capítulo 14

81 13 3
                                    


De mal a pior

Eu já teria voado nela se não fosse por Calleu se intrometendo pelo meio e nos separando.

- Vocês duas tem que se controlar. - falou apontando para nós e depois se virou para Lívia. - O que você está fazendo aqui?

- Eu vim pegar uma coisa que eu esqueci. - deu de ombros.

- Quem você quer enganar garota, você não veio pegar nada.

- Mieera chega. - me interrompeu Calleu e então eu resolvi sair da sala e foi quando ela disse.

- Isso mesmo ele manda e você obedece, como uma cadela que é.

Essa foi a gota da água eu me virei e fui com tudo para cima dela, nem mesmo Calleu consegui me impedir, eu a segurei pelo pescoço e comecei a apertar o mundo ao meu redor ficou totalmente em silêncio.

Algo está acontecendo então as garras começaram a crescer em meus dedos, eu cheguei perto do ouvido dela e sussurrei.

- Da próxima vez que você se dirigir a mim com desrespeito eu vou arrancar a sua cabeça do seu pescoço, e não vai ter quem me impeça. - soltei ela mas ainda está perto de seu ouvido. - Pode ter certeza que ninguém vai proteger você de mim.

Me afastei e olhei ao redor da sala está todo mundo um pouco surpreso então eu sorri e sai da sala com Calleu me chamando, tinha alguma coisa errada comigo e eu sabia disso todos sabiam, e quem falou aquelas coisas não foi eu.

Passei pela sala e estava Flávia e Linar sentadas, a Flávia está consolando ela, eu passei por elas ignorando os seus chamados e fui direto para o meu quarto, ao chega no mesmo eu coloquei as duas mãos na cabeça por que uma dor insuportável me atingiu.

- Ahhhh. - me ajoelhei. - Que merda, Lunar.

Sussurrei o nome da minha irmã eu não consegui me controlar e tudo está confuso na minha cabeça e eu só sabia chamar pela pessoa que poderia me ajudar.

- Por favor Lunar, por favor. - pedi sentindo as lágrimas descendo pelo meu rosto e então senti um dedo em minha testa e um alívio me consumiu.

- Minha irmã. - eu levantei a minha cabeça. - Odeio ver você sofrer assim. - ela enxugou as minhas lágrimas.

- Então faça para. - pedi. - Tire isso de mim eu não quero isso.

- Você sabe que eu não posso.

- Por favor Lunar, eu te peço.

- Vá em busca da feiticeira, ela poderá de ajuda.

- Ela vai tirar isso de mim. - perguntei com esperança.

- Isso eu não posso te responder, mas você encontrará as respostas que precisa. - ela me ajudou a levantar. - Essa será a última vez que te ajudo com isso. - falou me abraçando. - Você está por conta própria agora.

Antes que eu falasse alguma coisa ela sumiu do mesmo jeito que havia chegado, eu fui em direção a cama e sentei, eu estava por conta própria agora, e esse era o meu maior medo, agora eu poderia machucar alguém e isso não poderia acontecer.

Passei a mão na cama e vi que tinha um mapa com indicações sobre aonde eu poderia encontrar a pessoa que iria me ajudar, levantei da cama e guardei aquele bilhete.

Assim que eu fiz isso ouvi umas batidas na porta olhei em direção e Calleu entrou ele parecia ansioso com alguma coisa.

- Olha em minha defesa ela me provocou primeiro e eu não conseguie controla. - eu comecei a falar sem da chance dele dizer alguma coisa.

- Eu não estou aqui para falar disso. - me interrompeu. - Aconteceu uma coisa séria, não que isso seja sério, mas aconteceu uma coisa mais séria ainda.

- Você vai falar ou vai ficar enrolando?

- As sacerdotisas que nós fomos visitar ao algumas semanas atrás. - fez uma pausa e que já presumia o pior. - Elas foram encontradas mortas, com as cabeças arrancadas.

Coloquei a mão sobre a boca, não esperei ele falar mais nada, sai do quarto desci as escadas e ele veio logo atrás de mim, ele sabia que eu precisava ver e nem precisei falar nada, entramos no carro e fomos para a casa das sacerdotisas.

Ao chega lá o cheiro de sangue estava forte assim que eu saí do carro senti, tive que fechar os olhos para tentar me controlar, fui em direção a casa e Calleu segurou o meu braço.

- A cena lá dentro não é bonita.

- Obrigada por mim avisar, mas pode ter certeza que eu já vi coisa pior. - ele soltou o meu braço e eu entrei, e realmente a cena não era das melhores.

Tinha sangue para tudo que era canto, os corpos não estava mais lá, eu andei pela sala e tudo era puro sangue, então eu me lembrei que tinha visto uma pessoa no andar de cima.

Comecei a subir as escadas e Calleu veio atrás de mim.

- Eles verificaram aqui em cima não encontraram nada.

Não responde ele e continuei caminhando pelo corredor do andar de cima e parei em frente a uma porta que presumia ser a do quarto que vi a mulher, empurrei a porta de uma vez, por esse negócio de lentamente não era comigo.

Entrei ouvi os protestos de Calleu a minha cabeça virou imediatamente para uma parede que tinha uma palavra em grego escrita com sangue.

- É parece que eles não olharam direito. - olhei de relance para ele que estava sério tentando ler. - Σας παρακολουθούμε και θα ακούσουμε νέα σας Να παρεις.

- Você sabe o que está escrito aí?. - pergtou quando viu eu lendo então resolvi traduzir para ele.

- "Nos estamos de olho em você, vamos te pegar". - dei uma risada bem sincera, comecei gargalhadar Calleu me olhou estranho como se eu estivesse louca.

- Para uma pessoa que está sendo ameaçada, você está tranquila. - passei por ele e comecei a descer as escadas e sai da casa.

E olhei ao redor, o meu olhar parou em um ponto aonde eu vi ela, a mesma mulher da casa ela estava suja de sangue o com um sorriso diabólico no rosto, eu apenas sorriso de volta.

- Eu vou mata-la, e a todos que você conhece, vou matar o seu companheiro e sua filha por último. - ouvi a sua voz em um sussurro, o mesmo que uma vez falou comigo no templo.

- Eu vou te achar, e pode ter certeza que vou te desmembrar inteira, você não vai chegar perto de nenhum deles.- falei de volta, a raiva estava me consumindo e eu estava prestes a me descontrolar

E aí que eu percebi que era isso que ela queria, pós vi o sua sorriso no rosto.

- Mieera. - Calleu tocou no meu ombro e me tirou do transe, olhei para ele no susto e depois olhei para o lugar aonde a mulher estava e ela tinha sumido. - Aconteceu alguma coisa.

- Não, vamos embora.

Essa merda tava indo de mal a pior e eu tinha que ir ver a feiticeira pois pressentia que coisa pior vindo por aí.














Sacerdotisa dos deuses ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora