Cinquenta

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Nano

Nego acha que só porque a gente é da vida do crime que o bagulho não é enguiçado, hoje tava geral em uma resenha em um bar e chegou um mulher ensaguentada com a filha de três anos que tinha sido estuprada pelo próprio tio

A Heloíse caiu em uma crise de choro, ela se tremia e chorava pra caralho, ninguém entendia o porque só o Rio, Ph e a Esther, que faziam de tudo pra ela manter a calma, entrou em uma crise de choque do caralho, bagulho foi feio quase que eu chorava também

Aymê levou a menina e a mulher pra Rafaela levar pro hospital, eu e o Ph subimos pra matar o tio da menina, encontramos o desgraçado escondido na casa da namorada, matamo ele e ela que acobertou essa covardia.

As horas passou voando, eu e o Ph levou os dois pro meio do mato e já foi pô, cortamo de bala sem ideia

Ph desceu pra ir ver a Heloíse, e eu fui buscar a Aymê no hospital

Aymê: Minha cabeça tá doendo, aconteceu tanta coisa hoje que eu tô em choque de verdade, preciso tomar um banho e tirar esse cheiro de sangue de mim_sobe na moto e eu dou partida pra minha casa_

Estacionei a moto e desci vendo a Isadora brincando com o cachorro vei que meu pai deu pra ela

Isadora: Ruan você tá cheio de sangue, tá machucado?_pergunta preocupado e eu nego_

Nano: Tô não mãe, tava fazendo uma atividade ali, tá de boa

Isadora: E você Aymê? Tá tudo bem?_ela apenas assente segurando o choro_

A Isadora me criou de pequeno, foi a mãe que eu não tive, nunca fez diferença de mim e do Ph, pelo contrário, as vezes ainda me trata melhor do que trata ele

Ele não liga muito, acho que nem faz questão, mãe do Ph pra ele é a Mariana, sempre foi assim.

Inventamos alguma desculpa pra não precisar conversar e subimos pro meu quarto, me livrei de toda minha roupa e a Aymê também, joguei tudo em uma sacola e rumei no lixo,

Aymê: Amor, tem alguma roupa minha aqui?_assinto freneticamente_

Nano: Tem um monte na primeira gaveta_ela entra no banheiro e eu entro logo em seguida_

abracei ela que chorou nos meus braços, senti meu coração se apertar vendo ela tão abalada emocionalmente, Aymê sempre foi meu exemplo de fortaleza, era raro ver algo abalar ela, sempre foi uma demonstração de força, pra qualquer um.

Aymê: Meu Deus,  a neném tava tão molinha Ruan, eu peguei ela nos meus braços e ela olhou tão triste pra mim, como quem tava sentindo tanta dor_beijei o topo da cabeça dela_

Não disse nada, apenas dei um abraço forte nela pra que ela encontrasse refúgio em mim, talvez um consolo.

Tudo NossoOnde histórias criam vida. Descubra agora