Capítulo 4

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Uma semana se passou, já era sábado, para variar, um tradicional sábado de Setembro nova­iorquino, ou seja, nublado, frio e chato. Acordei bem disposta, queria voltar a correr. Eu fazia isso uns dois meses atrás, mas com o aumento de trabalho na Panamerican, deixei isso pra lá, agora que estou "livre", demitida, posso voltar a correr. Não gosto de fazer isso no Central Park, acho que tem muita gente, muitos sons que podem desconcentrar, gosto de correr no Battery Park, fica em uma das áreas mais nobres de Manhattan, deve ser um quarto do C.P, mas tem uma coisa que eu adoro e que não tem no grande e confusional C.P, a vista pro rio Hudson, que sempre me acalmava. Já havia tomado café da manhã, banho e já havia me arrumado. Estava prestes a sair de casa, quando o meu celular tocou.

- ­ Alô ­ Peituda !! - não precisava ser um gênio para saber que era Luana quem falava do outro lado da linha.

-Oi pra você também - disse saindo de casa, trancando a porta, começando a caminhar.

­ -Eca que nojo ! Devem ter transado nessa ilha e eu agora estou apoiando os meus braços aqui ! - disse a loira eu apenas ri daquele comentário.

-Pior que fizemos isso mesmo, transamos aqui, no sofá, na escada, no closet, em suma, em todos os cantos deste mausolé!- eu estava simplesmente boquiaberta com que ela tinha dito.

-Detalhe, esta cobertura tem seiscentos metros quadrados ! - nós três juntos dava nisso, só merda ­ Seiscentos metros quadrados de luxúria né - disse rindo, conversamos por horas sobre tudo que nos vinha na cabeça, almoçamos também, nada de muito elaborado, na verdade foi um prato de variados frios, vinho e frutas, bem leve, mas me saciou de imediato. Depois de tudo isso, estávamos apenas bebendo e rindo ­ Sabia da última Gih ? - disse.

- ­ Não ! - disse curiosa.

-Parece que o Senhor Gregory está interessado na Gilonna aqui ! - eu lhe dei um tapinha de leve no braço direito e elas riram.

-Então vai entrar no clube ! - dizia batendo palmas de alegria ­

-Não ! - respondi meio sem jeito ­

-Deixa eu te contar ... - disse Luh, e meia hora se passou só no trololó das duas, em "como ele ta afim dela", "ela ta afim dele" etc., aquilo era muito chato, principalmente quando Giovanna concordava com todas as teorias de Luana. ­

- Meu deus !! Ele quer te foder com certeza, se não, não teria te oferecido o cargo de assistente pessoal dele !! - gritou a loira ­Luana, a repreendi, só de pensar em ser possuída por ele, sentia que minha intimidade ficava um pouco úmida, "Mas o que que é isso?? Você nunca sentiu isso só de pensar em um homem !", era verdade aquela sensação era única, a sentia só de me imaginar com ele, isso só havia acontecido duas vezes contando com agora, a outra vez foi em um sonho, nessa ocasião acordei suada, molhada e histérica.

-Mas que tem, tem! Sei que faz um tempinho que não transa, seria uma boa tirar o atraso com ele né.-disse Luana piscando para mim.

-Sim, seria bom tirar o "atraso" com ele, mas aquilo era algo impossível, ele, o grande deus grego, e eu uma mera mortal, ­ Ai gente - suspirei e olhei pro meu relógio, já eram cinco da tarde, o tempo tinha passado rápido de mais ! Levantei­-me

- já vou indo, já deu minha hora - elas suspiraram.

-Já ? Mas a gente nem acabou o vinho - tínhamos acabado sim, já estavam na segunda garrafa, bêbadas, já eu ainda estava lúcida.

-Já ! Tenho que correr, depois a gente se fala - elas sorriram ­

-Então te acompanho até a porta - disse Luana , cambaleando até mim ­

-Não precisa.

-Sei... sair sozinha - já estava abrindo a porta - tchau meninas - sai ouvindo um "tchau!" bem bêbado atrás de mim.

A aprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora