- Chapitre Deux -

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Oiee
Avisos:
Muito doce, você pode acabar tendo uma cárie ou uma diabetes. Tome cuidado!

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Em meio a escuridão do quarto apenas parcialmente iluminado, era possível ver um menino.

Um menino com ataduras sob seu corpo, cachos negros que caíam sob seus ombros e pele pálida feito marfim.

Um menino cujas maçãs do rosto eram afiadas feito adagas, cujo olhar parecia ser capaz de desvendar toda a sua alma.

Um menino sentado no chão frio, observando seu reflexo no espelho, pensando sobre memórias que preferia ter esquecido novamente.

Um menino com a aparência de um anjo, um menino cuja beleza - em sua nada humilde opinião - se comparava a de Afrodite, delicado como uma escultura de Michelangelo, sobrenatural e mágico como um anjo. Divino, inalcançável, irreal.

O menino mais lindo - Não, lindo não. Deslumbrante. Lindo seria um eufemismo - que já havia visto.

Finalmente, quebrou o silêncio - puramente criado para que pudesse admirá-lo sem escrúpulos - entre ambos. Pronunciou seu nome lentamente, como que saboreando o gosto em sua língua.

Não precisou olhar para saber que o rosto do outro havia se virado em sua direção. Podia sentir o peso de seu olhar, analisando-o, implorando silenciosamente por respostas. Por mais que quisesse, James Potter não conseguia retribuir. Com toda a coragem Grifinória que tinha, não sentiu forças para encarar na imensidão de seu olhar.

Andou silenciosamente até o espelho, e sentou-se ali. Permaneceram em silêncio, se encarando através do espelho, por alguns minutos.

- O que aconteceu? - Sussurrou o mais novo, confuso. Assustado.

James não pode dizer nada além de balançar a cabeça, como em negação. Como ele diria o que havia acontecido? Regulus se lembraria em algum momento, afinal.

- Eu... Não sei se sou a pessoa que deveria te dizer. Você deve se lembrar em alguns dias. Sinto muito Regulus eu... - foi cortado bruscamente pelo mais novo

- Sinto muito por quê? Você me recebeu aqui. Mesmo depois de tudo. Você me acolheu aqui - O encarava profundamente, como se tentasse decifrá-lo.

- E o que eu deveria fazer? Te deixar jogado, sangrando? Não poderia fazer isso com você... - Disse, olhando para as próprias mãos - Nem com Sirius, ou Remus. Com nenhum deles.

Nem comigo mesmo, pensou. Afinal, sua atitude não havia sido nada mais do que um ato movido majoriatariamente pelo egoísmo. Não que algum dia ele fosse de fato revelar isso para alguém. Após concluir seus pensamentos mais profundamente egoístas, completou:

- Eu.. Eu só fiz o que deveria ser feito. Só o certo. Não é nada demais. É o mínimo... - silenciou a si próprio, temeroso com o sentimento escondido por debaixo das palavras ditas.

- Talvez seja o mínimo, James. Mas é um mínimo que a maior parte dos bruxos que conheço não fariam - replicou o outro, encostando a nuca na beirada da cama, se permitindo fechar os olhos por um instante.

Um instante em que James se permitiu olhar.

Regulus, sentindo o olhar do outro sobre si, abriu os olhos. Assim como o mais velho, planejava desviar o olhar.

Porém, nenhum se viu capaz.

Potter se viu preso no céu de Regulus. A tempestade mais linda que já havia visto. Uma tempestade cuja, por um minisegundo, possuiu um brilho verde. Como duas esmeraldas. Teria sido sua mente lhe pregando uma peça? Seus olhos sempre haviam sido cinzas... Muito diferente dos de Sirius, sempre azuis claro, como o céu sem nuvens. O céu após uma tempestade, como costumava dizer.

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⏰ Última atualização: Feb 25 ⏰

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