Capítulo 04

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O cabelo rosa gritou para porta.

Não demorou muito tempo para que o mordomo junto com alguns empregados viessem pela porta.

"Segundo jovem mestre! O que aconteceu!?"

"Essa vadia! Tirem ela daqui e joguem ela em uma cela!"

"Jovem mestre! Me desculpe! Jovem mestre!"

A empregada que estava me tirando do sério desde a hora que eu acordei, foi arrastada para fora do meu quarto por um simples gesto do cabelinho rosa.

Eu não pude fazer nada porque estava tentando não vomitar ali mesmo.

Sem forças eu me apoiei no encosto da cadeira com uma mão, enquanto a outra cobria a minha boca, vendo isso o senhor rosadinho estendeu a mão para mim.

Inesperadamente gentil, ele agarrou meu ombros e me sacudiu.

"Hey, você está bem?"

"...."

"Por que você se sentou aqui e comeu isso pra começar? Você devia ter gritado e virado a mesa, feito um escândalo como você sempre faz, sua burra."

Até hoje não sei se ele estava puxando briga ou se queria me consolar.

Ele realmente e idêntico a ilustração do personagem de cabelo rosa do jogo.

'Se eu não tivesse comido, eu estaria agora morta, nadando em uma piscina de sangue, com um garfo que você teria enfiado no meu pescoço.'

Fiquei irritada.

Eu queria tanto dar um resposta pra ele, mas sem a escolha de falas, era impossível falar.

'Hahh. pelo menos esse episódio acabou...'

Eu ganhei da empregada, graças a uma ajudinha externa inesperada, mas eu não me sentia nem um pouco agradecida.

Será que essa empregada é a única que maltratava a vilã?

'Não, com certeza não.'

Minha empregada pessoal é só mais uma entre todos os empregados da mansão que maltratam a vilã, por todos terem a mesma opinião sobre ela.

E esse cara provavelmente ignorava tudo isso como se nada estivesse acontecendo, mesmo a vilã estando em estado tão miserável, já é de se esperar que esse é o tratamento básico que toda vilã recebe.

Não faz muito tempo que acordei, mas me sinto extremamente cansada.

"Hey, você parece horrível, quer que eu chame um médico?"

Ele pareceu estar incomodado com meu silêncio e por isso que falou essas palavras que eu tenho certeza que foi só por falar.

Quando eu vi ele se aproximar e examinar meu rosto e suas mãos gentilmente segurando as minhas, me fez pensar na possibilidade de ele estar realmente preocupado comigo.

Foi quando a tela branca apareceu.

[1. Não é da sua conta.]

[2. Quem é você pra se importar? Sai do meu quarto!]

[3. Não haja como se você se importasse, é desagradável.]

Me pergunto como vou sobreviver tendo que escolher entre essas opções horríveis.

Escolhi a menos ofensiva das três.

"Não é... da sua conta..."

Essa era a fala que mais combinava com meu sentimento naquele momento e por isso tentei falar com todo meu coração. Contudo, eu estava ocupada tentando não vomitar e por isso a minha voz saiu fraca.

Vilões estão destinados a morrer (Novel) 01/02Onde histórias criam vida. Descubra agora