O Diário de Katsuki Bakugou [Kiribaku]

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Eu me irritei com essa merda de diário, faz 2 meses que eu não escrevo, sinto muito diário. (Que patético dizer isso)

Bem, muita coisa aconteceu nesse meio tempo, mas a principal foi Eijirou. Por mais que eu seja um pau no cu e faça cu doce às vezes, descobri que você gosta de mim. Foi da maneira mais idiota possível, em um momento bobo e completamente foda, obrigado por ter me proporcionado um dia legal.

Vou contar desde o início.

Estávamos no meu dormitório (como sempre aquele merdinha se auto convidou), e era de tarde se eu não me engano, não lembro de horário, por que eu deveria saber disso? Enfim, ele teve a brilhante ideia de sairmos para passear com o King. Eu só concordei porque era para sair com o cachorro.

Já no parque eu levava King, ele cresceu bastante nesse tempinho, puta merda eu amo aquele cachorro mais que minha vida.

Eijirou se ofereceu para pagar uma água para nós no parque, ficamos conversando bastante e a garganta secava cada vez mais que aquele papagaio de cabelo vermelho abria a boca. King era um bom cachorro, ficou sentado no chão enquanto eu e Eiji bebíamos a água e jogávamos papo fora.

A praia não ficava tão longe de onde a gente estava, e só foi ele citar a palavra que King no mesmo instante se animou, algumas vezes eu penso que ele me odeia por me obrigar a levar ele nesses lugares. Dá última vez eu voltei cheio de areia para o dormitório. E sim, o cachorro me obriga (se eu não levar ele vai ficar com aquela cara de cachorro abandonado e eu fico morrendo de pena).

Mandei Eijirou levar King, eu não ia ficar igual besta andando de um lado para o outro com ele, era apenas para irmos na praça passear com o cachorro, e não ir para a praia.

Já estava anoitecendo um pouco quando chegamos, as pessoas estavam indo embora, por vacilo de Kirishima o King se soltou dele e correu para a areia, não ia impedir, Eijirou que se virasse depois para limpá-lo.

O cabelo de menstruação me levou até a água, me fez tirar minhas sandálias e colocar os pés na água. Não estava tão gelada na hora, então fiquei olhando meus pés, o filha da puta me empurrou e eu caí logo depois. Eu ia xingar ele na hora, mas ele apenas riu, e foi a risada mais sincera que eu ouvi.

Ele estava sorrindo tão alegre que nem tive mais coragem de brigar ou coisa do tipo, fiquei observando ele rir da minha cara enquanto as pequenas ondas me molhavam. Eu juro que ele estava tão bonito e atraente naquele momento, pude sentir meu coração acelerar e tudo em volta parar, era apenas nós dois no meio da água.

Puxei ele para água também e sorri. Eu vi ele reclamar sobre a água estar meio fria, mas quem disse que eu liguei? Ele somente me olhou, e eu fiz a mesma coisa. Ficamos trocando olhares por algum tempo e ele se aproximou de mim, sim, ele me deu um selinho.

Naquela hora eu estava surtando por dentro, e eu surto agora por pensar nisso, porque CARALHO que homem perfeito. Eu fiquei vermelho, azul, roxo, rosa, TODAS AS CORES FODA-SE.

Ele me beijou.

Eijirou gostava de mim.

Nossos sentimentos eram recíprocos.

Quando nos separamos eu não tive outra reação que não fosse abraçá-lo, ficamos quietos novamente, mas não foi um silêncio constrangedor.

Depois daquilo a gente voltou para o meu dormitório e eu xinguei ele o caminho todo porque estávamos molhados e isso iria sujar o meu dormitório, fora o King que estava todo cheio de areia e teria que tomar um banho no meu chuveiro mesmo, o pet shop não iria me atender sem horário nenhum marcado.

Eijirou sempre me faz ter os melhores dias, ele é incrível, e eu agradeço muito por ele ter entrado na minha vida. (óbvio que eu nunca vou dizer isso, tá, talvez um dia eu fale).

Não sei se vou continuar escrevendo esse diário, acho que quando comecei a escrever foi mais para falar sobre meu amor pro Eijirou, ninguém sabia sobre a minha secreta paixão e eu precisava demonstrar de alguma forma.

É, enquanto escrevo isso acho que já me decidi, não é certeza, mas eu não vou mais escrever tanto aqui. Não é tão ruim ter um diário, acho que até gostei de certa forma.

Obrigado diário, você me fez pensar e refletir um pouco sobre alguns surtos de amor. No bom sentido, claro.