My dangerous boy | Tom Kaulitz

If you hate me, why do you do this?

-Este capítulo contém: Falas remetentes a Sangue

Eu acordei atordoada em um quarto escuro. Era possível sentir gosto de sangue em minha boca e minha consciência pesada.

Tentei retomar a minha consciência, já que não me lembrava de nada, apenas da maldita sensação de estar sendo perseguida fisicamente e mentalmente por Tom.

Eu ouvia barulhos no lado de fora do quarto, barulhos que não me pareciam encaixar na situação em que eu pensava que estava. Era como se copos estivessem sendo quebrados diversas vezes, com batidas, alguns gritos e barulhos fortes.

Tudo aquilo soava como uma grande briga e desordem, oque me fez entrar em completo desespero.

Eu procurava por recuperar minha consciência, mas os barulhos eram muito altos, ao ponto de terem a capacidade de silenciar meus pensamentos.

Até que a porta do lugar onde estava se abre rapidamente, liberando uma luz que cegava meus olhos.

Na tentativa de reconhecer quem abriu a porta, eu congelei por completo.

A pessoa que abriu a porta não parecia estar disposta a me ajudar, ela rapidamente correu eu minha direção, oque me fez correr rapidamente dela.

Nós estávamos correndo por todo o vasto quarto na escuridão, eu não tinha a mínima noção de localização, oque me fazia rezar pela chegada de alguém.

Até que na porta uma nova sombra apareceu, oque me gerou novas esperanças de salvação.

Eu corri até a porta, mas ao chegar, não era quem eu esperava e sim um provável ajudante de meu assassino.

Não havia mais oque fazer, eu me encontrava na pior situação, cercada por dois homens desconhecidos que não me pareciam ter boas intenções.

Eu olhei para trás com o mínimo de esperança, mas, eu percebi que realmente estava encurralada.

"Se acalme, garotinha. Ou não. Você não pode se acalmar e nem fazer nada, seu homem não está aqui. Não é mesmo?" O Homem alto que estava atrás de mim disse em um tom irônico, como se estivesse debochando de mim.

"Nós vamos apenas brincar com você, diferente de alguém que ainda não fez nada com seu corpo." Ele completou, apenas para me agarrar pelas costas e tapar minha boca, bloqueando meus gritos.

Eu me debatia e tentava acertar alguma parte fraca de seu corpo. Meus olhos choravam insistentemente, oque fazia eu perder mais alguma parte de meu ar.

O homem me tirou do quarto arrastada em meio a gritos. A parte de baixo do lugar estava um completo caos, ninguém iria me salvar.

Depois de caminhar pela casa comigo lutando pela minha liberdade, ele decide me arrastar até um local vazio e escuro. Não demorou muito para chegar a meu entendimento que o homem estava me tirando do lugar pelos fundos.

Diante da noite escura e do caminho silêncioso, eu consegui ver apenas uma luz, mas não podia identificá-la.

Ao chegar mais perto, consegui ouvir alguns barulhos, que me lembravam um motor de carro.

Meus pensamentos me sufocavam novamente, junto de mais choros e calafrios.

Eu seria sequestrada.

O homem me jogou rapidamente dentro do carro e fechou a porta. Desolada, eu só consegui me encolher e chorar.

Não demorou muito para que as duas portas da frente abrirem e eles entrarem rindo. Eles pareciam muito satisfeitos em me levar.

Encolhida, eu ouvia atenciosamente por cada uma de suas falas em busca de saber onde seria meu paradeiro.