Este capítulo contém:
Eu estava trancada no banheiro por horas. Minha mente ainda não tinha absorvido oque tinha feito, cheia de confusões, eu só tinha forças para chorar e me arrepender de minhas ações.
Embora aquilo fosse para a minha sobrevivência, eu não conseguia me perdoar minimamente que fosse.
Em breve, eu teria que sair do banheiro e contar à todos a verdade, ou pelo menos para Tom.
Eu estava pronta para sair do banheiro fisicamente, não mentalmente. Limpa de todo o sangue daquela garota que eu poderia ter, porém ainda presa pela minha mente que queimava completamente por dentro.
Sem aguentar mais meus pensamentos, eu me levantei do chão trêmula e ainda com calafrios, abri a porta e me surpreendi em ver Tom bloqueando minha passagem. Ele estava na porta, mas a quanto tempo?
Em choque, eu olhei para seus olhos frios, olhos esses que não pareciam querer poupar meus crimes. "Você já sabe, não é?" Eu disse, ainda colada em seus olhos, que mudaram rapidamente.
"Assuma, e eu digo do que realmente sei." Ele disse com um olhar agora desafiador.
"Eu a matei, ok?! Eu tinha que fazer algo! Eu sou apenas a maldita sobrevivente dessa merda! Você provavelmente estava ao lado dela, já que disse que eu era ingênua e imatura, não é mesmo?!" Eu gritava em meio a choros e crises de nervosismo, enquanto Tom apenas me olhava. "Oque é? Não ficou feliz?! Eu sobrevivi à essa merda!" Eu continuei.
"Anne! Já chega!" Ele cuspiu as palavras em mim.
Sem forças para brigar, eu me joguei sobre seus braços e comecei a chorar. Tom virou meu rosto para cima, encontrando o dele e me olhou. Completamente possuída pelos seus olhos eu era incapaz de me perdoar.
Tom se inclinou até mim, e beijou meu rosto lentamente, fazendo um caminho de beijos até a minha boca.
Sem pensar duas vezes eu o impurrei levemente para trás, fazendo com que ele me olhasse com confusão. "Você não vai mais me manipular com seus malditos truques." Eu disse ainda chorando e olhando para seus olhos, antes de ir para o quarto.
Tom apenas ficou em silêncio, eu pude sentir seu olhar como da primeira vez em que o vi.
Ao virar o corredor, eu pude ver Sofia, que me olhou rapidamente. "Aí está você sua assassina!" Ela estava se alterando mais a cada palavra.
Eu a olhava fixamente enquanto escutava cada uma de suas palavras. "Você é uma idiota! Você é como todos eles!" Ela disse vindo até mim.
Sofia veio até mim com os dedos apontandos em minha direção. Eu congelei à cada passo seu, até que ela chegasse perto o suficiente de mim para tentar me empurrar, já que suas palavras não pareciam funcionar.
Por impulso eu a empurrei de volta, fazendo com que ela caísse sentada no chão. "Oque você vai fazer agora? Me matar?! Vá em frente!" Sofia continuou por falar enquanto estava caída chorando não chão.
"Sofia! Já chega, ok?! Você acha mesmo que eu iria matá-la? Você acha mesmo que eu tenho essa capacidade?! Ela também tentou me matar! Se você prefere ela viva a mim, vá em frente, salve ela!" Eu gritava, tentando conter minhas lágrimas de raiva.
"Você tem capacidade para tudo Anne! Você é como sua mãe!" Ela cuspiu as palavras em mim, pois sabia o quanto aquilo era capaz de me ferir. Cada uma de suas palavras me cortaram por dentro, oque me gerou uma raiva fora do comum.
Sem pensar duas vezes, eu fui até ela e a levantei segurando em seu pescoço. "É melhor você continuar calada, ou você vai sentir cada um dos cortes que ela sentiu." Disse antes de jogá-la com força ao chão, a fazendo bater a cabeça com mais força na parede.
Apesar de tudo, minha consciência não me castigava pelos meus atos. Na realidade, eu estava mais preocupada em fugir o mais rápido possível daquele lugar.
...
Eu estava no quintal da casa, minha cabeça já mais fria me permitindo respirar um pouco do ar fresco daquele quintal não me castigava.
Mas nada disso estaria acontecendo, se não houvese o fato de Tom e Sofia não terem dirigido mais nenhuma palavra a mim naquele dia.
Perdida em meus pensamentos, eu não percebi a presença de alguém. "Anne. A mais nova assassina da gangue Tokio Hotel. Pegando um ar? Não esperava." Bill estava atrás de mim, mas com uma voz calma e suave em meus ouvidos.
"Bill? Oque faz aqui? Veio cortar meus pulsos?" Eu disse com um tom debochado e desafiador.
"Não me teste Anne. Aquele foi só o início." Ele disse. "Aceita whiskey?" Suas palavras pareciam boas, mas eu não confiaria em alguém que queria me eliminar de seu caminho.
"Não bebo." Eu disse, oque obviamente era uma mentira esfarrapada.
"Você poderia apenas recusar." Ele disse tomando um gole da bebida. "Oque te trás aqui? Não é comum que Bill Kaulitz venha vir por vontade própria me chamar para uma conversa calma." Eu disse com meu tom de fala ainda debochado.
"Oque te levou a matá-la?" Ele perguntou.
"Minha vida." Eu respondi no mesmo tom.
"Sua vida não será poupada Anne. Nem por grandes quantias de dinheiro." Bill cuspiu cada palavra em mim.
"Eu sei disso, posso pelo menos aproveitar meus últimos suspiros?" Eu disse.
"Bem Anne, você se torna atraente nesse tom. Pode ter cegado o Tom, mas não fará o mesmo comigo." Ele disse com os olhos nos meus. Eu apenas acenei com a cabeça.
Um silêncio ensurdecedor calava aquela noite com a chegada de Bill, até que algo o calou.
"Saía." Era Tom, novamente com suas ordens.
Tom me virou para seu rosto com força, me fazendo olhar diretamente em seus olhos. "Eu tenho uma assassina muito gata em minhas mãos agora." Ele disse, muito calmo para seu normal.
Tom parecia um namorado tentando ser carinhoso com sua namorada, oque era muito estranho.
"Olha Tom, já chega! Eu matei ela porqu-" Tom cortou minha fala me pegando e apoiando sobre seus braços e em seguida começou a correr até a piscina.
"Tom!" Eu gritava de medo, já que não sabia suas intenções.
Eu fechei meus olhos e senti meu corpo cair junto ao dele na piscina. Em seguida senti meu corpo se soltar do dele e ter de se virar sozinho.
Quando eu voltei para a superfície da água, eu pude ouvir uma risada vindo de Tom, eu não podia acreditar, ele estava realmente normal? Quem ele era?
Eu apenas olhei para seus olhos, confusa.
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My dangerous boy | Tom Kaulitz
FanfictionAnne é uma garota nascida no México, filha de uma mulher irresponsável, passou por diversos traumas de sua vida ainda na infância. Por sorte a garota tinha a sua melhor amiga Sofia, que a ajudou nos piores momentos de sua vida, juntas as garotas fog...