capítulo 7

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Todo certo

Fomos o restante do caminho em silêncio eu ainda estava pensando naquela linda menina, e como ela se parecia com uma pessoa muito querida para mim, eu saí dos meus pensamentos quando ouvi a voz do Calleu e o carro parado.

— Chegamos.

Ele falou me olhando pelo retrovisor, eu desviei o meu olhar dele para a janela e reparei no lugar, era uma casa um pouco velha tinha dois andares e sua cor era branca já com uns tons de preto, mostrando que precisava de uma pintura.

Eu me virei para ele com a cara  de desacreditada, nós sacerdotisas costumávamos ser tratadas muito bem em cada lugar que íamos, principalmente as permanentes, elas tinham as mais variedades vantagens em tudo.

-- Só pode ser brincadeira. -- falei me virando de novo para a casa a onde eu pude ver uma madeira quebrada na pequena escada da varanda. -- Será que pode parar de brincadeira e me levar para o lugar aonde está as sacerdotisas, por favor.

-- Este é o lugar princesa. -- ele respondeu depois de da uma risada sarcástica. -- Oh... Vai me dizer que esperar uma mansão, com mordomo e diamantes e uma fonte na frente da casa. -- ele me olhou pelo retrovisor, e eu balancei a cabeça era pelo menos isso que eu esperava. E mais uma vez ele riu. --Vai sonhando, sua sorte é que você é a filha do alfa, por que eu te garanto que estaria aqui também, agora pode sair do carro.

Ainda um pouco chocada com o lugar eu saí do carro e bati a porta bem forte, e quando eu me virei para perguntar que horas ele iria me buscar, o idiota simplesmente arrastou o carro e foi embora eu girei os calcanhares na direção oposta da estrada.

Fiquei observando tudo o lugar era rodeado de floresta como todo aqui, mas também tinha umas casas um pouco distante umas das outras, e essa era a penúltima casa, pós havia outra do outro lado da rua mais distante. Olhei para frente e caminhei até a casa e subi os três pequenos degraus.

E logo pude sentir o selo de proteção, isso era muito importante para a segurança das sacerdotisas ainda mais agora que muitas estão desaparecendo e sendo encontradas mortas.

Bate na porta e esperei um tempinho e quando eu estava prestes a bater de novo ouvi uma voz de dentro falando que já vinha, ouvi uns passos se aproximando e logo a porta foi aberta, mas não por completo e sim pela metade.

— Em quê eu posso ajuda ?. — perguntou uma voz da qual eu mal podia ver o rosto, mas eu logo a reconheci.

— Eu sou Mieera, sacerdotisa de Zeus. — falei o meu nome e o deus que eu era sacerdotisa, como era o costume entre as sacerdotisas, por que era assim que os nossos superiores nos chama. — Estou aqui a mando do próprio Zeus. - estiquei o meu braço para mostra-la o pulso que continha uma estrela.

— Ah... Espere um pouco, irei abrir a porta para você. — disse a moça depois de reconhecer a minha estrela, ela fechou a porta e ouvi os trincos abrindo, como se isso fosse ajudar em alguma coisa. — Pode entrar. — me ofereceu espaço para passar e fomos em direção a sala.

A casa era simples como eu imaginei, mas era bem aconchegante diferente da aparência acabada do lado de fora, por dentro era mais limpo as paredes brancas com desenho de folhas verdes e dourada chamaram a minha atenção, passamos pelo o corredor estreito até chegar na sala, ela era pequena, tinha dois sofás Verdes e atrás do maior tinha uma lareira com a sua estrutura blocos rustico.

— Você pode esperar aqui, eu irei chamar, Viviam, é ela que tá a frente de tudo. — ela foi pelo lado oposto do que a gente veio, e eu aproveitei para sentar e olha tudo ao meu redor e senti um pouco da energia do local.

— Quando Never falou que tínhamos uma convidada de honra eu não acreditei. — falou uma moça loira um pouco mais alto que a outra que por sua vez tinha cabelo castanho e olhos da mesma cor.

Viviam era magra com uma ótima postura, seus cabelos curtos que iam até abaixo da orelha e seus olhos verdes como uma pedra preciosa, devo confessar que ela é bonita, e trajava uma calça de alfaiataria preta com uma blusa de alça branca. Já Never era mais morena com os suas cabelos castanhos longe que ia até a cintura que por sinal ficava bem definida naquele vestido vermelho tomara que caia apertado que ia até o meio das coxas.

— Eu não me considero uma convidada de honra. — falei me levantando para ficar totalmente de frente para elas.

— Claro que é, a filha de Afrodite e neta de Zeus, você é uma convidada e tanto. — falou andando em minha direção. — Então, me diga o porque de Zeus a enviou pessoalmente para cá?. — ela se sentou no sofá e pediu que eu fizesse o mesmo.

— Você já deve saber que algumas Sacerdotisas então desaparecendo e sendo encontradas mortas, não é mesmo? — ela balançou a cabeça em concordância e eu prosseguir. — Eu fui mandada aqui para ficar de olho nas sacerdotisas da região, para que nada aconteça.— claro que eu não falei o real motivo, mas isso também não deixa de ser um pouco verdade.

— Deixe-me ver se eu entendi Zeus mandou você aqui porque acha que a gente pode morrer, e achou que seria uma ótima ideia mandar uma babá em vez de mandar guadas? — riu Never com um certo deboche
eu até entendo, mas como a minha missão não é ser babá, eu nem me importei.

— Never! — repreendeu Viviam. — Mais respeito, pelo menos eles mandam alguém, e como não sabíamos disso antes nos mudamos para aqui.

— Vocês não moravam aqui antes? — perguntei um pouco surpresa.

— Não, nós morávamos no centro da cidade, mas como era difícil para irmos ao templo decidimos mudar.

— Entendo, a propósito quem toma conta do templo perto da casa do alfa, por que eu fui lá ontem e me pareceu abandonado.

As duas se olharam como alguém que esconde alguma coisa isso era certo, e eu sabia que alguma coisa tinha acontecido, demorou um pouco para ela me responder.

— Quem cuidava era uma feiticeira, mas não sabemos quem é. — falou com a voz um pouco trêmula, eu fingir não ter percebido.

— Entendi, bom eu preciso ir agora era só isso que eu queria saber. — me levantei e as duas fizeram a mesma coisa, seguimos pelo mesmo caminho. Ao chegar no porta eu me despedir delas com um aperto de mão, deixando uma marca.

— Bom eu espero vê-la novamente em breve. — falou Viviam e eu acenei com a cabeça.

Assim que eu sair fiquei um tempo parada até ouvir uma buzina, me virei e vi que era Calleu, entrei no carro e fomos embora, dei uma última olhada para casa e vi uma pessoa me olhando no andar de cima, quando a pessoa percebeu que eu a vi saiu rapidamente.

Elas estão escondendo alguma coisa disso eu tenho certeza, o caminho de volta para casa foi tranquilo eu e Calleu trocamos poucas palavras, do tipo " Você conhece aquelas mulheres?" " não, mas tinha visto elas poucas vezes em algumas cerimônias"

Depois dessas poucas palavras ficamos calados pelo resto do caminho, passamos pelo parque e eu olhei na esperança de ver a pequena menina, mas não havia ninguém.

— Ela não está aí. — me virei para frente não sabendo do quê ele se referia.— A menina, ela não vai está aí.

— Porque, você a conhece?

— Sim, eu conheço os pais dela, e nesse horário eles não a deixam sair. — falou e eu olhei curiosas para saber o por que, e não precisou eu perguntar, pois ele respondeu. — Eu não sei o motivo, mais sempre foi assim.

— hum...

Foi tudo o que eu disse, e eu estava mais do quê nunca curiosa, quando chegamos em casa a mesma estava vazia, meu pai ainda não tinha chegado, agradece a Calleu e fui para o meu quarto, tinha umas coisas para investigar.






Sacerdotisa dos deuses ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora