Sessenta e Nove

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Vinicius (Rio)

Porra, tava geral de boa marolando quando pensa que não a bala voava até do lado do nosso rosto, uma correria louca, tanto nossa quanto dos morador

Coloquei o colete rapidão e destravei o fuzil metendo bala no primeiro alemão que eu vesse

Era cena de terror total pô, qualquer canto que você olhasse pelo chão tinha sangue, deles, dos nossos e até de morador inocente que nem tinha culpa

Meu celular não parava de vibrar, na minha mente só vinha a Heloíse prometi pra minha mina que eu sempre ia voltar pra casa, não posso vacilar e nem dá bobeira pô

Ph fez sinal pra mim subir na laje junto com ele, dito e certo, tinha três alemão aguachados apontando as armas pro Ruan e pro Kako que tava na trocação doida com os mulekes

Ph matou sem pena, atirou na cabeça de um e quando o outro foi atirar ele meteu bala na mão, finalizei dando dois tiros no peito

Já tinha se passado duas horas desde que o tiroteio tinha começado, bope tava subindo pesadão, minha camisa por debaixo do colete tava pingando de suor sem ideia

Senti minha perna latejar e eu perder minhas forças caindo de joelhos, tinha tomado um tiro de raspão na canela, não tava doendo por conta da Adrenalina, mas começou a ficar dormente ao ponto de que eu não conseguía mais ficar em pé

Me arrastei até de trás duma caixa d'agua e orei a cada segundo pedindo a Deus pra me tirar dali com vida, que nem os alemão e nem os bope me alcançasse

Os tiros foi sessando cada vez mais, os mulekes gritavam que os alemão tava recuandando junto com o bope, Rocinha é rocinha, mas de 500 cabeças no crime

Meus olhos pesaram, o sono que senti era absurdo, me segurei até onde deu, mas o sono foi mais forte que eu e eu dormi...

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