Descontrole (cap 11)

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Sobre minha visão tudo girava ao meu redor. Minha cabeça estava confusa e pesada, minhas mãos frias e meus olhos secos e confusos.

Manjiro em alucinações na minha cabeça era o que eu via. Instável e totalmente fora de si, no espelho do banheiro encarei meus olhos vermelhos e assustados.
Minha mente estava tomada por flashbacks aleatórios e sem sentidos algum.

— Manjiro seu filho da puta, me deixa sair daqui! Eu não quero ficar aqui sozinha Manjiro... — Minha voz mudava de um tom de raiva para um de tristeza.

Minhas mãos estavam apoiadas na pia do banheiro e minha cabeça confusa olhava para a pia do banheiro.

— Mãe me tira daqui. Eu não aguento mais isso. — Minha voz se perdia em meio ao desespero.

Abri a porta do banheiro e fui para meu quarto. Tudo estava largado no chão, minhas gavetas estavam viradas sobre o carpete do quarto. Cocaína, MD, maconha e ecstasy estavam largadas no chão do meu quarto.

— Por que você ainda está aqui? — Interagi com meu pai que eu via claramente na minha frente.

— Por que você não vai embora? Tudo isso é culpa sua seu maldito! — Arremessei meu celular na parede onde eu o via.

Em meio a uma crise de Pânico a minha voz se perdia por conta das minha crises de choro. Meu rosto estava totalmente contido na almofada o que abafava meus sons de desespero.

— Sayuri? Que porra é essa aí? — Uma voz perguntava ao longe dos meus ouvidos.

Aquela voz um pouco longe dos meus sentidos chamava minha atenção aos poucos. Não era possível pra mim responder até que eu pudesse sentir um toque sobre a pele do meu rosto.

Meus olhos fechados faziam como se eu me sentisse morta ou algo assim. Meu corpo estava incapaz de se mover ou dizer qualquer coisa.

— Mikey! Sobe aqui. — A voz clamava.

Ah, ele não. Eu não gosto desse cara. — Pensei.

Deitada com a cabeça sobre o colo de alguém, essa pessoa segurava meu rosto na esperança de que eu acordasse.

Um pequeno vão em meus olhos se abriam, até  que eu pudesse ver o rosto de Rindou acima do meu. Minha cabeça continuava confusa e meus sentidos atrasados por algo.

A temperatura do meu corpo descia drasticamente, meu corpo era gelado e levemente úmido, meus olhos se fecharam até que eu não pudesse ver mais nada.

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1 hora antes;

Caminhei até às minhas gavetas e ingeri  uma bala de ecstasy que Sanzu havia me dado como "presentes". Coloquei aquilo em entre meus lábios e o engoli, logo o acompanhando com um cigarro de maconha.

Uma euforia enorme tomava conta do meu corpo. Um zumbido tomava conta dos meus ouvidos e tudo que eu podia ouvir além disso, eram as batidas do meu coração.

Essa parece ser um pouco mais forte que o pó. Como você aguenta isso Sanzu? — Arremessei o resto sobre as gavetas.

Minhas pernas começaram a ficar bambas e minha vista escura, meus joelhos se curvaram brevemente me derrubando sobre a gaveta aberta espalhando tudo sobre o chão.

Me levantei e fui para um banheiro lavar meu rosto para me livrar do suor que tomava conta da minha pele.

— Porra... Eu tô ficando louca pra caralho. — Falei baixo.

Mortal Debt - Manjiro Sano (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora