, chefe? — sussurro e ele solta um rugido sufocado.
— Eu deveria puni-la por isso! — Mazza rosna olhando-me com nítido desejo. Contudo, só de maldade resolvo me recompor e me afastar da sua mesa. Seu olhar severo me encara rudemente, mas o ignoro completamente.
— Tenha um ótimo dia de trabalho, Senhor Mazza! — ralho outra vez. Contudo, eu mal lhe dou as costas e logo o sinto firme bem atrás de mim, segurando com firmeza os meus antebraços e colando-me ao seu corpo rígido. A sua boca se arrasta perversamente pelo lóbulo da minha orelha me fazendo arfar violentamente.
— Não vejo a hora de fazê-la pagar por essa sua ousadia, Senhorita Martin! — Chego a fechar os meus olhos quando o seu hálito quente como o inferno aquece a pele sensível, causando-me sérios arrepios. — Te vejo na hora do almoço? — Sorrio desejosa para essa promessa. Então ele afrouxa o seu aperto e eu me afasto trêmula, saindo da sua sala em seguida.
— Bom dia, Olívia, o Athos está ocupado?
— Ah, não. Você pode entrar, Artêmis — falo pensando que por pouco não somos pegos no flagra. Devo admitir que essa brincadeira de tocar fogo no parquinho é mesmo muito excitante, mas ter que esperar até a hora do almoço para desfrutá-lo é frustrante. De volta ao meu trabalho, pego os arquivos que Barbara deixou sobre a minha mesa e vou imediatamente para a sala de xerox. Passo alguns longos minutos fazendo o que me pediu e não demora para eu mergulhar em mar de traduções.
