Decisões. (cap 2)

218 15 2
                                    

Os raios do sol invadem os vidros desse quarto trancado. Ainda com as roupas do trabalho a angústia toma conta do meu peito e o desespero domina minha mente. Caminho até a porta para tentar abrir mas sem sinal algum de que eu consiga abri-la.

— Ei!! Tem alguém aí fora? Eu quero sair! — Gritei em total desespero.

— Você finalmente acordou princesa. Achei que ia dormir pra sempre. — Respondeu Sanzu da parte externa do quarto.

-— Seria mais agradável não acordar. Acredite. — Respondi em um tom de irritação.

— Meu Deus, eu não fui feito pra aguentar isso. — Sanzu resmungou. — . Agora se prepare, você vai sair e tomar banho, o chefe quer ver você. — Ordenou.

— O quê? Finalmente decidiram se vão me matar ou não? Ótimo. — Suspirei com irritação.

— Não temos tempo. Anda. — Sanzu destrancou a porta me puxando pelo braço até o banheiro.

— Me solta! Eu sei caminhar sozinha. — Puxei meu braço de seu domínio.

— Isso não é mesmo pra mim. — Resmungou Sanzu em um tom baixo. — Não deixe as coisas mais difíceis por gentileza. — Sanzu virou de costas ficando em pé em frente a porta.

— Vai ficar aí? — Questionei o encarando.

— Sim. Ou prefere que eu entre e tome banho com você? — Sanzu virou o rosto me olhando de canto.

— Eu preferia que você saísse daqui, fechasse a porta e me deixasse tomar banho sozinha, pelo menos isso. — Sorri incomodada.

Sanzu me olhou e virou seu rosto para frente caminhando até o lado de fora — Não demore. — Ordenou.

— Filhos da puta. Quando eu acho que nada pode piorar, isso acontece. Que porra está acontecendo comigo? Em um dia eu aturo meu pai e me mato de trabalhar e no outro eu estou sobre a posse de uma gangue criminosa, mas nem nada eu fiz. Aquele merda do meu pai só fodeu a minha vida. —  Murmurei em meus pensamentos.

Minutos depois;

Kokonoi se aproximava do banheiro.

— Prepare a garota rápido. O Mikey já desceu  até o escritório. — Avisou Kokonoi a Sanzu.

— Ele tá apressadinho hoje, pra quem está sempre atrasado. — Sanzu sorriu com sarcasmo e abriu a porta do banheiro derrepente.

— Rápido garota. — Seus olhos rapidamente encontraram o corpo despido.

— Meu Deus por que você não bate na porta antes? — Minhas bochechas se rendiam ao rubor ao mesmo tempo que um sabonete era arremessado na porta.

— Inferno... — Sanzu resmungou a fechando.

Após alguns minutos aquele banho quente acabou. Uma toalha quente envolvia meu corpo molhado e meus fios de cabelo molhavam todo o chão daquele apartamento até ao quarto para onde o garoto me levava.

— O que é isso? — Questionei ao olhar uma mala encima da cama.

— São suas roupas. Agora se apresse se não quiser ganhar um tiro de presente. — Sanzu fechou a porta.

— Que desgraçado chato! — Resmunguei.

— Eu ainda estou aqui. — Respondeu a mim em um tom irônico.

— Ótimo. Não costumo ser falsa. — Comecei a me trocar.

Vesti uma blusa preta colada e um short jeans de comprimento médio. Penteei meu cabelo e passei produtos corporais que foram enviados juntamente as minhas roupas, como perfume, creme, hidratante e etc(...) Independente da ocasião, eu sempre fui uma mulher vaidosa.
Então consigo ouvir passos nos corredores.

Mortal Debt - Manjiro Sano (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora