(REVISÃO) (PARADA)
Park Jimin nasceu e foi criado em South Los Angeles, um subúrbio periférico na Califórnia, aos dezessete anos ele está no último ano do ensino médio, retornando para sua cidade natal após passar os longos meses das férias de novem...
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Avisos: O capítulo está pesado, terá possíveis gatilhos a quem é meramente sensível, homofobia e transfobia e ademais temas serão abordados.
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Residência Cárter, Subúrbio de Compton 06:15 AM
Situações que exigiam um esforço mental de puro autocontrole, nunca foram o forte de Jimin.
Sua cabeça não funcionava corretamente quando lhe colocavam pressão, as engrenagens da mente se misturavam como uma sopa de letrinhas onde ele era uma inocente criança aprendendo a ler.
Não poderia dizer que em seus dezessetes anos de vida alguma outra vez passou pela experiência de tensão, de ser colocado contra a parede ou estar com duas espadas no pescoço.
O que poderia ser dito nada mais se resumia em uma infância moldada a ser grampeada com memórias tristes, a adolescência definitivamente se tornaria a mesma coisa, uma mesmice parada e presa nos mesmos capítulos por anos.
O silêncio da sua mãe diante aquela situação era insuportável, similiar a um trem velho e enferrujado, que reproduzia um barulho ensurdecedor para ouvidos sensíveis, que se tornava muita coisa para uma mente fodida, e um alimento e tanto para uma ansiedade adormecida.
Estava ali, sentado na cama por uns bons minutos após ela os mandar entrar, subir e fazer um voto de mudismo seletivo.
Talvez fosse uma rota de punição? Não sabia, tortura psicológica sempre seria o trauma de Jimin, ele era uma criança falante convivendo com adultos calados demais, que lhe oprimiram tanto ao ponto dele desenvolver uma pequena fobia social.
Tinha medo de se expressar, tinha medo de dar opiniões, ele não estava tendo uma vida, estava sobrevivendo com medo a cada dia que passava.
Em matéria de aprender que o silêncio de alguém pode dizer muita coisa, ele era um grande repentente.
— Jihoon você pode descer. — Hyosun falou olhando somente para o filho a quem citou.
Estava a uns bons minutos reformulando algo que pudesse falar, ou pensar sobre tudo isso, no fim, não teve resposta para nada.
O garoto esbugalhou os olhos redondos para o que escutou, abriu a boca diversas vezes para tentar dizer que queria ficar, porque a culpa do que fizeram eram dos dois.
No entanto, conhecendo-a tão bem, soube que somente o irmão mais velho sofreria as consequências. Quis ir contra, não quis ser tão covarde e somente concordar com um aceno, se levantando e indo para a porta, antes, lançando um olhar de quem dizia "Eu sinto muito", para o acastanhado, que apenas sorriu-lhe fraco.
Jihoon saiu, a mulher só voltou a falar ao que escutou a porta do quarto ser fechada.
— Onde vocês estavam? — disparou, mudando o tom da voz, que antes, era doce e compreensível.