Oi!! Sejam bem vindos a minha fic!!!
É minha primeira fic, então perdoem alguns erros, por favorEntão... Eu meio que alterei um pouco os fatos...
Aqui, Sirius foge de casa no verão de 1974. Esse capítulo se passa no inverno de 1974-1975. Os próximos capítulos vão ir alternando entre o presente (esse capítulo) e "flashbacks" da vida do Regulus até o momento atual, de forma que o próximo será um flashback, e o segundo será continuação desse. O plano é que sejam alguns capítulos assim, a maior parte cheios de gatilhos e bastante sofridos. Após esses capítulos iniciais e sofridos, eu irei cobrir toda a vida do Regulus até o fim da Segunda Guerra Bruxa - sim, vai ter muita dor e sofrimento, e sim, vai ser uma fic realmente muito longa.
Enfim, é isso, e que a sorte esteja sempre ao seu favor.
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Estava escuro. Muito escuro. Ele não sentia nada. Onde ele estava? Ele não se lembrava. Não conseguia se lembrar.
Aos poucos, foi recobrando os sentidos. A dor aguda no rosto, a ardência muscular nas pernas, os calos nos pés.
Sentia também a maciez da cama em seus dedos, os lençóis quentes e confortáveis. O vento entrando pela janela.
Onde ele estava? Não se lembrava. Onde ele estava?
Seus olhos lentamente começaram a se adaptar ao escuro. Conseguiu distinguir os móveis de cabeceira coloridos, a janela com cortinas leves, as prateleiras de madeira. Onde ele estava? Não era sua casa.
Não, nunca seria sua casa. Sua casa, que era fechada e de madeira escura. Sua casa, que mal possuía janelas - e as poucas que tinham, possuíam grades de metal escuro e espessas cortinas para impedir o sol.
Sua casa, cujas paredes eram finas, de forma que todos pudessem ouvir os gritos.
Contrariando todos os seus músculos e instintos que imploravam para que deitasse entre os cobertores quentinhos e confortáveis, se levantou.
Sentido o piso frio em seus pés, andou até o espelho. Um longo espelho de madeira clara, no canto da parede.
Olhava para os pés. Não se atreveu a encarar sua imagem no vidro. Não possuía coragem. Nunca a teve.
Lentamente, muito lentamente, foi subindo o olhar. Quando finalmente encarou seu rosto, seus olhos se arregalaram em choque.
Percorreu os dedos pálidos e longos pelas madeixas escuras.
Estavam curtas.
Sim, estavam cortadas na altura dos ombros. As mechas de cabelo cacheado escuro, normalmente caindo em suas costas, adornavam seus ombros e rosto de maneira quase angelical.
Finalmente, ele lembrou.
Desejou não ter lembrado.
Sentou-se à beira do espelho, encarando sua imagem refletida.
Permaneceu ali, apesar do frio. Permaneceu ali, por minutos, horas. Quem sabe? Permaneceu ali até as estrelas desaparecerem uma a uma e o sol entrar pelas cortinas, iluminando todo o quarto e aquecendo sua pele fria.
Pormanceu ali, por muito tempo, com apenas uma coisa em sua mente. Uma promessa.
"Para sempre."
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