- NÃOO! SOCORRO!!!
Gritava a mulher.
Seu corpo pálido estava todo sujo de terra e suor, o seu vestido azul claro estava todo empapado com o seu sangue, logo abaixo do ventre.
A jovem mulher segurava com um dos braços dois bebês junto ao peito, já o outro braço, suas mãos agarrava firmemente as suas partes intimas, como se ela estivesse segurando ou mantendo algo ali.
As crianças em seus braços não se mexiam, nem choravam, parecia estarem mortas.
Uma sombra espessa com formato humanoide se aproximou dela, não dava para ver quem era, apenas dava para ver, seja quem fosse segurava uma adaga.
- N-não.
A mulher tentou lutar mais foi em vão.
A faca perfurou o seu ventre o abrindo de ponta a ponta.
Bebês pequenos que mal tiveram chances de viverem foram arrancados do ventre de sua mãe por mãos perversas.
Mesmo assim, a mulher não deixou de lutar, mesmo sendo em vão.
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Dias Atuais...Ísis.
Assustada com o sonho pertubador, Ísis levantou-se de sua cama, seu corpo suava e tremia. Ela não aguentava mais reviver aquele sonho todas as noites.
Ísis não se lembrava de muita coisa sobre a sua infância, pois era pequena demais, no entanto, ela lembrava que desde que se entendia por gente sonhava esse tipo de sonho.
A mulher misteriosa que morria de forma sangrenta.
Monstros ferozes.
Choros.
Gritos.
Trêmula Ísis caminhou até a sua penteadeira, pegou a cartela com seus remédios antidepressivos e tomou dois comprimidos de uma vez só.
Desde os seus doze anos de idade ela fazia uso de vários medicamentos antidepressivos, isso após ela ser diagnosticada com ansiedade e síndrome do pânico.
Sentido-se mais calma ela foi até o seu banheiro fazer a sua higiene matinal, após o banho, com os dentes escovados, Ísis escolheu um conjunto de calça e cropped preto de alfaiataria, calçou um scarpin marrom.
Foi até a sua penteadeira, escovou os longos cabelos pretos e o organizou em um coque despojado e finalizou com uma maquiagem simples em seu rosto.
Ao sair do quarto e descer as escadas ouviu a voz potente do seu pai, ele conversava com a sua meia irmã.
- Bom dia! Dormiu bem minha filha? - seu pai a saudou.
- Sim papai. - ela respondeu sentando-se ao lado direito do seu pai, frente a frente com sua meia irmã, que fazia questão de ignorá-la.
Ísis não se incomodava.
Ela e sua irmã nunca se deram bem.
Sua meia irmã era o fruto da traição do seu pai com uma empregada, sua mãe na época tinha acabado de tê-la e estava de resguardo, quando o seu pai a traiu e dessa traição nasceu a Jade, com apenas um ano de diferença.
Quando foi descoberto a gravidez e a criança nasceu, a empregada foi colocada para fora da casa grande.
Desde então elas duas cresceram juntas.
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Lua Cheia
RomanceDragões, fadas, lobos... O mundo estavam cheios de historias sobre eles, mas nenhuma era verdadeira. Em tempos de trevas e dores, os pais sempre contam historinhas para os seus filhos dormirem, por trás de cada uma... há sempre uma lição e um ensina...