fica comigo?

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Fang ㅡ narração.

Era um dia de aula comum, como qualquer outro, sem novidade alguma. Buster estava dormindo, e eu? bem, eu estava dormindo também. Eu e Buster temos uma boa amizade, dormimos, comemos, e jogamos juntos. A relação que tenho com Buster é incrível, as vezes, até mesmo tomamos banho juntos e apostamos coisas bestas. Essas coisas que fiz e faço com ele, são bobas e genuínas. Eu nunca, nunca, nunca senti nada com isso. Porém, eu ainda tenho sonhos... ainda tenho sonhos em fazer essas coisas com o irmão daquela garota, porém, meu desejo em relação a isso é tão... diferente.

Buster: fang? FANG!

Fang: ah?! AH! o que foi?

Buster me cutucou. Ele disse que estava dizendo coisas estranhas enquanto dormia. Que estranho. Eu não me lembro de nada. Apenas me recordo de estar sonhando com Edgar...

Fang: o que eu disse?! O que eu fiz?! Que droga, nunca mais vou dormir na aula!

Como sempre, meu amigo riu, e disse que estava tudo bem. Porém, Colette passou pela porta, e sorriu para mim. Pobre garota. Ela é bonita, tem um belo sorriso, e se veste muito bem. As vezes, eu marcava encontros com ela, apenas para que ela levasse o irmão e eu tivesse alguma chance de falar com ele, mas bem, ele nunca pareceu estar afim de mim ou algo do tipo.

Colette: fang! que bom que te achei. vamos passar o intervalo juntos?!

Fang: ah sim, claro!

Buster: aiai, vocês dois..

Apesar de tudo, Buster sabia que eu estava afim de alguém, mas não exatamente quem. Ninguém sabe o que eu pretendo fazer, mas todos deduzem que eu estou namorando essa aluna comum. De qualquer forma, eu aceitei lanchar com ela, e desejei muito que seu irmão estivesse lá também.

Quando chegamos ao refeitório, pra minha felicidade, Edgar estava lá. Sentei de frete a ele, e começamos a comer. Colette falava sobre suas coisas, e eu encarava ela, sorrindo, e demonstrando interesse em ouvi-la. Porém, por baixo da mesa, eu usei minha mão para entregar um papel para Edgar. Continha meu número, mas bem, ele nem sequer tentou pegar. Isso me deixava irritado. As vezes eu olhava pra ele, como uma espécie de sinal, mas ele nunca, nunca reparava.

Edgar: isso é entediante.

Claro, suas falas são sempre tão frias e sem graça. Não sabia dizer o porquê de querer ter algo com o irmão daquela garota. Porém não conseguia esquecer ou abafar aquele sentimento.

Fang: ei Edgar, esse papel ai no chão, ele não seria seu?

Joguei o papel no chão. E pra minha surpresa, o rapaz pegou o papel, e guardou em seu bolso. Isso me fez sorrir satisfeito. Colette havia me convidado para ir a sua casa estudar, e bem, eu aceitei sem pensar duas vezes.

Com a finalização do recreio, todos saíram para suas salas, e eu? bem, eu esperei ele.

Edgar: o que você quer hein? eu sei que não derrubei papel nenhum.

Fang: então porque pegou e guardou no bolso?

Edgar: vai que é algo extremamente constrangedor que eu posso usar contra você?

Fang: não pense muito alto. é apenas o meu número.

Olhando agora, o garoto era adorável. Ele escondia alguma coisa por trás daquela personalidade ranzinza. Sempre tentei ser positivo para ele, pois bem, ele sempre foi tão negativo, então usei a psicologia reversa. Sempre que ele me irrita, eu o trato com amor, para deixar ele desnorteado.

Edgar: e quem disse que eu salvo número de pessoas no meu celular? meu celular é praticamente um mp3, só ouço música e tiro foto.

Fang: somos amigos não é? quero ter seu número. e... estou atrasado. te vejo mais tarde, na casa da sua irmã.

Colette's BrotherOnde histórias criam vida. Descubra agora