Você é preciosa demais para ele. Escape! Ele não tem espaço para você. E não pense por um momento que isso signifique que você o inundará se escolher ficar, por ser tudo o que você é e por possuir esse amor tão - grandioso, não, não! Significa que não há sequer lugar para você abraçar sua versão mais frágil e defeituosa. Então, o que resta do sacrifício? Não vê?
Se todo o tempo que se esvaiu, justificando as atitudes egoístas dele, tivesse sido direcionado a seu próprio benefício, quão vasta e transbordante você seria agora? A abundância de amores que você teria amado, e amor recebido, na mesma medida? Sorria pelo fato de ele tê-la libertado de seu domínio.
Eu sei que quando você ergue o olhar para o céu, ainda sustenta a crença de que as coisas evoluirão para algo melhor. É essa fé grandiosa que perdura e constitui sua identidade. Não se envergonhe por ter se mostrado ingênua o suficiente para cair em sua teia. Você não foi a primeira. E não será a última. Pois aquilo que amamos, também é aquilo que nos despedaça. Ninguém sai incólume.
Um dia, você acordará e não haverá mais resquícios dele dentro de você. Nesse instante, perceberá que é suficiente para si mesma.
E, então, sua confiança no amor renascerá.
Você é preciosa demais para ele. Fuja! Ele não pode comportar tudo o que você é. E não pense, nem por um segundo, que isso quer dizer que você o inundaria se escolhesse ficar, porque é tudo o que você é, e com esse amor tão - grandioso, não, não! Significa apenas que não há espaço sequer para você abraçar sua versão mais frágil e defeituosa. Então, o que resta no sacrifício? Não vê?
Se todo esse tempo gasto justificando as atitudes egoístas dele fosse direcionado para o seu próprio benefício, imagine como você seria vasta e transbordante agora? A profusão de amores que você teria amado e o amor que teria recebido, na mesma medida. Sorria por ele ter permitido que você se libertasse.
Eu sei que, quando você ergue o olhar para o céu, ainda mantém viva a crença de que as coisas evoluirão para algo melhor. É essa fé grandiosa que se mantém e compõe sua identidade. Não sinta vergonha por ter sido ingênua o suficiente para cair em sua armadilha. Você não foi a primeira. E não será a última. Pois aquilo que amamos também é aquilo que nos dilacera. Ninguém sai ileso.
Um dia, você acordará e não restará mais nada dele dentro de você. Nesse momento, perceberá que é suficiente por si mesma.
E, então, sua confiança no amor renascerá.
Estará diante de um novo dia, no qual as cicatrizes dele não mais restringirão sua capacidade de abraçar o amor. Você se verá dançando sob o céu, com uma liberdade que antes parecia impossível. E, quando a brisa acariciar seu rosto, você lembrará da jornada que a trouxe até aqui. Lembrará das lágrimas e das noites de solidão que agora se dissipam como nuvens passageiras.
O amor que uma vez trouxe tormento agora serve como alicerce para a sua própria reconstrução. Cada fragmento que ele quebrou tornou-se parte de um mosaico que representa sua força e resiliência. E assim, você se ergue, mais completa do que nunca, pronta para abraçar os amores que se alinham ao seu caminho.
Você merece alguém que a entenda sem palavras, que a abrace nas noites escuras e que a celebre nas manhãs radiantes. Alguém que a veja como a obra-prima que é, com todas as suas imperfeições e maravilhas. E esse alguém, um dia, cruzará o seu caminho. Até lá, você continuará a trilhar um caminho de autodescoberta e empoderamento, pois agora compreende o valor inestimável que possui.
A jornada pode ter sido árdua, mas o resultado é uma versão renovada de si mesma. E no centro desse renascimento está a aceitação de que você é suficiente, merecedora e capaz de construir um amor que transcende todas as expectativas. Pois, ao libertar-se daquilo que a prendia, você encontrou a verdadeira essência do amor: uma jornada de crescimento, transformação e autenticidade.
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Não Vou Ajudar
PoesíaO poeta mergulha nas profundezas da mente humana, explorando as crises existenciais que assolam nossa jornada pela vida. Por meio de palavras meticulosamente tecidas, ele nos convida a contemplar as questões mais essenciais da existência: quem somos...