Esse capítulo contém: Agressão.
Eu estava me arrumando para meu primeiro dia de trabalho, me vestindo como Almed havia pedido, um vestido colado e saltos bem altos. Eu ainda não havia visto Sofia se arrumando: "Sofia? Não vai sair do banho?" Eu perguntei batendo na porta, eu não queria me atrasar no meu primeiro dia. "Já sai" ela abriu a porta e eu a vi, ela não estava vestida com as roupas que Almed pediu.
"Não vai ir assim? Não é?" Pergutei achando que ela não havia prestado atenção no que foi dito.
"Eu não vou ao trabalho, Anne." Ela disse com um tom, era como se ela estivesse se exibindo para mim, era como se pra ela não ir no seu primeiro dia fosse bom.
"Porque?" Eu ia fazê-la mudar de ideia.
"Eu tenho que ir ver Bill, se lembra?" Eu congelei ao ouvir aquilo.
"Porque Sofia? Porque você tem que ir? Não pode se esconder aqui? Eles não vão nos encontrar. Por favor." Eu estava preocupada, suando frio, não queria que ela fosse.
"Anne, eu tenho que ir, se cuida. Bom trabalho pra você." Ela tinha me ignorado, apenas foi embora, me deixou no quarto sozinha. Eu me sentei na cama, olhei para os meus cortes, segurando minhas lágrimas para não estragar a maquiagem, eu estava tremendo, mas tinha que ir. Peguei minha bolsa e fui para o trabalho.
...
"Finalmente chegou, Anne não é?" Almed perguntou. "Sim, sou eu." Respondi de forma agradável. "Eu me lembro de ter outra garota com você, onde ela está?" Ele perguntou, procurando por Sofia.
"Sofia... Ela não virá hoje, ela preferiu se encontrar com uns babacas de uma gangue idiota." Almed me olhou confuso, acho que eu não deveria ter falado da gangue.
"Gangue? Quem são?" Ele perguntou e eu estremeci."Eu não sei, ela não me disse." Eu tentei desviar do assunto. "Entendi." Ele parecia pensar em algo.
"Vou te levar até Emily" Ele disse. Eu estava com medo de quem Emily poderia ser, Almed me deixou numa sala com uma garota magra e não muito bonita.
"Oie, seja bem vinda! Talvez o Almed não tenha te recebido tão bem, ele não está tendo um dia muito bom, mas isso não é problema seu, não se preocupe. Bem, eu sou Emily, vou cuidar da sua vida aqui, desde oque você veste, até os caras que você transa." Ela era simpática.
"Prazer sou Anne, oque eu vou fazer hoje?" Tentei responder na mesma simpatia.
"Bem Anne, hoje você não vai se apresentar, você virá comigo, para ensaiar as danças do pole. Nós gostamos de expor nossas mercadorias antes de vender." Eu não sabia muito sobre pole dance, mas podia tentar. "Venha comigo" Ela se levanta e me leva a uma sala com várias barras.
"Preciso ver seu corpo, preciso que fique apenas com suas roupas íntimas." Ela olhou para mim esperando que eu tirasse minhas roupas. "Prefiro não fazer isso" eu disse me afastando dela.
"Vamos Anne, não faça tudo mais difícil..." Ela disse se levantando. "Não tem como pular o processo?" Eu não era uma garota insegura, eu achava o meu corpo muito bonito na verdade, achava que ficava bem em tudo e os elogios que sempre recebia só melhoraram minha autoestima. Na realidade eu estava me sentindo observada, olhei ao redor e vi câmeras por todos os lados, e ainda tinham seguranças na porta pelo oque me lembrava. "Se não obedecer vou ter que usar o taser em você Anne, eu não quero ter que fazer isso." Ela disse ligando o mesmo.
Eu não tive escolha, fiquei apenas com as roupas íntimas. "Me desculpe por isso Anne." Emily veio até mim e tentou ejetar um líquido em meu braço, por sorte eu desviei de seus esforços, Emily correu atrás de mim com a seringa. "Venha aqui garota rebelde! Não vai conseguir fugir só com essas roupas!" Eu corri com todas as forças que restavam, o choque estava tomando conta de mim.
Emily caiu no chão derrubando a seringa sobre meus pés, eu não tive outra reação a não ser ejetar o líquido em seu braço, "Lerry ajude-me..." Ela tentou gritar, mas sem sucesso, ela desmaiou rapidamente.
Em choque eu peguei meu vestido e o tênis de Emily, para conseguir correr com mais facilidade, não seria fácil correr com os saltos gigantes que eu tinha. Rapidamente me vesti, não sabia quanto tempo ia demorar para o vigia das câmeras chamar os seguranças. Foi quando ouvi barulhos de tiros, não muito longe de mim. Eu olhei pela porta e vi que os seguranças não estavam mais lá, talvez os tiros fossem aqui dentro? Apesar disso não ser bom, eu acabaria ficando mais aliviada, já que o tiroteio iria distrair a todos.
Sai da sala e os tiros ficaram mais altos, até que vi um dos seguranças que estavam na minha porta caído no chão, sangue por todos os lados e sua arma diante de suas mãos fracas. Agora eu sabia que os tiros eram aqui, eu não pensei duas vezes, eu precisava de uma forma de defesa, então peguei sua arma e corri perdida naquele lugar, que agora parecia imenso. Eu não sabia muito sobre armas, só sabia onde atirar, mas como eu vou saber se ela está carregada? E se não estiver, como eu vou recarregar? Eu estava considerando voltar para pegar o taser de Emily, mas já era tarde para voltar, eu não sabia com quem estava lidando. Estava correndo pelo lugar até que vi a parte principal, onde eu poderia sair, poderia sair se estivesse vazio na verdade, mas aquela não era a realidade. O lugar estava com muitos corpos, eu via garotas inocentes jogadas no chão, seguranças, homens que pareciam estar lá por diversão, todos mortos. Até que vi um movimento, tentei reconhecer a pessoa, pensava que aquilo seria em vão, pois não conhecia ninguém na cidade, mas foi perdida em meus pensamentos nervosos que reconheci alguém, era Tom.
Tom estava Mirando em uma direção específica, estava curiosa para saber oque era, ao olhar para a mesma direção eu vi Almed e Fred. De repente um baque, Fred caiu do segundo andar, ele estava na sala VIP, onde tinha a visão privilegiada de todo o lugar. Agora Almed estava sozinho, "Eu posso ir até lá e bater minha arma em sua nuca, talvez ele caia" Eu disse em voz baixa para mim mesma, sabia que era uma ideia ruim, eu tinha visto isso em um filme, mas eu não sabia se funcionava, se não funcionasse eu estaria morta, eu sabia que não tinha nada a perder, mesmo assim tentava me segurar dessa ideia ridícula. Eu ouvi tiros novamente, todos foram em vão, nenhum deles acertou Almed, aqueles tiros me fizeram estremecer. Mais uma vez eu não consegui me segurar, decidi que iria lá e faria aquela merda, mesmo que custasse minha vida.
Eu corri pelos corredores e cheguei até a porta do lugar onde Almed estava, ele estava na mesma direção que eu, se eu não fosse cuidadosa ele olharia para o lado e me mataria, eu deduzi que quando ele fosse atirar nos meninos, ele viraria de costas. Então ouvi outro baque, alguém havia tentado atirar em Almed, foi aí que ele virou, eu congelei no momento, naquele momento repensei minha ideia mil vezes, foi aí que lembrei que se ele vira-se de volta conseguiria me ver, em choque eu bati a arma com toda a força em sua nuca, assim como pensei. Ouvi o gemido de Almed e ele caiu no chão como um boneco, eu fiquei na sua frente com a arma apontada para sua cabeça, ele tentou pegar sua arma, eu chutei a arma para longe dele: "Traidora! Como pôde fazer isso Anne?" Ele disse em voz fraca, ao final de sua fala eu pude ver a sombra de Tom correndo até a sala onde estávamos.
"Mãos para o alto!" Tom disse e eu logo obedeci. "Anne?" Ele abaixou a arma e olhou em meus olhos, ele parecia impressionado. "Eu juro que não ia matá-lo!" Eu respondi rápido. "Não importa, isso é conversa para outro momento, saia daqui!" Ele gritou comigo, eu joguei a arma no chão e corri.
"Anne!" Eu vi Sofia, ela estava ofegante, chorando. "Achei que estava morta, tá tudo bem?" Ela perguntou me olhando. "Sim amiga..." eu a tranquilizei. Eu vi Tom saindo de dentro do lugar junto com os garotos.
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My dangerous boy | Tom Kaulitz
FanfictionAnne é uma garota nascida no México, filha de uma mulher irresponsável, passou por diversos traumas de sua vida ainda na infância. Por sorte a garota tinha a sua melhor amiga Sofia, que a ajudou nos piores momentos de sua vida, juntas as garotas fog...