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S/n foi visitar a mãe no hospital psiquiátrico para loucos. Há quatro anos, sua mãe foi hospitalizada e deixou S/n morando com a avó. Hoje em especial é aniversário da sua mãe.

A médica disse que ficaria atrás da porta caso alguma coisa acontecesse com a menina, então ela saiu e elas ficaram sozinhas no quarto branco e sombrio.

A mãe da menina parecia horrível. Aos quarenta e oito anos que ela estava completando, seu cabelo estava desbotado e seco, com algumas mechas grisalhas da velhice. Seu rosto está descascando e com algumas rugas na testa e ao redor dos olhos. E ela também parecia não dormir há dias.

S/n suspirou e lentamente se aproximou de sua mãe, com uma sacola na mão. "Senti sua falta, mãe."

S/n disse isso com toda a sua sinceridade, mas a mãe da menina apenas a olhou e não disse nada. Hesitante, (porque sabe que sua mãe tem distúrbio mental) sentou-se ao lado de sua mãe na cama onde ela dormia.

"Gostaria que você estivesse em casa para comemorar seu aniversário. Mas aqui está o seu presente." A mãe da menina arrancou o saco das mãos da mesma e abriu o presente, vendo uma bíblia e um crucifixo. "Você gostou?"

A mãe da menina assentiu. "Você ainda frequenta uma escola católica?"

S/n ficou surpresa ao ouvir a voz de sua mãe, que ela não ouvia há algum tempo. S/n assentiu e agarrou as mãos da mãe. "Eles estão cuidando bem de você?"

S/n esperava alguma resposta da mãe, mas não obteve nenhuma. Ela não aguentou e deixou as lágrimas tomarem conta de seu rosto e apenas disse:

"Quando você sair daqui, tenho tantas coisas que quero te contar."

Mas no fundo, S/n sabia que sua mãe nunca voltaria para casa. S/n se levantou para sair e beijou as mãos da mãe enquanto ela olhava para a filha sem emoção no rosto.

"Se cuida, mãe." A menina deu um pequeno sorriso e saiu.

"Então, como foi o encontro com a sua mãe?" A enfermeira, Piper, pergunta a S/n.

S/n sorriu, mordendo o lábio. "Já faz um tempo que ela não dizia nada."

"Ela disse?!"

"Sim. De qualquer forma, me ligue quando tiver boas notícias."

"Claro que eu faço."

"Obrigada Piper. Você é um amor."

-/-

AS MENINAS chegaram na festa do Nick, onde havia um movimento enorme de adolescentes dançando e fazendo coisas de adolescente. Grace fez uma careta e perguntou:

"Eu gostaria de não ter vindo."

"Sem problemas. Vamos sair daqui." S/n diz já empurrando as meninas, quando para para ver Veda fumando enquanto ria de alguma coisa. Ela estava cercada por vagabundas e traficantes.

"Ela deve estar chapada." Logan diz também olhando para a garota.

"Pensando bem, vamos ficar aqui." S/n diz com determinação.

"Espero que não seja uma má ideia." Grace diz e olha em volta.

"Ei meninas!! Venham comigo, vou pegar uma bebida para vocês." Nick diz aparecendo atrás de Tate.

As meninas seguiram Nick até a cozinha e pegaram um refrigerante de sua escolha, já que não bebem. Elas ficaram lá por um tempo, até que Tate decidiu sair para procurar o banheiro.

"Quer que a gente vá com você?" Logan pergunta assim que toma um gole de refrigerante.

"Eu posso cuidar disso." Tate dá um pequeno sorriso e se vira para sair. "Eu já volto, amores."

Tate estava andando na casa cantarolando a música que estava tocando, quando sentiu seu corpo colidir com alguém e sua bebida cair no chão. Ela olhou para frente e ergueu a testa ao ver Frances observando-a com olhos famintos.

"Olá Tate. As coisas mudam minha amiga."

"Você conseguiu o que queria, não foi?"

"Ah, admita que Veda está muito melhor agora, certo? Olhe para ela, cercada de amigos novos."

Tate olhou para Veda, que desta vez olhou para ela e seus olhos estavam vermelhos e praticamente implorando por ajuda.

"Não sei como, mas Veda vai acordar."

Frances riu. "Sério? Ontem ela tentou um passeio que a levou ao paraíso e sei que ela gostou. Veja você mesma."

E sem se importar, ela puxou Tate pelo braço, conduzindo-a até Veda.

"Me solta, sua louca!!" Tate grita por causa da música alta, mas Frances a ignora.

Frances parou Tate ao lado dela, e Tate deu uma olhada de perto em sua amiga de longa data, inclinada sobre a mesa de centro, cheirando cocaína, cercada por meninos.

Um garoto com um cigarro entre os dedos apontou para Tate e olhou para Frances. "Quem é essa?"

Frances sorriu e apertou os braços de Tate. "Uma amiga da escola. Você poderia dar um cigarro para ela, Adrian?"

O menino encolheu os ombros: "Se ela quiser."

"Ah, ela quer." Frances empurrou Tate para o sofá, que caiu em cima de um menino, que a segurou impulsivamente.

"Quer um pouco de coca, Tate?" Veda pergunta dando um sorriso torto.

Tate se levanta e empurrou Frances para poder passar. Ela então procurou por Nick no meio da multidão.

S/n se separou das amigas para procurar Tate, então ela passou por vários quartos que estavam desocupados, até então:

"Oh, desculpe, não sabia que estava ocupado." Ela se deparou com um menino sentado na cama enquanto fumava. Ele se virou e apagou o cigarro no cinzeiro da mesa de cabeceira. S/n o observou atentamente; Seu cabelo era loiro e longo, seu corpo era tatuado e magro, ele usava um boné virado para trás e roupas de grife usadas.

"Uh, não, não... Sem problemas. Entre se quiser." Ele se levantou sorrindo; Ele era alto.

"É que estou procurando minha amiga."

Ele ignorou o que ela havia dito. "Qual o seu nome?"

"É S/n." Ela coçou a testa nervosamente.

"Eu sou Payton. Você fuma, S/n?"

"Não. Acho nojento."

"Ah, entendo..." Ele sentou-se na cama novamente e acendeu outro cigarro. "Você está fazendo a coisa certa então. Continue assim, querida."

"Estou indo embora."

"Ei S/n, não tenha medo. Venha e divirta-se."

S/n suspirou. "Eu não disse que estava com medo."

Ele sorriu. "Eu gostei de você."

"Você nem me conhece." ela diz com indiferença.

"Sinto que seremos importantes um para o outro."

S/n riu e fechou a porta do quarto.

"Ele está chapado." Ela murmurou para si.

Youth Issues > Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora