Paixão (cap 23)

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- Você já ficou excitada só de ver seu homem ser... um homem? A maneira como seu braço flexiona ou até mesmo a maneira como ele lida com os negócios, ou o baixo em sua voz... aff

- Isso se chama amor. Está se apaixonando de verdade por ele senhora. - Mei sorriu.

- Mas isso é tão ridículo quanto sair para uma festa elegante com um vestido de oncinha. - Me levantei rapidamente da cama.

- O amor não é ridículo. Mas eu diria exótico pelo menos... - Mei caminhava em direção ao banheiro em meio as nossas conversas.

- Amor... Amor é uma palavra muito forte, é um sentimento forte. Eu procuraria outra palavra pra esse sentimento, parece mais um desejo. Amor não se resume à isso.

- Não é por causa do seu desejo por ele que eu vejo amor. São o brilho nos seus olhos quando se refere a ele, isso não me parece só desejo. - Mei sorriu.

- Será que ele também me enxerga assim? Eu queria poder evita-lo, mas sobre o mesmo teto que ele isso é impossível. - Caminhei até a porta do banheiro.

- Veja isso. - Afastei meus cabelos que cobriam meu pescoço. - Esse é o amor dele por mim? - Sentei-me sobre o balcão da pia. - Mas me abraçar por trás e beijar meu pescoço ao mesmo tempo é uma boa maneira de derreter meu coração. As marcas dos seus beijos estão sempre presentes na minha pele, isso é porque ele me ama? - A olhei com uma leve tristeza.

- Isso só ele pode afirmar. Eu não tenho o direito de enche-la com mentiras sobre isso ou esperanças falsas. Ele é um homem bem imprevisível quando o assunto são sentimentos. Não concorda? - Mei encarou-me.

- Tem razão. Ele me deixa confusa e com pensamentos obsessivos que ele não me entrega as respostas.

- Por que não conversam quando ele vier almoçar? Seria bom pra vocês dois. - Mei caminhava para o meu quarto novamente com um cesto de roupas para lavar em suas mãos.

- Nossas conversas sempre acabam em outro tipo de conversas... Ele quase nunca me deixa falar, parece um predador quando olhar em meus olhos por mais de 30 segundos. - Desci do balcão voltando ao meu quarto.

- Você o deixou mal acostumado. Mas suponho que é por falta de escolha. Mas não é nada que não possa mudar Senhora Taimani. Não se preocupe tanto. - Um de seus olhos piscava como forma de conforto.

- Falta de escolha...

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Alguns minutos após;

- Não precisa ficar até tarde hoje Elizabeth você pode ir pra casa mais cedo. Hoje o Manjiro voltará apenas a noite. - Rindou caminhava até a sala com seu casaco em um de seus braços e uma bolsa sobre o outro.

- Bom dia senhor! - Cumprimentou Mei a Rindou enquanto descia as escadas.

- Bom dia. - Rindou respondeu e sentou-se ao sofá. O seu telefone chamava sua atenção pelo barulho das notificações. Até que ele o tirasse de seu bolso e o desbloqueasse.

Caixa de mensagens;

Kokonoi/- Entregue essa bolsa a garota do Mikey e pergunte a ela se está precisando de mais coisas. Me avise.
Kokonoi- Só por gentileza, não esqueça de trazer o que eu pedi a você.
Visto às 13:17

Em seu bolso Rindou guardou seu telefone novamente e logo subiu ao quarto de Sayuri.

- Está aí? O Kokonoi me mandou entregar isso. - Rindou empurrou a porta e entrou sem se dar conta do que estava ao seu redor.

Mortal Debt - Manjiro Sano (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora