04 de junho de 2016
Perto Vallarta| México—esse caralho não para de sangrar — digo tentando estancar o sangue do meu braço
— a sorte tua foi que a bala atravessou — Nick ri
— tá rindo de que ? Filho da puta — vontade de matar esse arrombado
— foi dar uma de coragoso, tomou no cu — Nick continua rindo
Essa negociação foi uma das mais difíceis pois eu podia ter morrido com o tiro que eu levei, por mais que foi no braço estava sangrando pra caralho, estavamos no carro viajando de volta para Los Angeles.
Nick não estava me ajudando, eu estava pra matar ele ali mesmo, a viagem foi bem cansativa e muito entediante
Tinha nada pra fazer, só cuidar da porra do meu braço que já estava pra ficar podre, Nick só prestou pra dormir e comerTava pra arrancar meu braço, por mais que estava doendo não podia passar numa farmácia, já passou dois dias de viagem seguidos, e eu tenho que admitir... Eu estava ficando doente por causa da miséria do meu braço
Só queria chegar logo na porra da minha casa e conseguir cuidar desse meu braço...
Foram os dois piores dias da minha vida... Eu já estava ficando louco, eu olhava pro meu braço e via ele verde, Nick ficava rindo da minha cara, eu estava a uns 2 dias sem comer, eu pensava que ia morrer
Foi bem difícil pra mim viajar com o braço assim, eu tentava cuidar dele mais era meio que impossível, não dava pra lavar com água e muito menos passar pomada então só coloquei um pano amarrado no meu braço, enjoos eram diretos... Sentia minha pressão cair, febre, dor de cabeça e quase vi Deus me chamando
só fiquei assim por causa que desafiei o pai daquele garota, valeu a pena?
Claro que não, Pelo menos ela é bonita... E ela é irmã do meu rival, usar ela como moeda de troca vai ser perfeito e ver aquele otário do San implorar pela sua irmã vai ser muito satisfatório...
06 de junho de 2016
Los Angeles | EUA
Foram os três dias mais difíceis da minha vida, mais valeu totalmente a pena quando eu cheguei na porta da minha casa e dei um último suspiro de alívio antes que eu descesse do carro, após isso só lembro de todos desesperados gritando mandando chamar a médica, eu estava em um estado crítico então aposto que eu não teria jeitoAcordei na cama da enfermaria,
O ar condicionado gelado dava um ar de alívio...
Como eu cheguei nessa situação?
Olho para o lado e percebo que as cortinas estavam todas fechadas
A última coisa que eu olhei foi o meu braço... Ele estava enfaixado
Não havia sinal de sangramento e eu estava com aquelas bolsas de sangue.— caralho, que situação... — suspiro e desabafo em voz alta
— eu digo a mesma coisa... — uma voz feminina falou do outro lado da cortina
Nunca escutei essa voz antes? Quem é?
— você não está pior que eu — eu digo convencido que eu estou em um estado pior que ela
— sua dor é física... — ela diz em um tom fraco, parecia pedir ajuda
Ela acha que um tiro não dói?
— oque você diz não faz sentido — eu suspiro
— você tem pessoas para cuidar de você...
— como se elas se importassem comigo — eu dou uma risada
— pelo menos você tem...
Qual o problema dessa garota?
— e você? — eu digo curioso
— oque tem eu?
— nunca ouvi sua voz antes — a voz dela era tão doce e quebrada
— eu não sei como vim parar aqui... Passei meu aniversário dentro de um carro com um saco na cabeça — ela diz
— Caralho... — digo ao perceber que estava conversando com a garota Smith
— oque foi? — ela pergunta curiosa
Nada sai da minha boca
— ei... Não vai falar nada? — ela diz alterando a voz
Como ela pode estar tão "normal" sabendo que os pais morreram?
Ela também não disse mais nada
Ela me parece quebrada...
Ela se parece um pouco com o Nick
Os passados de ambos são quase iguais...
Só muda algumas coisas— Mark? — escuto Saky me chamar
— hm? — digo
— Como se sente ? — ela me pergunta
— normal — digo nada interessado em falar com ela
— que bom, continue assim que logo sairá daqui — ela diz saindo e óbvio entrando na cortina do outro paciente
Fico calado para escutar a conversa da Saky e da garota Smith
— oi meu nome é Saky e eu estou responsável por cuidar de você
— oi... Sou Mari, me trouxeram pra cá...
— Mari, seu diagnóstico deu que você é bem saudável mais precisa cuidar da sua mente...
— como? Em um lugar desses? Sem apoio nenhum?
— calma querida, você precisa se acalmar, vamos lá... Alguém vai ficar responsável por você
— eu só quero voltar pra casa...
— isso não vai ser possível, eu preciso ir agora...
"Voltar pra casa" ela precisa entender que a "casa" dela é aqui agora...
Eu quero ver o San sofrer, chorar, implorar pela sua irmã... E pra isso, eu só preciso fazer a irmã dele sofrer...
Isso será tão fácil
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welcome to our mafia
Novela Juvenil~Bem vindo a nossa Máfia~ Mari Smith era uma garota comum, até ser vendida pra máfia sem a autorização da sua família , após a morte dos seus pais ela e levada para Los Angeles e feita de prisioneira, lá conhece Mark Miller o futuro capo da máfia. ...