EMILY
Porra, a Teixeira, surtou quando viu que eu tava sendo levada a força pelo o homem.
Não senti medo dela, nem fiquei desesperada, só Deus sabe o que poderia ter acontecido comigo, porque a Aline tava bebada, Gabi saiu com uma mina e o resto tava curtindo a música alta que tava tocando no momento.
Era eu ou ele, eu penso assim desde de adolescente e não mudei a minha opinião até hoje.
Teixeira tava descontrolada, parecia outra pessoa quando partiu pra cima dele, o resto do grupo só notou porque eu chamei a Pereira pra tirar ela de cima do cara e eles vieram junto quando viram que a Pereira não ia conseguir sozinha.
Pereira me avisou antes de eu sair com a Teixeira até a minha casa, que eu deveria tentar acalmar ela e passar uma segurança, mostrando que eu tô bem.
(...)
EMILY: Senta ai, Teixeira, já volto- Ela concordou deitando na minha cama quieta.
Peguei o kit de primeiro socorros, a mão dela tava muito feia, ficou toda machucada, me deu até uma sensação ruim.
EMILY: Teixeira, me dá a sua mão ai, pra mim limpar ela- Falei calma e deixando o kit do meu lado
Ela me deu a mão esquerda primeiro, que tava menos machucada que a direita, molhei a gaze com uma solução e fui limpando ela na calmaria.
Tava toda quieta, não fala nada e nem fazia expressão nenhuma.
Terminei de limpar e apliquei um remédio em cima pra melhorar mais rápido.
EMILY: Vem aqui, você tá bem?- Guardei tudo e puxei ela até minha direção
TEIXEIRA: Tô bem sim, não queria ter surtado daquele jeito na sua frente, entende? Não quero que você sinta medo de mim.
EMILY: Mas eu não estou com medo de você e nem fiquei naquele momento, era eu ou ele, você me protegeu e eu agradeço, de fé mesmo, Teixeira.
TEIXEIRA: Poh mina, foi mal fazer você perder o seu tempo comigo, já vou indo, fé pra tu.
EMILY: Fica, anda logo, tira a pistola e o radinho, deita ai, vou trocar de roupa e tirar a maquiagem.
Ela nem discordou, claramente pelo o meu tom de voz mandão e sincero.
(...)
Entrei no quarto novamente e vi ela só de top e cueca na cama mechendo no celular. Ao lado dela tava a minha mesinha e tinha a pistola, radinho e umas munições.
Deitei na cama e observei ela desligando o celular e vindo deitar junto comigo.
Virei de lado e logo senti a barriga dela na minha costa, as mãos na minha cintura e o nariz encostando no meu pescoço.
Passei minhas mãos em cima das dela com cuidado e me aconcheguei mais no corpo dela.
Não tinha malicia, era mais um carinho e eu logo pego no sono com o calor do corpo dela.
(...)
Acordei com o barulho no radinho, Teixeira tava dormindo ainda, me apertou quando tentei pegar o meu celular e o radinho pra avisar.
Foi uma luta, mas consegui pegar o radinho
VAPOR: Cadê você, chefe? Sumiu do nada, depois do baile.
EMILY: A Teixeira tá dormindo, daqui a pouco ela aparece ai.
Desliguei o radinho e nem esperei ele responder.
Peguei o celular pra ver o horario e já estava marcando 14;30 da tarde.
Me levantei num pulo, não acordei a Teixeira, pois eu tenho certeza que faz mó cota que ela não dorme direito.
Sei por causa do Gabi, ele contou que ela faz plantão direto e nem dorme direito, ela faz plantão sem necessidade porque ela é a chefe, mas ela sabe o que faz.
Coloquei logo a água esquenta pra fazer o almoço e fui arrumando a casa enquanto esperava.
Recém terminei a comida e vi que a Teixeira aparecendo na cozinha.
Puta merda, essa mulher é o próprio pecado, abdômen definido, a pele preta toda coberta de tatuagem e o cabelo cacheado preso num coque.
EMILY: Vem comer, tu não sai daqui até tu almoçar.
TEIXEIRA: Já tá até mandando em mim, cheia de marra tu.
Disse pegando o prato e se servindo.
EMILY: Tu acha que eu não sei que tu não come direito, sou boba não.
TEIXEIRA: Tá preocupada comigo, por que, amor?
Soltou o prato em cima da mesa e colocou a cabeça nos meus ombros dando selares no meu pescoço.
EMILY: Puta merda, Teixeira...
Me arrepiei o corpo inteiro e ela notou porque soltou um sorriso e saiu de perto de mim.
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𝐑𝐄𝐒𝐈𝐋𝐈𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐀
Fanfic📍RJ-COMPLEXO DO ALEMÃO Emily, filha de viciados, não possui irmão, teme que sua vida seja mais destruída pelo o vício de seus pais, acaba desistindo de tentar ajudar eles, saindo de casa e indo para o complexo do alemão para tentar uma nova vida. ...