A filha rejeitada. A escolhida pelo destino para escrever seu nome na história.
Tudo o que Siggy conhecia era o abandono. O sentimento de ver o amor que tanto necessitava ser arrancado dela pela rejeição tornava a vida da filha de Bjorn Ironside um...
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Aylin praticamente arrastava os pés enquanto seguia até o estábulo. Tinha dormido bem, mas sentia que ainda precisava de mais algumas horas para estar totalmente disposta.
Na porta do estábulo com seu cavalo já selado, estava Conan. Usava um manto marrom-escuro no lugar do costumeiro manto negro dos mercenários, assim como ela. Já que iriam como mensageiros e não como assassinos, tinham que se vestir a caráter. Atrás dela, Klaus resmungava e fazia o favor de carregar sua bolsa.
— Está carregando tijolos aqui dentro? — Ele reclama carrancudo.
Klaus não era uma pessoa muito matinal. E muito menos Aylin. Foi por isso que ele acordou bem antes da filha para se certificar de que ela não iria dormir de mais. Sábia decisão, porquê o mundo poderia estar acabando e Aylin ainda estaria dormindo. Depois da visita ao quarto de Conan, ela simplesmente deitou e teve uma noite de sono tranquila e sem pesadelos que há tempos não tinha. Klaus teve que praticamente arrastá-la da cama e fazê-la se vestir a tempo.
— Só itens básicos para uma viagem. — Explicou ela dando de ombros e ignorando os resmungos de Klaus. — Vai ser uma viagem de dois dias, uma garota precisa das suas coisas.
Ela não mencionou as adagas e punhais extras que estava levando além dos já presos ao seu corpo. Era uma garota precavida por natureza, mas um encontro com os nórdicos pedia algumas doses extras precaução.
Principalmente quando ela iria encontrar aqueles nórdicos.
Sem cumprimentar ou olhar para Conan, ela passou pelas portas do estábulo e foi até a baia de seu cavalo.
— Oi, amigão! — Ela diz assim que avista o enorme corcel negro — Trouxe café da manhã pra você.
A garota puxa uma grande e vermelha maçã de um dos bolsos de seu manto e a leva até a boca do cavalo que a come bastante ávido.
— Munnin está cada vez mais forte, senhorita Arkyn — Joseph, um dos cavalariços, aparece com a sela do cavalo de Aylin em mãos. — Está se recuperando bem antes do que eu esperava, isso é muito bom!
Aylin sorri e acaricia a cabeça de Munnin que se enclina para mais perto de seu toque.
— Ele é um guerreiro. — Ela diz, os olhos brilhando para o cavalo. Os dele pareceram brilhar em resposta.
Munnin fora de um senhor de cavalos muito respeitado em Andarah. Como um grande aficionado por cavalos, o rei estava muito interessado na coleção do homem e obviamente ficou encantado por Munnin. O cavalo era uma criatura impressionante, o pelo negro e brilhante como a meia-noite, os olhos salpicados de pintinhas prateadas... Era extremamente lindo. Porém arredio e seu dono temperamental. O rei optou por não comprá-lo justamente por isso e Aylin acabou flagrando o senhor de cavalos açoitando o animal, o som do chicote contra a pele do animal parecia de trovoadas. O que a mercenária fez com o homem faria com que ele pensasse muito bem antes de decidir levantar um chicote novamente.
