A filha rejeitada. A escolhida pelo destino para escrever seu nome na história.
Tudo o que Siggy conhecia era o abandono. O sentimento de ver o amor que tanto necessitava ser arrancado dela pela rejeição tornava a vida da filha de Bjorn Ironside um...
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Um puxão firme no nó da corda ao redor de sua cintura fez Aylin soltar um grunhido.
— Que grosseria — Ela ergue a cabeça para o viking ruivo que se erguia a cima dela e de Conan. — Achei que éramos amigos, Hans.
Ela projeta o lábio inferior para frente. Hans parecia ficar ainda mais bravo com aquele gesto o que deixou a assassina muito satisfeita.
Aylin abriu um sorriso malicioso para o viking ruivo e ele fez uma careta.
Sentados no chão em volta de uma grande pilastra de madeira, Aylin e Conan estavam amarrados e algemados. Depois que ela e Conan feriram dois dos ajudantes de Hans mortalmente na hora em que os atacaram, eles decidiram que apenas cordas não seriam o suficiente para mantê-los presos. Muitas preocupações passavam pela cabeça da assassina, mas o que a deixava mais preocupada no momento eram as marcas vermelhas que já se formavam em seus pulsos. Sem falar que aquela posição não era nada confortável.
— Pode sair, Hans — Dispensa Ivar, agora de pé, mas diferente dos irmãos era amparado por uma espécie de muleta feita de aço.
Aylin avaliou as pernas do viking, cobertas por um tipo mais grosso de couro e botas grossas que pareciam manter as pernas dele eretas graças a algumas fivelas que as interligavam. A garota já vira outras pessoas com deficiências, muitas eram realmente de dar pena, ela não conseguia evitar se compadecer com elas. Era algo natural do ser humano. Mas Ivar... Ivar não era de dar pena. Tudo o que ela sentia dele era ondas frias de raiva. Ela sabia que era algo inato dele, mesmo quando criança Ivar era assim. Raivoso e ressentido. Ela se lembrava, é claro. Agora, adulto, parecia que tudo tivesse se intensificado, principalmente a raiva. Mesmo se já não fosse por sua reputação conhecida, Aylin manteria os olhos bem abertos perto de Ivar. Tudo nele gritava perigo.
Ubbe e Hvitserk se juntaram ao irmão mais novo. Os três príncipes vikings rodeavam e encaravam os assassinos como lobos famintos.
Hans dá uma última checada nas correntes de Aylin e se afasta, ainda com um olhar desconfiado pousado nos assassinos, e se vira para a saída.
— Tchauzinho. — Ela cantarola, e quando Hans lhe dá uma última olhada antes de sair da tenda, Aylin sopra um beijo no ar para o viking.
Vermelho, Hans sai batendo os pés. Aylin joga a cabeça para trás rindo e ao lado dela Conan grunhe entre dentes.
— Você só pode estar querendo nos matar.
Ela o ignora.
— Isso é ridículo. — Diz se recostando na madeira da pilastra e fazendo uma careta — Não há motivos para nos prenderem aqui. Não somos uma ameaça.
Ubbe arqueia uma sobrancelha.
— Acho que os nossos dois amigos, que vocês mandaram para o curandeiro, discordam.