Todos os povos de todas as espécies tem a sua liderança.
Os dragões, os lobos, as fadas... são lideradas.
Os mais fortes lideram...
Dragões...
Por longos anos foram conhecidos como uma das criaturas mais temíveis que já existiu, separadas do mundo dos mortais, viviam pacificamente no mundo de predadores, um contraste bem peculiar.
Foram-se poucos os que viram o combate de dragões e os que viram: nunca esqueceram.
E apesar de serem amorosos com a sua companheira, um dragão é intolerante as outras criaturas, até mesmo se for um filhote de outro ser. Cometer canibalismo entre si, não é algo de outro mundo, também não era algo que se vê todos os dias, já que os mesmos sempre evitavam conflitos e discussões entre si, eles se limitavam em ficar cada um em seu devido lugar. Não por medo.
Dragões jamais sentiam medo.
Diferente do que são contados ou ilustrados nas historinhas em que os pais contam para os seus filhos, os dragões não são apenas seres que cospiam fogo.
Não.
Dragões possuíam habilidades especiais, um dos mais comum, são a manipulação dos elementos das suas espécies e isso é apenas um complemento do que os faziam poderosos.
Água.
Ar/vento.
Terra.
Fogo.
E tinham Eles...
Sol e Lua/ Noite e Dia.
Se houvesse um rei ou uma rainha, um Alfa ou uma Luna.
Entre os dragões esse seria o mais próximo de um titulo para eles.
Eles não eram qualquer espécie de dragões. É a Realeza de sangue puro, de poder inquestionável e jamais vistos.
Desconhecidos e misteriosos.
Diferente de outras espécies dos dragões, os dragões do sol e da lua tinham um líder, um titã.
Ełijæĥ liderava os dragões da lua/noite.
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Anos atrás...Rebelde.
Uma bela de uma fujona.
A fêmea caminhava pela a floresta despreocupadamente e apesar do ventre pesado, carregando quatro filhotes, a fêmea não parecia nem um pouco cansada, muito pelo o contrario, ela se sentia cheia de energia acumulada, após quatro dias de sono não interrompido.
Ełijæĥ olhava a distância a sua fêmea curiosa andando pela floresta despreocupadamente.
Íris parecia uma fada de tão bela, o brilho das luas refletiam em seus olhos prateados.
Ełijæĥ quase gargalhou quando sua fêmea fez cara feia ao vê o cocô de algum animal.
Praguejando até a décima geração Íris chegou ao imenso lago de águas tão cristalinas e ficou o admirando.
— Vai ficar parado aí? — a voz dela soou como veludo.
Ełijæĥ saiu do seu esconderijo.
Íris não pôde deixar de admirá-lo, com mais de dois metros de altura e um corpo revestido de músculos duros e firmes, tão belo e intimidante.
— Estava apenas observando a minha pequena curiosa. — falou Ełijæĥ, segurando a cintura de Íris.
— Não sou curiosa! — falou ela fazendo bico.
— Claro que é.
Revirando os olhos Íris desvencilhou-se do agarre e Ełijæĥ e correu para dentro do lago onde mergulhou.
— Vem! A água está deliciosa. — convidou.
Ełijæĥ não pôde deixar de admirar as belas feições de sua fêmea.
Apesar de ser humana Íris possuía uma beleza quase élfica, cabelos longos e escuros, pele pálida e olhos de prata derretida.
Antes dele a marcar seus olhos eram castanhos, mas quando ele a marcou ela adquiriu aquela cor, muitos o chamavam do beijo da lua.
Somente a fêmea marcada pelo titã possuia aquela cor de olhos.
Ełijæĥ aproximou-se de sua fêmea, água batia em sua cintura, ele a abraçou pelas costas, passou as suas mãos no ventre inchado, um pequeno chute o fez sorrir.
— Eu amo ficar aqui. — Íris suspirou nostálgica.
Íris era uma princesa, a sétima filha de um rei tirano que a vendeu como sacrifício a um mago, mas Ełijæĥ a salvou e lhe deu uma vida boa e plena.
— Eu também amo este lugar. — Íris se vira e encara o seu companheiro, ela se perde nos olhos prateados e intensos.
O seu companheiro era a criatura mais linda que ela já viu, os cabelos tão escuros quanto o abismo.
Sua beleza beirava ao irreal.
Ełijæĥ sorriu.
— O que foi? — perguntou ele curioso com o olhar penetrante da sua fêmea para ele.
— Eu te amo. — ela declarou com os olhos cheios de lágrimas.
— Shiii. O que foi? Está se sentindo mal? — questionou preocupado.
— Não é nada, eu apenas senti a necessidade de lhe dizer isso. Acho que estou um pouco emotiva devido a gravidez.
Ełijæĥ segurou em seu rosto e a beijou.
Quando enfim se afastou, Íris soltou um suspiro apaixonado.
— Eu também te amo muito, mais do que a mim mesmo.
— Ełijæĥ... — Íris segurou a mão de seu companheiro junto a seu coração. — Minha lua.
— Íris. — Ełijæĥ sentia o coração de Íris batendo intensamente. — Minha estrela.
Íris o amava e ele a amava.
O destino os uniu.
O destino os separou.
A morte os afastaram.
Será que há esperança para um casal separados pelo o destino?
Será que a morte os separará para todo o sempre?
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Lua Cheia
RomanceDragões, fadas, lobos... O mundo estavam cheios de historias sobre eles, mas nenhuma era verdadeira. Em tempos de trevas e dores, os pais sempre contam historinhas para os seus filhos dormirem, por trás de cada uma... há sempre uma lição e um ensina...