-Capítulo VII- Carro-
Já estava no carro a alguns minutos, batia no volante na batida da música de Queen que tocava, estava em alta velocidade enquanto desviava de vários e vários carros no caminho, até que a rua finalmente ficou deserta e ele pôde continuar dirigindo na mesma linha sem ter que desviar. Estava pensativo durante o caminho, não sabia o que tinha que fazer quando chegasse em Tadfield, mas algo o falava para ir ver Anathema.
Continuou no carro durante uma hora e alguns minutos até que parou em frente a casa da bruxa, desceu do carro e abriu o portão do jardim, foi até a porta mas antes que pudesse bater, a porta fora aberta e logo Anathema pareceu.
— Sabia que viria. Entre.– Falou direto no assunto, deu espaço e logo Crowley entrou na casa, Anathema o levou até a cozinha onde começou a preparar um chá enquanto ele ficava andando de um lado para o outro.– Seu amigo, o anjo. Ele está bem?
Crowley a olhou.
— Não muito.
— "Não muito" são palavras gentis para descrever o que ele está sentindo.
— O que é? A Agnes previu isso também?
— Sim, descreveu o sentimento como uma alfinetada no cérebro a cada instante.
— Imagino que ela estava falando da dor de cabeça então?
— Sim, mas falou sobre todos os sentimentos, descreveu a junção deles como uma guerra oculta em um país de paz.– Crowley suspirou, concordou com a cabeça.
— Achei que tivesse queimado essas merdas de profecias.– Ao invés de Anathema se sentir ofendida, ela suspirou.
— Eu queimei, Newt falou para eu fazer isso. Mas após alguns meses chegou outra caixa igual, eu a abri e dentro havia uma carta para mim, dizendo que as folhas daquelas profecias estavam em branco por que ela sabia que eu iria queimar, e que eu precisava ler o que iria acontecer a seguir para eu conseguir ajudar quem precisa.
— Eu não preciso da sua ajuda! Eu consigo fazer isso sozinho!
— Então por que veio aqui?
— Por que... Por que... Por que eu senti que eu deveria vir! Sei lá isso é estranho.
— Como chegou a conclusão que devia vir até Tadfield?
— Achei umas folhas das profecias da Agnes, falava que as respostas estariam em Tadfield.
— Onde conseguiu?
— Estava na biblioteca do Belzebu.– Anathema concordou com a cabeça.
— O que o anjo está sentindo é horrível Crowley, imagino que seja ruim para você também.
— Por que acha isso?
— São amigos não são? Bom, você é um demônio, sente as coisas negativas que alguém está sentindo.– Crowley suspirou, estava sendo horrível para ele sentir aquilo vindo do anjo, mas com certeza era pior para Aziraphale que estava as sentindo.
— O que eu devo fazer?
— Agnes não me deu as respostas, Crowley. Li uma profecia hoje de manhã, falava para eu não ler mais nenhuma até chegar o dia certo.
— Até chegar o dia certo?! Me fala que é pelo menos amanhã!
— Eu não sei o dia Crowley.
— O anjo vai ficar sofrendo até você pegar a porra de uma profecia no dia certo?! Tá de brincadeira comigo?!
— Não, não estou. Nem Agnes está, Crowley. Agnes está me dizendo o que fazer através das profecias, e tenho certeza de que são certas.
— Ela pode errar alguma vez! E eu juro que eu caço ela no fogo do inferno se for preciso para acabar com ela mais uma vez se ela estiver errada! Meu anjo não merece essas merdas todas!– Anathema sorriu
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~Caídos~
Fanfiction-Caídos- - Ah não... É pois é... Eu não tive a chance de dizer o que eu ia dizer... Então é melhor eu dizer agora o que eu ia dizer. Sim... Bom... Ahm... A gente se conhece a muito tempo, estamos nesse planeta a tempos. Digo, você e eu. Eu sempre pu...